Rio de Janeiro, 01 de novembro de 2012
Amigo e irmão espírita E.W.
Gostei de saber e ver você em seu novo lar. Gostei de vê-lo bem identificado com sua nova existência, cheio de alegria no coração.
Por que digo para você, nova existência?
Senti que você conseguiu dar um novo sentido à definição de 'sua moradia', antes sob o guante da angústia e do abandono, do desabrigo!
Vejo você viajando, transitando feliz do desabrigo à confiança e isto encheu também de alegria o meu coração.
Se você prestar bem atenção, depois daquela nossa conversa, processou-se em você uma transfor, paz e perdão.
Por isso, tudo o que sua ex-companheira representou para você, no pós-crise, reduziu-se a uma 'propriedade' que se esvaneceu como brumas. Ela, por sua vez, também deve estar se sentindo assim: para ela se sentir uma mulher livre, optou ir-se de vez, para bem longe, conforme o uso do seu livre-arbítrio. Para quem fica, isso dói, eu sei! Você disse isto para mim, muito amargurado e triste com as significativas perdas sentida na pós-separação. Lembro que você repetia para mim, emocionado: 'minha esposa, minha casa, meus filhos, meu corpo, meu dinheiro, minha imagem' etc. Hoje parece que a desilusão fê-lo compreender que nada disso era efetivamente seu.
Na arte de reencarnar, estamos todos em um exercício pessoal e supremo que a nenhum Espírito de nosso nível é permitido se furtar: re-viver provas entre os que, no passado, foram amores mal resolvidos, em experiências malogradas. Imantamo-nos uns aos outros pelas paixões e, sob a lei do magnetismo, atraimo-nos uns para os outros, queiramos ou não. Eis que, na presente encarnação, estamos nós, ainda em torno dos velhos temas do passado tormentoso: necessidade de amor e paz mediante harmonização palatáverl com aqueles com os quais criamos dívidas. A resolução disto é uma obra do Tempo. Tempo para que os personagens do drama evolutivo se aceitem como são e possam limpar do perispírito as mágoas, os ressentimentos, os ódios e as idiossincrasias. Dai em diante, vem a ´possibilidade do viver de modo respeitoso e harmonioso. isto é conquista cuja realização plena ainda estamos longe de lograr.
Pelo que pude ver, no seu caso, agora parece haver um novo horizonte se desenhando: uma nova companhiam uma nova tonalidade afetiva em seu coração: parabéns!
Você, agora, me diz, enfático: 'Quero viver de novo, sob um novo âmbito, em configurações magnéticas de novos compromissos que se renovam'. E você também me diz que quer estudar mais esses temas palpitantes como desidentificação, impermanência e desapego. À luz desses termas, orientados segundo o enfoque espírita, você compreendeu que pode exercer o seu direito de erguer a cabeça e dar a si mesmo uma oportunidade de olhar o horizonte de sua existência com nova confiança.
O novo olhar para o nosso porvir sempre atualiza o modo como experienciamos o nosso passado. É que, ao olharmos o "espelho retrovisor", vemos o passado de uma outra maneira. É assim mesmo. Mas tome cuidado! Não se consegue dirigir um carro somente olhando o espelho retrovisor.
Os compromissos matrimoniais são, em sua grande maioria, re-apresentações significativas de nossas escolhas anteriores, no âmbito do gênero de provas (adredemente feitas, antes de reencarnarmos).
Deu certo? Não deu certo? Dependendo da intenção, vamos vivendo, sofrendo e colocando o nosso olhar espírita na leitura do que vamos colhendo na tecitura contingencial e provacional da experiência reencarnatória que está em jogo na vida atual.
Nós só conseguimos bem realizar aquilo que nos é posssivel fazer em nossa faixa evolutiva. O que ficou mal-feito, fica por conta de nossa inépcia no trato com o bem, ppois, conforme a doutrina (ver comentário após a questão 783 L.E.), em muitos casos, é do mal que capturamos a possibilidade do bem.
Não dá para voltar e fazer de novo: podemos voltar à Terra e, no âmbito reencarnatório, cada vez mais, nos tornarmos conscientes de que há uma evolução espiritual em questão e que precisamos aliar ações próprias aos ditames da Lei de Deus, conscientizando-nos do bem .
Conscientizados, será mais fácil nos sujeitarmos sofrer no conserto dos estragos decorrentes do mau feito do passado. No entanto. infelizmente, não somos assim.Ainda estamos ensaiando consciência plena no mundo, pois somos Espíritos ainda ignorantes e medianamente bons.
Em nossa conversa, não fiz apologia da separação ou da solidão (do tipo 'antes só do que mal acompanhado'), pois sei que há muita coisa em jogo na ação de separação dos cônjuges: as inevitáveis consequências psicológicas em relação aos filhos; meu bem e meus bens etc. A indissolubilidade absoluta do casamento não é uma lei e é um tema doutrinário expressado em O Livro dos Espíritos, mas ninguém, por isso, vai sair se separando, como um incauto. O seu caso foi um nó afetivo de muito sofrimento, em meio a um vácuo deixado pela opção dela em sair do casamento.Compreendo que ela deve ter motivos para esta ação extrema e, por isso, não nos cabe julgá-la. Como conversamos, claro que há também a sua parcela de responsabilidade, a sua contribuição direta ou indireta para que ela tomasse livremente a decisão extrema. Não há culpa de um lado só, porque em termos de relação afetiva, quando esta adoece, todos os implicados no drama são co-responsáveis.
Por outro lado, há as contingências provacionais do mundo e que estão também em jogo em nossa existência na Terra. Nem sempre conseguimos ou podemos perceber uma questão dialética que ocorre no exercício de retorno do espírito imortal que assume o matrimônio.
Há os carentes de re-vivência da liberdade na materialidade que, ao mesmo tempo, são necessitados de experiências de apego, cujo sofrimento traz à tona coisas ruins amortecidas desde o passado próximo.
Não precisava ser assim, mas é assim que agimos no cotidiano, dada a nossa estatura espiritual.
Junto aos nossos afetos e desafetos, tentamos nos desidentificar das amarras excessivas que nos aprisionam em peias insuportáveis decorrentes da experiência ruim ao invés de resolvê-la, e, ao mesmo tempo, precisamos saber se aguentamos bancar esta empreitada, em meio aos escombros da relação afetiuva. E.W. você estava agarrado ao que você julgava ser "meu". Então convidei-o a sair dessa função egóica para, aos poucos, ultrapassá-la em ressonância com o a paz de espírito, sempre no âmbito do desapego.
Joanna de Angelis, em sua série psicológica, traz à luz um como doutrinário-espírita deste teor, desvelando-nos a possibilidade de exercermos a idéia junguiana da busca do "self", tendo-se como condição de possibilidade abrirmos mão progressivamente das questões egóicas. Mas, não se iluda: não é fácil fazer isto!
Carlos Torres Pastorino, Espírito, quando estava encarnado foi o meu primeiro orientador mediúnico na seara espírita, e ele escreveu tudo isso no belíssimo e instrutivo livro psicografado por Divaldo Franco: "Impermanência e Imortalidade", editado pela FEB. Ler, estudar e compreender é fácil, mas fazer... é possível e exige tempo e paciência, convicção e fé raciocinada.
O Espírito torna-se livre e, ao mesmo tempo, responsabiliza-se por tudo aquilo que cativou nas existências terrestres. Ele vai aprimorando o modo de ser, consigo e com o outro: ao modo desapegado; desidentificado com as propriedades, não mais se constituindo no mundo como "dono" das pessoas. Enfim, ele ultrapassa o "eu" exclusivo, de modo progresso e vivencial. Isto não é possível ser realizado sozinho: precisamos uns dos outros, pois é trabalho de milênio que exige do Espírito abrir-se no sentido da alteridade.Como odo quilômetro precisa de milímetro comecemos nós pelo fastio do mal...
É um ato de caridade para com a mãe dos suas filhas, saber compreender tudo e dizer: eu sinto muito! Por isso, compreendemos a máxima espírita "fora da caridade não há salvação". Será preciso sair de si, olhar este outro "eu" que coloca sobre mim seu olhar diferenciado e que também tem um olhar sobre si mesmo e que me afeta e é, ao mesmo tempo, afetado por mim. Quando auxiliamos o outro estamos nos auxiliando também...
Por isso, o Movimento Espírita mobiliza-se na Caridade: há sempre que se auxiliar o outro, aquela outra pessoa que se constitui no próximo, cujo símbolo Jesus nos trouxe, de modo claro, na Parábola do Samaritano. Mas, por mais que façamos esforços no sentido de ajudar o outro, é ele-mesmo que se liberta no seu próprio tempo! Isto é de carater individual e é insubstituível. Mas, ninguém vai adiante sozinho! Cada um vai, por si-mesmo, no uso do livre-arbítrio, nunca sozinho ( ver questão 459 LE).
É o desenvolvimento da inteligência-vívida que nos faculta ampliar o uso do livre-arbítrio consciente. Quanto mais evoluído é o espírito que opta pelo que é de sua responsabilidade, mais pode bancar as consequências. Livre para escolher; obrigado a colher! A Lei de Deus está impressa na consciência e ela é implacável neste registro indelével no perispírito. Cada um responde por si, pois a evolução espiritual é individual. Só que ninguém consegue evoluir sozinho: precisamos uns dos outros. E a Misericórdia Divina nos abriga... a Lei de Deus nos conduz à confiança....
O sentimento de alteridade é uma conquista que cabe ao Espírito egóico desenvolver. Quando estamos obliterados por más paixões isto se torna quase impossível: não escutamos os clamores da consciência, dos Amigos Espirituais que nos tentam ajudar. Isto ocorre porque o pior cego é o que não sabe escutar os clamores de sua própria consciência. Os Espíritos protetores ajudam-nos todos os dias, eles fazem isto conosco por amor e quando, infelizmente, não queremos ouvi-los na nossa identificação com as más paixões, eles se afastam e nos deixam ir na direção de nossas ilusões.
Depois, sofridos e bem desiludidos, dispostos a ouvir melhor os clamores de nossa prórpia consciência, eles voltam e nos dizem: alegre-se meu amigo, minha amiga, porque acabaram-se as ilusões!
Companheiro E.W., depois que conversamos sobre tudo isto, você me perguntou: por que somos assim? Alegramo-nos nas ilusões e ficamos tristes nas desilusões!
O apego às coisas materiais, às pessoas, às idéias... são identificações que grudamos conosco, usando uma cola identitária poderosa.
Acreditamos que somos o que temos. A contemporaneidade tecnológica está aí vendendo "identificações" aos aparelhos eletrônicos que, atualmente, parecem ser partes de nosso 'perispírito', grudados aos nossos olhos e ouvidos. Temos hoje novos "bichinhos" de estimação, que são verdadeiros instrumentos de fuga da realidade.
"Eu sou nada sem meu Iped"... Isto significa: "eu me identifico mais comigo mesmo junto disso que é meu, sem isso sou nada"....
Então, alguém pode dizer: "sem o meu iped, sem meu smartphone, iphone" etc, sou ninguém no mundo.
Esta identificação à alienação e ao controle, significa ter que enterrar o corpo com um ear-fone... só que ninguém pode legar consigo os aparelhos, as coisas, o dinheiro, as pessoas, o poder e o controle exercidos na Terra. Aí dizemos: "ah, eu não consigo viver sem ele... sem isto... sem aquilo!"; "eu sou assim!"; "eu sou assado"... quando, no máximo, podemos dizer: "eu estou assim".
O certo é que, na contemporaneidade, não há como não estarmos identificarmos com algo assim e, é preciso entender porquê estamos mergulhados no mundo tecnológico, utilizano-nos de um novo corpo, de uma nova família etc. É para usar tudo o que está aí ao alcance do progresso tecnológico, mas para o bem do próximo e de si mesmo. O problema está quando achamos que 'somos' aquilo com o qual nos identificamos!
Então, dizemos, cheios de orgulho: "eu sou juiz!"; "eu sou general!"; "eu sou pedagogo"; "engenheiro", "psicólogo!" etc
A imortalidade da alma e a impermanência das coisas: eis a questão que a Humanidade precisa encarar, estudar e viver.
O homem-espírita precisa estar no mundo, sem ser do mundo, responsabilizando-se pelo que faz e contribuindo,de modo presente, para o progresso de todos.
Sabe que, desidentificar-se das coisas e das pessoas, não é para jogar dinheiro fora, não é para abandonar as pessoas. Estamos falando aqui que é para agir no mundo ao modo do cuidado. Cuidar; não para relaxar naquilo que é impermanente.
Precisamos aprender a cuidar ao modo desidentificado! É para ser no mundo, no cuidado, ao modo desidentificado, desapegado.
Gostar das coisas, cuidar das coisas; gostar das pessoas, cuidar das pessoas; gostar de si e cuidar de si.
Por isso a Caridade é a máxima espírita que oferece âmbito de sentido ao homem no mundo.
Ficassem os espíritas preocupados com a Casa Espírita tão-só, como ficaria a Causa Espírita que nela deve acontecer? Quem gostaria de frequentar uma Casa Espírita onde os trabalhadores da Casa se desentendem constantemente, brigam a todo momento e, desesperados lutam por um lugar egóico de poder e de supremacia política? Alguém iria se tratar com um dentista que mostrasse desleixo com os próprios dentes? um nutricionista que fosse obeso? etc
E.W., veja isto: você diz que sua ex-companheira é espírita. Ela está em evolução: como eu e como você! Há famílias espíritas, há casais espíritas, há pessoas espíritas que lidam com a Doutrina dos Espíritos mas de modo proprietário e orgulhoso. Estamos em aprendizado, embora existam pessoas que que exibem o Espiritismo como um troféu. Há, também, quem experimente o Movimento Espírita como se fosse uma 'olimpíada do bem' na busca da melhor performance individual e egóica.
Isto se constitui a expressão de nossa infantilidade espiritual a se expressar de modo deseducativo no meio espírita, sob a forma de desequilíbrio.
Paulo disse: "eu antes pensava como menino...". E nós estamos assim! E será necessário que aceitemos isto como real, sem, no entanto, concordarmos jamais com estas bobagens.
Há muito médiuns se vangloriando de suas ´produções mediúnicas. Há expositores orgulhosos do próprio saber. Há dirigentes de Casas espíritas que são tiranos domésticos. Eles podem saber muito, conhecer todos os conceitos doutrinários e permanecerem vaidosos, egoístas e presunçosos.
Esquecem-se de estudar e viver o Espiritismo. Falam como espíritas e não agem como espíritas.
Basta folhear o Livro dos Médiuns (questão 350) e tentar responder à pergunta que kardec faz diretamente à consciência dos espíritas.
O verbo pode estar cheio de emoção pura e a palavra por mais simples, ser sincera. Esta pode não estar com a erudição acadêmica, mas se é repleta de amor, que importa aacademia.
Os Espírita poderão trazer contextos de cultura da própria vida ensinando-fazendo (conforme Pestalozzi) que é mais do que as meras ilustrações teóricas dos teóricos do espiritismo.
Chico Xavier era um exemplo assim. Simples, sem academia intelectual, sem identificações exacerbadas com as coisas perecíveis. Homem e amor!
Ele cuidava do próprio corpo (tomava 20 comprimidos por dia), da própria higiene e era muito organizado, metódico e acima de tudo isto: ele amava!
Espírito Superior que passou pela Terra como um Sol que atravessa o pântano, iluminando, sem deixar-se contaminar.
Ele ajudou, direta e indiretamente, milhares de espíritos encarnados e desencarnados, fazendo de sua vida o fundamento de suas palavras.
Aqueles que se contaminaram com o mal - identificados com o mal e com o que não é pertinente ao Espírito imortal - encontraram em Chico Xavier uma ajuda e uma orientação. Ele os aceitava a todos, exatamente como são, embora pudesse não concordar com os modos bizarros de de ser que expressassem. Jamais condenou, julgou...
Suas ações e suas palavras ecoaram no mundo como verdade, desveladas por um espírito que soube se desidentificar da materialidade e do poder.
Hoje ele nos ajuda a todos do Movimento Espírita, sendo sempre aquele amigo que, do Plano Espiritual, dá continuidade ao seu exercício divino de servir à Causa do espiritismo no mundo.
--- E.W., um dia, ele me escreveu dizendo, entre outras palavras: Julinho, meu querido! Que Deus o abençoe! Sei que a sua subida é longa e penosa. Você é aquele menino bom que carreguei no colo e que me pediu um dia "Chico, me dá um queinado?!" Sua mãe, Eunice, me disse que você queria uma bala e eu dei docinho de mamão para você ficar feliz. Hoje você está subindo a montanha e eu estou do outro lado descendo-a jubiloso. Posso dizer para você que o poente é lindo! Persista no trabalho do bem, meu filho!". Eu era um jovem dirigente de mocidade espírita do CE Sera Fraterna, na Rua da Laranjeiras, Rio de Janeiro, RJ. Depois, fui presidente do centro e nos mudamos para a rua Bento Lisboa, Catete, Rio,onde afinal encontrei você e sua ex-companheira., dois brotinhos que surgiam em nosso jardim doutrinário.
E.W, meu amigo. Deus o abençoe neste esforço imenso que empreende para ser um pouco mais feliz nas suas escolhas.
Você pode ver que ora somos como Maria, que optou por ouvir Jesus, ora como Marta que optou por cuidar da casa.
Marta ficou aflita, identificada com a ocupação de 'dona de casa'. Maria estava entregue à Jesus-presente, bebendo de sua fonte. Temos estado assim na atual existência, E.W.: meio Marta; meio Maria. No entanto, o exemplo maior não estava exatamente nestas duas:
O irmão de ambas, era Lázaro, aquele que experimentou, ao vivo, o toque da re-vida, proporcionada pelo chamamento de Jesus: "Lázaro! Vem !!!".
E ele veio... saiu do 'sepulcro', saiu da morte dos ideais. Marta, como sempre, desesperou-se com a morte do irmão e, depois, encheu-se de alegria como todo o povo.
Os fariseus - identificados com o poder religiosos - ficaram preocupados: Jesus foi alçado no coração do povo como sendo aquele que 'retira os mortos do sepulcro'.
A doutrina espírita faz o mesmo nos dias de hoje: a mesa mediúnica conclama os 'mortos' a saírem do 'sepulcro ' de suas identificações materiais.
Mas, os 'Lázaros redivivos' deveremos ser todos nós, os espíritas! Precisamos, portanto, ser vistos pelo povo, não pela imagem de poder, mas pelo exemplo de abnegação às identificações materiais.
E.W., como você sabe, nem eu e nem você somos Marta e muito menos Maria, porém podemos ser Lázaros. Que tal? Jesus já operou em nós as oportunidades fecundas de sairmos das identificações materiais ( desenfaixarmos de nós as prisões do sepulcro existencial). Eu e você atestar que somos "Lázaros" redivivos, que experimentamos em nós as b~ençaos das mãos do Cristo por sobre nossas chagas?. Já re-nascemos nesta vida?
Então, E.W. cáestamos nós: voltamos à vida, estamos investidos de novo corpo. Lidamos com o poder e, aos poucos, vamos atendendo aos chamamento do Cristo:... vem! Ele nos chama não para realizar uma missão, mas para ressarcirmos nossos débitos em vida na Terra. No dialeto do Evangelho de Jesus conclamando-nos a sermos menos orgulhosos... menos identificados... sermos os últimos... pois os últimos serão os primeiros...
Ele disse: "Não vos preocupeis com que haveis de comer,,, com o que haveis de vestir...".
Nos dias de hoje: ocupar-se sim; pre-ocupar-se não!
E.W. Deus o abençoe,
E.W, nesta 'sua' nova morada e nesta sua nova existência reencarnatória,
que a alegria de servir no bem possa envolvê-lo e iluminá-lo.
Muita paz e serenidade.
Temperança!
do amigo de sempre
Julio Cesar de Sá Roriz
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
10 ITENS DE COERÊNCIA DE CONDUTA DOUTRINÁRIA DO TRABALHADOR ESPÍRITA
1. Todo trabalhador ou tarefeiro do bem da Instituição Espírita é espírita, ou seja:
a) tem os seus pensamentos, conceitos, emoções e atos centrados nos pontos básicos do Espiritismo;
b) sempre referencia seus trabalhos doutrinários, conforme a codificação kardequiana;
c) aceita, estuda e pratica sempre o Espiritismo.
2. O Tarefeiro da Casa, sendo espírita, não se autonomeia “kardecista”, nem diz estar trabalhando no “kardecismo”: O Centro Espírita é uma instituição espírita, não havendo necessidade de especificar nada além, pois, Allan Kardec criou o termo espírita para designar, exclusivamente, uma inconfundível referência à Doutrina Espírita, conforme as obras básicas por ele codificadas.
3. Doutrina Espírita é o mesmo que Espiritismo: são designações de uma mesma doutrina. Não há que se falar em “espiritismo de mesa”, “espiritismo de linha kardecista,” “de linha branca”, “baixo ou alto espiritismo”. Só há um Espiritismo: aquele que está estabelecido nas Obras Básicas do Espiritismo, as obras fundamentais que norteiam os trabalhos doutrinários da Casa Espírita.
4. As Casas Espíritas são associações sem fins lucrativos que possuem estatutos registrados em cartórios, existindo no mundo como uma organização legalmente constituída, junto à sociedade civil do Brasil, conforme suas leis vigentes. Assim sendo, não há remuneração de qualquer espécie para os seus responsáveis legais (Coordenadores Gerais), coordenadores e trabalhadores indicados para as diversas tarefas doutrinárias da Casa. Todos os serviços doutrinários da Casa são absolutamente gratuitos para a população encarnada que os usufrui. Nos treinamentos específicos, os coordenadores responsáveis estão autorizados a promover o justo ressarcimento das despesas com os mesmos, compartilhando essas despesas entre os participantes, que sempre têm o conhecimento prévio deste ônus específico, quando se inscrevem nos treinamentos.
5. O Movimento Espírita Brasileiro é vinculado ao Conselho Espírita Internacional (CEI). Os Estados da Federação possuem Órgãos Estaduais de Unificação que, reunidos regularmente junto a FEB (Federação Espírita Brasileira), conjugam esforços comuns, no sentido de serem mantidas, sinergeticamente, as prerrogativas doutrinárias fundamentais do Espiritismo, entre todas as suas afiliadas, respeitado o grau de liberdade das Casas Espíritas afiliadas, não existindo, portanto, nenhuma espécie de controle ou ingerência.
6. A Instituição Espírita está situada no Movimento de Unificação. O representante da Casa contribui com sua presença nas reuniões programadas, como também nos traz as notícias referentes ao Movimento de Unificação. Repetindo: há muito respeito e consideração entre as instituições co-irmãs, e não há qualquer tipo de hierarquia dominante ou coercitiva entre as afiliadas ou adesas e os respectivos Órgãos de Unificação.
7. Nenhum participante das coordenações do Centro Espírita pode ou deve apresentar-se ao Movimento Espírita, em nome da Casa, sem a devida autorização da sua Direção Geral. Incluem-se aí todas e quaisquer divulgações de seus eventos e/ou campanhas externas, inclusive cartazes, cartas com papel timbrado, acordos, convites etc. A Instituição Espírita respeita o espaço privado das outras Casas Espíritas, como quer ter seu espaço resguardado de toda e qualquer entrada de documentos, panfletos e avisos que, regularmente, precisarão ser autorizados pela Coordenação Geral, antes de serem distribuídos ou afixados em seus murais.
8. As atividades artísticas vinculadas à Instituição são sempre atividades-meio, visando à divulgação doutrinária, seja através do teatro, som, vídeo, música, cinema ou jornal. Seus colaboradores não recebem qualquer tipo de remuneração pelo serviço a que se entregam voluntariamente. Toda e qualquer movimentação financeira que implique em cobrança de dinheiro referente às entradas ou doações será revertida para manutenção da Casa. Idem, em relação aos ônus ou dívidas decorrentes dos trabalhos artísticos, transportes, alimentos etc. Nenhum contrato formal pode ser firmado, em nome da Instituição espírita, sem as assinaturas dos Dirigentes Gerais legalmente constituídas pelo Estatuto. Idem, também em referência a empréstimos, recebimento de doações de qualquer espécie etc.
9. Os livros expostos à venda interna e os utilizados nos estudos doutrinários da Casa são obras reconhecidamente espíritas, não se permitindo, em hipótese alguma, divulgação, exposição ou venda de livros, revistas, folhetos, jornais que não estejam rigorosamente dentro dos conformes doutrinários da Instituição.
10. Cada Tarefeiro do Bem da Instituição é um exemplo vivo da Casa; é também um divulgador da Causa espírita.
Rio de janeiro, março 2010
Julio Cesar de Sá Roriz
jcesaroriz@gmail.com
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Somos estrangeiros.
Chegamos num país de língua e costumes estranhos ao nosso para passar um bom tempo. Demoramo-nos e nos acostumamos tanto na Terra que sentimo-nos 'em casa'. Mas chega um momento em que é imperioso voltar: sair do planeta, voltar ao Plano Espiritual para re-encontrar suas origens espirituais, re-encontrar a parentela espiritual, parentes desencarnados que, anteriormente, tiveram também que retornar compulsoriamente ao país de origem. O que podemos levar conosco nesta viagem? Não podermos levar tudo: temos que deixar no 'país estrangeiro da terra' as pessoas com as quais nos afeiçoamos, as edificações e objetos que adquirimos enquanto na Terra estivemos. É a hora da despedida! Uma despedida de uma 'terra estrangeira'com limitação de bagagem, o que nos obriga a selecionar previamente o que nos convém levar ao Plano Espiritual.
Esta é a metáfora que tenta introduzir o leitor no que há de mais delicado em nossa existência na terra: a insubstituível experiência de passagem pela morte biológica. Chegando ao Plano espiritual como sobreviventes da morte do corpo, através do portal da imortalidade, defrontar-nos-émos com surpresas, modos absolutamente diferente do que existe na Terra. Visto assim, cabem as questões: o que não nos serve por lá? Qual a mudança significativa que um Espírito recém-desencarnado sofre ao se defrontar com a sua imortalidade e com a impermanência da matéria (inclusive a do seu corpo biológico)?
Sabemos que o Espírito desencarnado, via de regra, vai para o Plano Espiritual experimentar o necessário estágio probatório para o retorno à próxima reencarnação na Terra. Sabemos também que o Espírito, ao desencarnar, sempre leva alguma 'coisa' consigo. Dizemos 'coisa' porque não temos terminologia apropriada para definir a matéria quintessenciada. Não há registro na vasta bibliografia espírita de um "Espírito em essência",ou seja, sem o seu perispírito, que tenha desencarnado sem qualquer vestígio ou impregnação de âmbito material. O perispírito é esta 'coisa' semi-material, uma espécie de matéria em dimensão vibratória que não é perceptível aos nossos sentidos e não a apreendemos a não ser que sejamos médiuns ostensivos. Então,a pergunta cabe: o que levamos conosco quando desembarcamos no Espaço Espiritual, depois da desencarnação? Primeiramente - antes de respondermos esta questão - vamos colocar as coisas em ordem: desencarnação é um fenômeno natural e fatal que ninguém na Terra pode deixar de experimentar. Quando há a liberação definitiva do Espírito, ele deixa o corpo biológico porque este já não tem mais condições de funcionar e, assim, o Espirito (e o seu perispírito) retira-se da comunidade terrena, carregando na mente e, consequentemente no perispírito, o que lhe deu condições de ter uma identidade, uma forma e sua pertinência tangível no meio social da Terra.
Alguns Espíritos recém-desencarnados estão tão identificados com a existência terrena, com o corpo biológico que lhes serviu e com as paixões humanas experimentadas que, após a desencarnação, permanecem um tempo na face da Terra, em meio aos encarnados como se fossem um deles. Quantos casos de pessoas que relatam uma sensação esquisita que sentiram ao ir morar num apartamento ou casa: eles sentem que há Espíritos desencarnados morando lá. Quantos móveis e objetos de antiquários estão impregnados de vibrações deletérias fixadas nos objetos pelos seus antigos proprietários e quantas relíquias de colecionadores estão sendo 'vigiadas' por Entidades desencarnadas que ainda se consideram donas dos objetos? Em meu livro "Oh, James! Na Poeira do Tempo" descrevi esta situação, pois a citada influenciação espiritual é mais comum do que se possa imaginar, principalmente nos antiquários.
Por outro lado, para os Espíritos que desembarcam no Plano espiritual, existe por lá uma espécie de controle que Eça de Queiroz denominou de 'aduana celeste', que é muito rigorosa e que fiscaliza todas as bagagens do 'viajante' que são compulsoriamente expulso da Terra através da morte biológica. Ele vem do 'estrangeiro' ( ver Eça de Queiroz, Póstumo psicografia de Fernando de Lacerda, FEB), de volta ao seu país de origem - que é o Plano Espiritual. O Espírito recém-liberto do corpo biológico só leva consigo aquilo que pode ser levado (o que não pode, fica na Terra, como por exemplo: o título, o poder, o dinheiro, o status e a identidade social). Então, diante disso, surge outra pergunta que acaba por modificar a primeira: o que deve ser levado ao Plano Espiritual? Para chegarmos a uma conclusão plausível quanto ao que devemos levar para o Plano Espiritual, precisaremos refletir, primeiramente, porque precisamos nos deslocar de nosso país de origem e viajarmos para a Terra, na condição de 'estrangeiros'. Será só para existencializarmos uma vida social? Por que o Espírito imortal precisa utilizar-se de um corpo de carne (ver questão 132 de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec) e viver entre outros 'estrangeiros' da Terra que, como ele, terão que retornar, um dia, através da morte biológica do corpo, rumo ao país de origem?
Sem querer ser tautológico, questiono de novo: se estamos aqui na Terra envolvidos com tantos 'estrangeiros', como nós mesmos somos, teremos que inicialmente nos referenciar, em nossos argumentos, utilizando-nos de coisas da Terra.
Respondam olhando as coisas de nossa sociedade: alguém viaja ao estrangeiro para passar um tempo e leva consigo toda a sua mobília? Leva os animais de estimação,toda a casa e os seus vizinhos, as roupas, o carro de passeio e a mesa de trabalho profissional? Claro que, tendo de estar lá no estrangeiro por um tempo que não sabe quanto, muita coisa teve que ficar na terra de origem, inclusive os registros legais de sua identidade civil, os registros de propriedade, as certidões etc. Deixa os parentes, as mil e uma coisas mal resolvidas, os amigos e também os inimigos. Cada um que se retira para o estrangeiro deixa na terra de origem tudo o que teve que ficar. Em plena viagem, pode sentir saudade: então, escreve, telefona, manda-se um email...
Se isto vale para quem vem reencarnar na Terra, como um estrangeiro, o Espírito que está recém-desencarnado também passa por critérios de escolha de mudança. Chegando ao Plano Espiritual, pode se comunicar, às vezes, pelo pensamento ou pela intuição dos encarnados, ou através de um médium que funciona como 'Correio do Além'. E, assim, o desencarnante vai desembaraçado de tudo aquilo que for possível de obstar a sua evolução no Plano Espiritual.
Na Terra, quando um 'estrangeiro' vai para um pais mais bem desenvolvido, geralmente busca lá a oportunidade de um melhor aprimoramento: um doutorado, uma experiência profissional mais vantajosa etc. Para isso, ele precisará se concentrar, deixando em seu país de origem tudo muito bem arrumado para que nada possa perturbar o seu foco no 'novo país'. Se muitas coisas desagradáveis forem chegando (notícias alarmantes e rogativas pesadas)aos ouvidos do viajante que está no estrangeiro, uma perturbação pode nele se instalar, atrapalhando sua experiência nova no estrangeiro.
Há Encarnados (espíritos 'estrangeiros' que investidos no corpo de carne vivem provisoriamente na Terra para evoluir) que ficam psiquicamente atormentados com os rumores obsessivos dos Espíritos desencarnados sofredores que, embora estejam desencarnados, continuam fixados nas coisas da Terra. Outros Espíritos sofredores desencarnados há que permanecem um tempo no além profundamente vinculados às ilusões de materialidade da Terra: suas 'bagagens psíquicas estão avariadas', recheadas de remorsos, iras, desejos de vingança etc. E porque sofrem pelas vinculações excessivas com os bens materiais deixados na Terra, permanecem profundamente identificados com as pessoas que deixaram na Terra. Estes não souberam optar, com equilíbrio, quanto ao que deve ser levado consigo após a desencarnação do corpo biológico. Em vida, não se exercitaram no gradual e necessário desvinculamento psíquico do papel social, político e familiar que exerceram na Terra.Então, aproveitando-se da invisibilidade, intentam continuar a manter o mesmo poder de controle das coisas e das pessoas, como exerciam na Terra: assim acabam 'manipulando' psiquicamente as ilusões dos incautos encarnados, como faziam quando estavam na Terra (ver as Obsessões e meios de combatê-las, no capítulo 23 de O Livro dos Médiuns de Allsan Kardec).
O certo é que, todos nós, embarcamos no Além, pela morte, com tudo o que nos é de fundo psíquico; desembarcamos na Terra, pelo nascimento, sem qualquer resquício de materialidade (a não ser o perispírito). Claro está que isto já nos diz que deveremos ter mais cuidado com o que adquirimos para nós e para outrem na experiência social e familiar na Terra. Importante cogitar quanto ao modo como lidamos com a materialidade, com o poder de controle das coisas e das pessoas, cujos mecanismos, uma vez adquiridos e cronificados como sendo nossos, amanhã, na desencarnação, ser-nos-ão muito mais difíceis de serem erradicados.
Se todos nós - sem distinção - vamos ter que nos despedir do pais que chamamos de Terra ( e deixarmos tudo: o corpo, as coisas e as pessoas, além dos poderes de controle que nos foram outorgados), e teremos que retomar nossa condição de cidadãos espirituais, precisamos desde já, na Terra, nos habilitarmos na arte de vivermos no mundo sem sermos do mundo.
Não estamos dizendo com isto que é para se desprezar os amigos, jogar dinheiro fora e não cuidar do corpo. Tudo isto, incluindo o poder provisório oferecido pelo mundo, tornam-se necessários ao nosso aprimoramento espiritual. O que estamos dizendo é que precisamos experienciar a relação com as coisas e com as pessoas, com o poder de controle e com a autoridade, mas que seja ao modo desidentificado. Vejamos o exemplo do general que desencarnou: nenhum general da Terra é general no Plano Espiritual. Estes galardões e mais outros distinguidos nas honrarias terrenas são outorgas meramente humanas. Os militares, os juízes, os poderosos e todos aqueles que estão, de alguma maneira, identificados com aquilo que dizem que ele 'é', devem começar a relativizar estes emblemas e esteriótipos, enquanto aqui as estiverem utilizando. O artista famoso, o consagrado jogador de futebol, não são assim considerados no Plano espiritual. Enquanto estiverem encarnados devem exercer uma separação entre o que é e o que não é seu, de fato. Não deve dizer para si mesmo, olhando-se no espelho: eu 'sou' isto ou aquilo! Porque só somos aquilo que não pode ser tirado de nós. A morte do corpo biológica costuma pregar surpresas aos Espíritos desencarnados, iludidos que 'são' realmente aquilo que parece que são. Só para lembrar: A Espírito Andre Luiz ( Livro: Nosso Lar, FEB) achpu que por ter sido médico na Terra poderia exercer sua medicina no Plano Espiritual.
Na experiência dialética da reencarnação, busca-se na existência terrestre a convivência com uma grande maioria de espíritos encarnados que são basicamente, ignorantes da vida após a morte, egoístas e orgulhosos, para que o próprio egoismo e o orgulho possam ser ultrapassados. Assim, na convivência educativa do lar, da escola e da religião, vão surgindo as oportunidades de nascerem a humildade e o altruísmo desinteressados. Só mesmo na lida com a materialidade, num 'pais' de provas e expiações, na condição de estrangeiro é que os espíritos endurecidos podem experimentar a forja e o cadinho das provas que os podem libertar da ganga, pois a extração da 'pedra preciosa' só se faz no fogo da experiência social na Terra. Surge, assim o homem de bem.E são os exemplos do homem de bem (questão 918 de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec) que podem balizar na Terra, o traçado que a Espiritualidade Maior indica nas Obras Básicas do Espiritismo, guia infalível da Regeneração.
Assim, uma boa desencarnação se dá, sem embargos na 'aduana celeste'. O Espírito 'estrangeiro' que viveu na Terra ao modo desapegado e que soube agregar valores positivos em sua bagagem espiritual, leva consigo uma bagagem legítima. São pessoas que possuem um caráter ético e que se tornam bússolas-vivas, indicando-nos, na Terra, qual o o "norte magnético" da Evolução. Ser homem de bem e seguir boas orientações espirituais de pessoas inteligentes e espiritualizadas já eliminam grande parte dos embaraços de 'alfândega' quando se vai retornar ao país de origem, deixando, portanto, de ser um 'estrangeiro' no mundo.
Isto tudo quer dizer que, cada um de nós, - espíritos encarnados que somos - precisamos nos preparar, condignamente, para enfrentarmos esta viagem desencarnatória. Buscarmos, desde já, re-conhecer pelo estudo doutrinário do espiritismo, como é o país de origem. No fundo, estaremos re-lembrando de incontáveis experiências sempre que estivermos lendo e estudandoas obras mediúnicas dos bons médiuns como José Raul Teixeira, Divaldo Franco ou Chico Xavier. Em suma: devemos manter-nos bem atento o exercício sereno e progressivo do desembaraço das coisas materiais. Verificarmos com critério: há questões legais pendentes que podem afetar a harmonia dos herdeiros (os 'estrangeiros' que ficarão ainda por mais um tempo na Terra? Precisamos procurar reconciliar com algum adversário, enquanto estamos encarnado? Além disso, exercitar-se, sinceramente, no bem ao próximo, procurando, ao mesmo tempo, agregar conhecimentos úteis e sentimentos nobres, tais como a caridade como a entendia Jesus (Questão 886 de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec). Entre todas estas questões relevantes, destaco a que é título deste artigo: apropriar-mo-nos da realidade viva de que nós somos, de fato, Espíritos estrangeiros na Terra, porque somos Espíritos Imortais, reencarnados num corpo biológico, experimentando a vida em uma sociedade que ainda se comporta, em sua grande maioria, como se fosse formada de seres meramente bioquímicos, agregando muito valor ao status e ao dinheiro, ao poder e ao controle de tudo.
Isto fica muito patente quando nós assinamos um contrato legal de compra de um apartamento. Não somos, de fato, 'proprietários' do mesmo. Ledo engano achar que somos mesmo proprietários daquele objeto, do imóvel etc! Na verdade, os espíritos reencarnados na Terra nada mais são do que usufrutuários das coisas materiais que experimentam como sendo seus. O que vimos aqui é que: um dia, fatalmente, os 'estrangeiros da Terra vão ser obrigados a 'viajar' e deixarão tudo por aqui mesmo: tudo isto que afinal não é seu, de fato!.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Por que tanto cuidado com a água que é fluidificada pela Espiritualidade Maior nas reuniões públicas e mediúnicas da Casa Espírita?
Julio Cesar de Sá Roriz
Coloco abaixo as referências bibliográficas respeitáveis que, entre outras, demonstram como o ectoplasma é afetado de modo tão ruim pela luz branca. Há também a recomendação de muito cuidado por parte do escritor Hermínio Miranda com relação a presença da luz branca e os seus efeitos sobre a água fluidificada, conforme o seu livro “Diálogo com as sombras”, editado pela FEB. Vejam também as referência do desobsessão de Andre Luiz, psicografado por Francisco Xavier e Waldo Vieira, em que o autor espiritual explica:
"Contudo, antes da prece inicial, o dirigente da reunião graduará a luz no recinto, fixando-a em uma ou duas lâmpadas, preferivelmente vermelhas, de capacidade fraca, 15 watts, por exemplo, de vez que a projeção de raios demasiado intensos sobre o conjunto prejudica a formação de medidas socorristas, mentalizadas e dirigidas pelos instrutores espirituais, diretamente responsáveis pelo serviço assistencial em andamento, com apoio nos recursos medianímicos da equipe".
O assunto é muito simples, porém pouco estudado: a água tem a propriedade de absorver, com facilidade, os eflúvios existentes no ar, o que está em flutuação oriundo do meio ambiente. Se colocarmos uma panela cheia d'água no chão de uma sala que está sendo pintada, a água absorverá resíduos e poderá apresentar gosto. Os vapores de resíduos tóxicos, fumos e poeiras também afetam a pureza da água.
O que dizer dos fluidos deletérios emanados por obsessores? Quando a água é fluidificada pelos Amigos Espirituais, eles esperam de nós um cuidado especial quanto a qualidade da água a ser servida (deve ser filtrada, fervida ou ozonizada). Nós podemos colaborar nisto e também proteger as águas a serem fluidificadas. Isto nos cabe certamente, porém nem sempre eles podem contar com os fluidos dos médiuns presentes ao ambiente da fluidoterapia.
Já vimos então: os Espíritos superiores esperam que tomemos todo cuidado no sentido de preservarmos a água que servirá de veículo para os fluidos terapêuticos que eles ministram com tanto carinho. Neste cuidado, incluem-se os teores dos nossos pensamentos e também as emanações advindas do público sofredor que chega à Casa Espírita para assistir a reunião Pública e receber o passe espírita. Claro que a espiritualidade maior protege as águas a serem fluidificadas, mas isto não nos isenta de protegê-las contra estas 'intempéries'!
Talvez por esta razão Hermínio solicita nossa atenção quanto à preservação da água fluidificada quanto a tudo o que possa fazê-la perder suas características fluidoterapêuticas. O fluido inoculado é sutil...
Creio que toda dúvida que nos é apresentada por tarefeiros da mediunidade na Casa Espírita, é sempre válida, mesmo que ela possa vir de alguém que só sabe tratar dos assuntos delicados da mediunidade de modo mais teórico do que prático. Desde já podemos dizes que, além do estudo doutrinário, a experiência mediúnica e o contato com outros espíritas mais experientes contam muito!
Cabe aqui, no entanto, uma advertência: uma certa dose de prevenção é sempre muito bem-vinda, tomando-se o cuidado para não exagerar em crendices, argumentos desprovidos de senso. É que há tanta invencionice no meio mediúnico, principalmente por parte daqueles que se nomeiam espiritualistas, que nós – estudiosos e trabalhadores fieis à Kardec – tomamos cuidado para não serem criados conceitos-achismos ditos “mediúnicos”, a torto e a direito, deitando sabedoria em assuntos de fluidos e curas. É preciso, ao mesmo tempo, sair da função iconoclasta e fugir da das semelhanças ao xamanismo que, em tantos casos, refletem tão-só a opinião dos interessados em promover a sua própria ideia.
Vejamos um estudo científico: William Crookes estudou o efeito da luz branca no ectoplasma em seu livro 'Fatos Espíritas', FEB. Creio ser importante estudar este livro de pesquisa, associado ao capítulo "Os Fluidos" da Gênese de Allan Kardec.
Vejam abaixo outras referências que envio para seu estudo e sua análise criteriosa:
Trechos significativos sobre o tema da água fluidificada e a luz branca:
'DIÁLOGO COM AS SOMBRAS'
Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat
de HC Miranda
– cap I “ O Grupo”
“a sala já está preparada pelos responsáveis espirituais. No grupo do qual faço parte, um dos médiuns viu, mais tarde, depois de recolhido ao leito, em retrospecto, toda a sessão, desde o preparo da sala. Neste caso, o cômodo destinado às reuniões fica completamente isolado do corpo da casa, tendo acesso apenas por uma passagem externa. Cerca de duas horas antes, a sala está preparada fisicamente para a reunião: mesa e cadeiras em posição, a água destinada à fluidificação, os livros que contêm os textos destinados à leitura, material para eventual psicografia, papel, lápis, canetas esferográficas, o caderno de preces, o gravador com a fita já também em posição para captar a mensagem final dos mentores do grupo, uma pequena luz indireta, preferentemente de cor, pois a luz branca é prejudicial a certos fenômenos mediúnicos. Sugere-se a cor vermelha”
*.*.*.*.*.
NAS MATERIALIZAÇÕES E CURAS ESPIRITTUAIS/ ECTOPLASMA
Ler o livro de William Crooks “Fatos Espíritas”, FEB, onde ele experimentou a luz branca afetando o ectoplasma de modo direto e rápido, devendo, portanto, ser evitada.
OUTRAS INFORMAÇÕES BIBLIOGRAFICAS:
A ÁGUA FLUIDIFICADA
“O que bebe da água do poço voltará a ter sede. Mas a água que eu dou é uma fonte para a Vida Eterna”.
JESUS (João, 4, 13:14)
APONTAMENTOS DIVERSOS
É assim que as mais insignificantes substâncias, como a água, por exemplo, podem adquirir qualidades poderosas e efetivas, sob a ação do fluido espiritual ou magnético, ao qual elas servem de veículo, ou se quiserem, de reservatório.
Kardec, IN: A Gênese, cap. 15, § 25
A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.
Emmanuel, IN: Segue-me, p.131.
Por essas assertivas, aprendemos que água é passível de adquirir qualidades diversas, de natureza sutil ou "fluídica", ao influxo da vontade de um agente.
No meio espírita, a água modificada pela ação de Espíritos desencarnados ou encarnados no sentido de tornar-se medicamentosa ficou conhecida como "ÁGUA FLUIDIFICADA" ou "magnetizada". Trata-se de expressões impróprias, mas que o uso já consagrou.
N.B.:
(Do ponto de vista da física, a água pura que bebemos já é um fluido, e não é susceptível de magnetizar-se por um ímã, por exemplo.)
A água dita "FLUIDIFICADA" é, na verdade, um veículo de recursos medicamentosos que atuam no perispírito.
Indiretamente, contribui para o restabelecimento do corpo carnal.
Em seu livro "Fluidos e Passes", Therezinha Oliveira assim se refere à ação da "ÁGUA FLUIDIFICADA"(p. 89):
Ao ser ingerida, [...] é metabolizada pelo organismo, que absorve as quintessências que vão atuar no perispírito, à semelhança de medicamento homeopático.
A "ÁGUA FLUIDIFICADA" é indicada nos casos de carência fluídica, comuns quando há desequilíbrio emocional, debilitação orgânica por enfermidade, nos desgastes por processo obsessivo, nas lesões de órgãos, etc.
Sendo uma espécie de medicamento, não devemos abusar de sua utilização.
11 – ECTOPLASMA
INDICE:
11.01 - O QUE É ECTOPLASMA?
11.02 - CARACTERÍSTICAS DO ECTOPLASMA:
11.03 - ECTOPLASMA É UMA COMBINAÇÃO DE FLUIDOS
11.04 - OS ESPÍRITOS NÃO PRODUZEM ECTOPLASMA
11.05 - OS TIPOS DE ECTOPLASMA
11.06 - O ECTOPLASMA É MATÉRIA?
11.07 - O ECTOPLASMA É UM COMBINADO DE SUBSTÂNCIAS
11.08 - COMO APRESENTA-SE O ECTOPLASMA
11.09 - COMO É PRODUZIDO O ECTOPLASMA NO SER HUMANO?
11.10 - ONDE SE FORMA O ECTOPLASMA NO SER HUMANO
11.11 - O DUPLO ETÉRICO LIGA O ESPÍRITO AO CORPO FÍSICO
11.12 - RELAÇÃO DO DUPLO ETÉRICO COM O ECTOPLASMA
11.13 - O DUPLO ETÉRICO SERIA FORMADO DE ECTOPLASMA
11.14 - ONDE SITUA-SE O ECTOPLASMA?
11.15 - O DUPLO ETÉRICO SERIA O RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ECTOPLASMA?
11.16 - MATERIALIZAÇÕES PARCIAIS OU COMUNS
11.17 - MATERIALIZAÇÕES COMPLETAS OU SUBLIMADAS
FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS:
– ECTOPLASMA
11.1 - O QUE É ECTOPLASMA?
a) Ectoplasma, para a ciência acadêmica, é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo, ou a porção periférica do citoplasma.
b) Ectoplasma: Termo criado por Charles Richet. É uma substância que se acredita seja a força nervosa e tem propriedades químicas semelhantes as do corpo físico, donde provém. Apresenta-se viscoso, esbranquiçado (quase transparente, com reflexos leitosos) e é evanescente sob a luz. É considerado a base dos efeitos mediúnicos chamados "físicos", pois através dele os espíritos podem atuar sobre a matéria.
c) Entretanto, para os espíritos o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exsuda principalmente do médium de efeitos físicos, e algo dos outros médiuns.
Trata-se de substância delicadíssima que, situa-se entre o perispírito e o corpo físico. Embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, por cujo motivo serve de alavanca para interligar os planos físico e espiritual.
d) Historicamente o ectoplasma tem sido identificado como algo que é produzido pelo ser humano que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo fenômenos diversos.
11.2 - CARACTERÍSTICAS DO ECTOPLASMA:
O ectoplasma é de difícil manipulação, é pegajoso, não se molda facilmente, por isso exige treinamento e técnicas para que os espíritos se utilizem deste fluido.
Não é o espírito que se materializa e sim o ectoplasma que se adere a forma do perispírito do espírito.
O ectoplasma sofre muito a influência da luz do dia e da luz branca, ocorrendo interferências no fenômeno, o ideal é utilizar uma luz de tom avermelhado.
Pode ocorrer materialização sob o efeito da luz branca mas é necessário ter muito ectoplasma (em abundância), também é difícil tirar-se foto com flash de materialização, porque no momento do flash há interferência.
Não é o ectoplasma puro que exala do médium que é usado diretamente nas materializações, é necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos (kundalini-material , líquido nervoso + líquidos
do corpo do médium e da natureza) ou seja na materialização é utilizado ectoplasma elaborado.
A presença de apenas uma pessoa incrédula no ambiente dificulta ou até impede a aderência do ectoplasma no perispírito do espírito.
11. 3 - ECTOPLASMA É UMA COMBINAÇÃO DE FLUIDOS:
A palavra ectoplasma dá idéia de que se trata de algo único, mas na verdade é um grande conjunto, formado pela combinação dos fluidos do espírito com o fluido animalizado do médium e com os fluidos ambientes.
Na obra “Nos Domínios da Mediunidade”, Áulus explica-nos o seguinte: “- Aí temos o material leve e
plástico de que necessitamos para a materialização.
Podemos dividi-lo em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber:
Fluidos A – representando as forças superiores e sutis da esfera espiritual;
Fluidos B – definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem;
Fluidos C – constituindo energias tomadas à natureza terrestres.
Os Fluidos A podem ser os mais puros e os Fuidos C podem ser os mais dóceis; No entanto os Fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium, são capazes de estragar os mais nobres projetos.
Nos círculos em que os elementos A encontram segura colaboração de B, a materialização de ordem
elevada assume a sublimidade dos fenômenos.
11.4 - OS ESPÍRITOS NÃO PRODUZEM ECTOPLASMA
Todos os estudos feitos, sobre as materializações de espíritos e os chamados “efeitos físicos”, demonstram que esses fenômenos ocorrem somente na presença de pessoas que podem fornecer ectoplasma.
Isto leva à óbvia conclusão de que os espíritos não “produzem” ectoplasma. Eles apenas podem manipulá-lo.
Uma observação mais cuidadosa leva, inclusive, à conclusão de que esta “manipulação” somente pode ocorrer com a conivência, consciente ou “inconsciente” dos encarnados que fornecem o ectoplasma.
Se assim, não fosse, esses fenômenos ocorreriam com tal freqüência e intensidade, no cotidiano da humanidade, que os desencarnados passariam a participar diretamente do mundo dos encarnados.
Deste modo, pode-se deduzir que o ectoplasma é um atributo do corpo físico, portanto da matéria, uma vez que o corpo humano é material, embora seja controlado pelo espírito nele encarnado.
O que se pode admitir que aconteça é que, os espíritos encarnados, em contato com a matéria (corpo), durante a encarnação, manipulam-na (a matéria) de tal modo a produzirem o que chamamos de ectoplasma.
Essa produção se daria, de modo automático e inconsciente, desde a concepção até o desencarne.
11.5 - OS TIPOS DE ECTOPLASMA:
Ora, se o ectoplasma está relacionado com a matéria que constitui o corpo humano, ele deve existir, também, nos minerais, nas plantas e nos animais em geral.
Esse ectoplasma dos animais, dos vegetais e dos minerais não deve ser igual, em termos de “complexidade”, ao ectoplasma existente nos seres humanos.
O ectoplasma mineral é, em princípio, o mais simples. Nos vegetais, que se alimentam principalmente de materiais inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo, isso pode ser admitido uma vez que ele foi “trabalhado” por elas a partir do material inicial.
Nos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e mesmo outros animais, o ectoplasma deve adquirir uma maior complexidade.
Certamente em função da espécie de vegetal ou animal, haverá qualidades diferentes de ectoplasma.
Esta dedução é fácil de ser feita, uma vez que, ao que se sabe, o ectoplasma não humano não é suficiente, ou adequado, para a realização de fenômenos físicos e de materialização.
Se fosse, esses fenômenos ocorreriam livremente pela manifestação de espíritos desencarnados.
Haveria interferência direta dos desencarnados no mundo dos encarnados, criando uma grande confusão.
Hernani Guimarães Andrade, no seu livro “Espírito, Perispírito e Alma”, propõe a existência dos seguintes tipos de ectoplasma:
1.ectomineroplasma, originário dos materiais minerais;
2.ectofitoplasma, quando extraído dos vegetais;
3.ectozooplasma, quando produzido pelos animais;
4.ectohumanoplasma, quando produzido pelos humanos.
Para efeito de simplificação de terminologia, no sentido de tornar o significado mais acessível às pessoas, podemos dizer apenas. ectoplasma:
- mineral,
- vegetal,
- animal,
- humano.
11.6 - O ECTOPLASMA É MATÉRIA?
Podemos definir matéria como:
- Tudo que é constituído pelos elementos químicos constantes da classificação periódica dos elementos químicos, além evidentemente dos próprios elementos e das partículas subatômicas.
- O que tem massa e energia, portanto o que estará sujeito à ação da gravidade, o que tem peso e, além disto, ocupa um certo volume no espaço.
- O que pode interagir fisicamente com outras porções da matéria através das reações químicas.
Algumas propriedades do ectoplasma:
- Ele está sujeito à ação da gravidade terrestre e interage fisicamente com a matéria do corpo humano.
- Nas fotografias vemos o ectoplasma saindo da boca do médium, como se fosse panos.
- Os fatos de o ectoplasma cair na direção do solo e de o espírito materializado, a partir do ectoplasma, estar junto ao chão são evidências de que este fluido está sujeito à ação da gravidade terrestre.
- Alguns autores que já estudaram o ectoplasma, em trabalhos de materialização e de efeitos físicos, verificaram a ação da gravidade sobre o ectoplasma através do uso de balança.
Podemos concluir, portanto, que o ectoplasma é matéria!...Podemos?
Este raciocínio nos leva a uma conclusão muito interessante: Parece haver alguma coisa que se comporta como se fosse uma matéria paralela à matéria que a química descreve. Em outras palavras, é como se houvesse um outro conjunto de elementos químicos coexistente com os conhecidos ou previstos pela química.É como se fosse possível estabelecer, pelo menos, mais uma outra Classificação Periódica.
11.7 - O ECTOPLASMA É UM COMBINADO DE SUBSTÂNCIAS?
Quando os espíritos desencarnados podem dispor dele em bastante quantidade, então o utilizam para a produção de fenômenos mediúnicos de efeitos físicos, após combinarem-no com outras substâncias extraídas do reservatório oculto da natureza.
11.8. COMO APRESENTA-SE O ECTOPLASMA?
O ectoplasma apresenta-se à visão dos desencarnados como uma massa de gelatina pegajosa, branquíssima e semilíquida, que se exsuda através de todos os poros do médium, mas em maior proporção pelas narinas, pela boca ou pelos ouvidos, pelas pontas dos dedos e ainda pelo tórax.
O ectoplasma, à feição do magnetismo, é energia disseminada e presente em toda a natureza que, por lei evolutiva, é mais apurada no homem do que no mineral, vegetal ou animal.
11.9 - COMO É PRODUZIDO O ECTOPLASMA NO SER HUMANO?
Deduzindo que os espíritos encarnados, em contato com a matéria, durante a encarnação, produzem o ectoplasma, podemos, a partir daí, tecer algumas considerações:
a) Se admitimos a existência do ectoplasma nos minerais, nas plantas, nos animais, etc., podemos entender de que, um dos ingredientes que forma o ectoplasma é originário dos alimentos.
b) Outro ingrediente provem do oxigênio que respiramos.
c) Ainda há outro ingrediente que é produzido no interior das células do nosso corpo físico.
O que ocorre é uma “transformação” desses ectoplasmas primários em ectoplasma humano.
Podemos concluir que o ectoplasma encontra suas matérias primas nos fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular do nosso organismo físico.
Agora, vem a questão, onde e quando ocorre o processo metabólico das reações químicas, físicas e biológicas entre os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular que resultam no ectoplasma?
11.10 - ONDE SE FORMA O ECTOPLASMA NO SER HUMANO?
É difícil de afirmar com certeza, onde se forma o ectoplasma no ser humano.
A observação indica uma grande “movimentação fluídica” no abdome, na altura do umbigo.
Considerando-se, a observação acima, alguns pesquisadores admitem que se forma ectoplasma no aparelho digestivo através do metabolismo dos alimentos no corpo humano.
Outro lugar onde é comum se perceber que há uma quantidade grande de “movimentação fluídica” é no tórax. Para alguns estudiosos a produção de ectoplasma ocorre através da respiração (produzido no oxigênio).
Como a “Ciência Acadêmica” admite que esse fluido se forma no interior das células, muitos estudiosos concluem que o ectoplasma se forme por todo o corpo, a nível celular, embora em quantidades e qualidades diferentes.
O sangue pode carregar o ectoplasma até os pulmões, onde se libera para ser eliminado, da mesma forma que o carbono resultante do metabolismo.
Entretanto, para os espíritos o ectoplasma trata-se de substância delicadíssima, que se produz entre o perispírito e o corpo físico e que serve de
alavanca para interligar os planos físico e espiritual.
Isto nos leva a deduzir que os fluidos resultantes da alimentação, da respiração e da atividade celular são carreados através dos chacras gástrico e esplênico e transformam-se em ectoplasma no interior do duplo etérico. Poderíamos chamar isso como uma espécie de “metabolismo do ectoplasma”.
Vamos relembrar, não é o ectoplasma humano que exala do médium que é usado diretamente nas materializações ou nos fenômenos de efeitos físicos, é necessário combiná-lo com outros dois tipos de fluidos (espirituais e da natureza), para que obtenhamos o ectoplasma elaborado.
FENÔMENOS EFEITOS FÍSICOS - DUPLO ETÉRICO
11.11 - O DUPLO ETÉRICO LIGA O ESPÍRITO AO CORPO FÍSICO
Todo ser possui um “espírito”, que é o princípio inteligente do ser. Ele não tem forma determinada.
Todo espírito é envolto num “corpo espiritual”, também conhecido com o nome de perispírito ou ‘corpo astral’.
O corpo de carne de uma pessoa é “cópia” desse perispírito.
No entanto, para promover a ligação entre os corpos de carne e o espiritual é necessário admitir-se a existência de um outro corpo, que só os encarnados possuem, a esse corpo podemos chamar de duplo etérico.
11.12 - RELAÇÃO DUPLO ETÉRICO COM O ECTOPLASMA
O espírito é imaterial, no entanto, não é possível fazer essa admissão para o corpo espiritual, se ele possui forma, é porque é feito de algum tipo de matéria.
No entanto, não deve ser feito de ectoplasma, pois neste caso, os espíritos desencarnados não necessitariam dos encarnados para o obterem.
Assim, o duplo etérico, que existe apenas nos encarnados deve estar relacionado com o ectoplasma.
11.13 - O DUPLO ETÉRICO SERIA FORMADO DE ECTOPLASMA?
A hipótese mais provável é que o duplo etérico também seja constituído de uma espécie de matéria ectoplasmática.
Deste modo, o ectoplasma acumulado pelas pessoas poderia ser aquele escretado pelo duplo etérico,
isto é, aquele ectoplasma que não é necessário para sua constituição.
11.14 - ONDE SITUA-SE O ECTOPLASMA?
Segundo André Luiz, o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo (duplo etérico), e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza.
Este tipo de raciocínio indica, novamente, a existência de outra matéria, “paralela” à que conhecemos e
o ectoplasma seria constituído por esta matéria.
Esta matéria seria coexistente com a matéria conhecida, porém, de uma densidade muito menor.
11.15 - O DUPLO ETÉRICO SERIA O RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ECTOPLASMA?
Em geral, nos trabalhos de efeitos físicos, o duplo etérico, ao se afastar do médium à sua esquerda, à altura do baço, torna-se um ponto de apoio para os espíritos desencarnados operarem com mais eficiência no limiar entre os mundos físico e o espiritual. O duplo etérico é o responsável pela elaboração de ectoplasma e pela coordenação e transferência de fluidos nervosos do médium utilizados nos fenômenos de efeitos físicos.
É o mediador plástico e também o catalizador de energias mediúnicas, aglutinando-as de modo a servirem, ao mesmo tempo, entre o mundo físico e o plano oculto.
11.16 - MATERIALIZAÇÕES PARCIAIS OU COMUNS
Nos fenômenos de materialização completa o médium entra em transe cataléptico e o duplo etérico se separa do perispírito e nas materializações parciais não é necessário o médium entrar em transe cataléptico.
Existem materializações que se apropriam somente do ectoplasma do médium, sem o envolvimento com o seu duplo etérico.
Neste caso se conseguem materializações comuns ou parciais, porque não existe ectoplasma suficiente para a materialização completa, apenas é materializado alguma parte do Espírito, como mão ou pé.
11.17 - MATERIALIZAÇÕES COMPLETAS OU SUBLIMADAS
Existem materializações de espíritos que se apropriam do ectoplasma do médium através do envolvimento direto com o duplo etérico do médium.
Neste caso o médium sempre estará em estado cataléptico.
As materializações são sublimadas ou completas, porque aparece todo o Espírito.
Para as materializações completas, onde aparecerá todo o espírito materializado é necessário grande quantidade de ectoplasma, neste caso é utilizado o próprio duplo etérico do médium para revestir o espírito que irá se materializar.
A matéria ectoplasmática é metabolizada no interior duplo etérico do médium, passando em seguida ao aparelho digestivo do corpo físico do médium através dos chacras esplênico e gástrico. Depois sobe saindo pela sua boca nariz e ouvidos, então o duplo etérico do médium começa a atrair o ectoplasma que vai se aglutinando ao seu redor, igual a imã quando atrai limalha de ferro.
Este se aglutina em volta do duplo etérico do médium formando uma espécie de escafandro emborrachado. O espírito que irá se materializar penetra dentro do duplo etérico do médium ficam como que um dentro do outro, e o duplo etérico do médium se transfigura adquirindo a forma do Espírito materializado.
ECTOPLASMA CONTAMINADO É DISSOLVIDO
Acontece, às vezes, que os próprios técnicos e protetores do médium resolvem dissolver no meio do ambiente a porção fluidica que poderia enfermá-lo na sua reabsorção orgânica. Reduz-se assim a cota
de líquidos orgânicos volatilizados e que se tornam nocivos a qualquer reaproveitamento, fazendo com que o médium, ao despertar sinta intensa sede e ingira certa quantidade de água para compensar a que é desperdiçada e que se faz necessária ao equilíbrio do seu corpo físico.
CUIDADOS PARA NÃO CONTAMINAR O ECTOPLASMA
Os trabalhos de efeitos físicos exigem um cuidadoso tratamento por parte dos espíritos operadores, pois o ectoplasma do médium é elemento fácil de ser contaminado pelos miasmas e certas tóxicos que invadem o ambiente devido à imprudência ou descaso de alguns freqüentadores dos trabalhos mediúnicos. Essa matéria viva do próprio médium pode ser empregada para fins proveitosos quando, pela sua vontade, este admite a intromissão dos espíritos amigos e benfeitores;
no entanto, caso se trate de criatura desregrada, os espíritos inferiores e malévolos podem assenhorar-se dessa energia acionável pela vontade desencarnada, causando perturbações nos trabalhos de efeitos físicos, ou mesmo fora do ambiente mediúnico.
FONTE:
Espírito, Perispírito e Alma - Hernani Guimarães Andrade.
Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz.
*.*.*.*.*.
Ectoplasma
(Mediunidade de efeitos físicos)
Jorge Ândrea dos Santos
Resumo: - Este pequeno ensaio sobre Ectoplasmia faz referências iniciais sobre o significado do título e os pesquisadores que contribuíram na elucidação do processo. Procura mostrar o que é ectoplasma e o resultado de algumas análises realizadas. Apresenta o conceito bioquímico que pode responder pelo processo, onde o ATP, elemento bastante difundido no metabolismo celular e resultante do ciclo de Krebs, seria uma das unidades chaves na formação da substância ectoplásmica.
Na moldagem de objetos ou seres humanos, com propósitos bem definidos, terá de existir o campo de energias responsável pela congregação e orientação das moléculas do ectoplasma, traduzido num verdadeiro campo-organizador, consciente e inteligente pelo que demonstra, representando o agente Psi-Theta (Espírito) ou campo espiritual.
A ectoplasmia, conhecida de modo mais popular como fenômeno de materialização, pelos estudos realizados e experiências criteriosas há um século aproximadamente, ainda em despertando o mais expressivo interesse da área cientifica. Foi Charles Richet quem utilizou a denominação diante das pesquisas realizadas em sua época.
A Parapsicologia, com os conhecimentos dos dias atuais, tem por obrigação fazer a abordagem da temática, no capítulo dos fenômenos Psi-Theta. Devido à existência de inúmeros fatos a ectoplasmia não pode ser relegada ao desconhecimento ou mesmo falta de interesse como desejam algumas posições sectaristas.
A ciência avalia os fenômenos de ectoplasmia com desconfiança. Como todo fenômenos Psi-Theta, não pode ser controlado de acordo com as diretrizes e vontade do pesquisador. Essa fenomenologia, em que os agentes Psi-Theta (Espíritos) participam, é quase sempre fugaz, de difícil abordagem e controle, pela presença de inúmeros fatores que se desenvolvem em dimensão diversa daquela que a metodologia cientifica pode avaliar e controlar.
Laboram nestes fatos inúmeros pesquisadores dos quais lembramos: Albert Coste em 1895;Alexandre Aksakof em 1895; Paul Gibier em 1898;Williams Crookes em 1899 e 1923;Gabriel Delanne em 1909 e 1911 e muitos outros.
Os autores são categóricos em afirmar a inconteste existência dessa mecânica, onde dois elementos entram, indiscutivelmente, no processo: o ectoplasma e o agente orientador para que a moldagem se observe. De um lado, a matéria ectoplásmica, fugaz e vaporosa e, do outro, o campo organizador da forma ( campo espiritual) às expensas do qual o ectoplasma se distribui em adequada moldagem.
Ektós ( do grego) - por fora; plasseinforma. O vocábulo ectoplasmia passa a definir, com mais precisão do que o termo materialização, a formação de objetos e pessoas, em ambiente apropriado, às expensas da substância especifica doada pelos sensíveis ou médiuns (ectoplasma).Devemos fazer diferença do termo ectoplasma empregado em biologia para designar a região mais externa do protoplasma celular, do significado parapsicológico do presente escrito.
O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência a solidificação pela evolução do fenômeno, tomando forma por influencia de um campo-organizador especifico. Facilmente fotografado; de cor branco acinzentado; vai desde a névoa transparente à forma tangível; de aspecto semelhante aos tecidos vivos oferecendo sensação de viscosidade e frieza.
O ectoplasma foi analisado por vários pesquisadores dos quais destacamos as seguintes conclusões:
1. Dr.V. Dombrowsky (Varsóvia) - "O ectoplasma está constituído de matéria albuminóide, acompanhado de gordura e de células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e açúcares".
2. Dr. Francês ( Munich) - "Substância constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura".
3. Dr. Albert Scherenk-Notzing citado por Charles Richet - "O ectoplasma está constituído por restos de tecido epitelial e gorduras".
4. Dr. Hernani G. Andrade - "O ectoplasma é Substância formada com recursos da natureza originando-se dos tecidos vegetais (ectofiloplasma) e de origem animal (ectozooplasma) e de origem mineral (ectomineroplasma)".
Muitos autores que analisaram a substância encontram células anucleadas em sua constituição. O ectoplasma seria substância originária no protoplasma das usinas celulares, onde o ATP( trifosfato de adenosina) teria expressiva participação, ao lado de outros elementos. Dessa forma, não podemos deixar de considerar a importância do fósforo nas atividades bioquímicas orgânicas e, consequentemente, no desenvolvimento do processo ectoplásmico em suas especificas dosagens. No dizer do professor Aldemar Brasil: " Em síntese, o ATP, que eqüivale por cada ligação piro-fosfática desgarrada de sua molécula, a mais ou menos 7.500 kcal, é a unidade usada em biologia para expressar a transferência de energia oriunda do ciclo de Krebs, e de outras fontes. No ciclo de Krebs, também denominado de ciclo dos ácidos tri-carboxílicos, a energia é libertada pela transferência de elétrons para a cadeia respiratória, provindos de substratos em que o hidrogênio é ativado, desgarrado e transportado com seu elétron até o oxigênio, também ativado ao receber esses elétrons, formando-se, então, a água. Para tanto, no ciclo de Krebs há processos de descarbolização, desidrogenação, etc., operados por enzimas especificas ativadas por coenzimas determinadas".
Qual o mecanismo criativo do ectoplasma na organização do agente doador (sensível ou médium)?Claro que seria uma condensação energética apropriada transformando-se em matéria. A informação de André Luíz, em "Mecanismos da Mediunidade", é bastante lógica e sensata: "O ectoplasma resulta de um processo de desagregação molecular formado por forças desconhecidas, ao mesmo tempo que o fenômeno fica sob controle de campos de forças organizadoras capazes de reagrupar as moléculas segundo um modelo determinado. "O fenômeno de ectoplasmia, é preciso que se diga, é fenômeno de plasmagem e não de criação de matéria. A plasmagem se dará às expensas da substância (energia) fornecida pelo médium que, a pouco e pouco, atingirá o processo de condensação, voltando à sua fonte por mecanismo inverso. Temos como certo, também, que o ectoplasma é substância que, além de fornecida pela organização humana (médium), será plenamente enriquecida (completada) com outros elementos da natureza provindos dos vegetais e de outras matérias orgânicas, de origem animal, numa especifica arregimentação.
Os chamados processos de ectoplasmia investem complexa mecânica, de difícil avaliação pelos atuais métodos que a ciência pode oferecer. Para que o fenômeno se observe e seja bem equacionado, haverá necessidade de lembrarmos o conceito de Claude Bernard de que na usina celular opera-se a totalidade dos fenômenos vitais, muitos dos quais transcendem a avaliação pelos nossos sentidos. A maioria desses fenômenos bioquímicos, mormente da esfera da ectoplasmia, estariam ligados aos compostos fosforados e suas correlações com as enzimas e hormônios.
No núcleo celular existiriam fontes especificas de energia, ligadas ao ADN e ARN (ácido desoxirribonucleico e ribonucleico), a comandarem os processos metabólicos mais expressivos no soalho protoplasmático. O elemento participante ativo desse processo de formação de energias no corpo celular seria o ATP ( trifosfato de adenosina), resultante do ciclo de Krebs.O ATP, sendo a primordial fonte de energia nos processos celulares, estaria comprometido na formação do ectoplasma. Esse processo de doação do ATP traduziria uma "qualidade especifica" do médium na manifestação da fenomenologia paranormal de efeitos físicos. Haveria, neste caso, por intermédio das organizações celulares, uma maior irradiação dessas energias, que se tornariam mais expressivas nas reuniões destinadas a esse tipo de trabalho. Isto mostraria a influência dos participantes da equipe (encarnados e desencarnados) concorrendo no maior fornecimento da substância ectoplasmática por parte dos que apresentam essa possibilidade. Quando a quantidade de substância irradiativa fosse bem expressiva, já fora da fonte de origem, poderia mostrar-se sob forma gasosa visível (nuvem), por um processo de condensação, constituindo material especializado e com possibilidades de aproveitamento nos mecanismos em pauta.
No denominado passe energético, muito utilizado nas casas espíritas sob forma de fluidoterapia, acreditamos que esses elementos de irradiação, devidamente elaborados pelo psiquismo, carregam em seu bojo quase que especificamente energias originárias no ATP da usina celular. Ainda mais, este material de doação energética, passando à dimensão física por condensação, poderá ser aproveitado pelas Entidades Espirituais na vestidura de seus campos de forças nos trabalhos especializados da ectoplasmia.
Assim, essa substância, o ATP, deverá fazer parte do ectoplasma e, na medida que o processo se desenvolve por condensação, vai oferecendo as naturais modificações químicas pela queima da molécula fosfórica que permitirá a ectoplasmia luminosa; por tudo, podemos avaliar a importância do fósforo, em suas múltiplas combinações, no mecanismo da ectoplasmia.
Esclarecemos que o processo da ectoplasmia revelando o aparecimento de um ser humano (Espírito envolto no ectoplasma) não representa exclusivamente a vestidura com ATP. Haveria, na massa ectoplásmica, em sua constituição, pelo alto teor de energias que carrega consigo, outros elementos orgânicos das próprias células ou mesmo substâncias arrecadadas na Natureza, em especificas reações químicas, às expensas de equipes espirituais que participem do processo.
Chepelle, descobriu que o mecanismo de emissão de luz dos pirilampos (vagalumes) estaria ligado a uma enzima, a luciferase, quando oxidada pela luciferina. Neste mecanismo não haveria participação ativa do ATP celular? Não existiria, neste processo, uma correlação, pelas reações afins, de doação de energias embora em degrau bioquímico diverso, com a mecânica da ectoplasmia?
Na ectoplasmia a bioquímica seria mais avançada e onde deverá existir uma participação toda especial das camadas profundas do psiquismo do doador, sem que a vontade e o raciocínio da zona superficial ou consciente possam interferir. Isto não quer dizer que a zona do inconsciente ou espiritual do doador ou médium seja a responsável pelo processo ectoplásmico, mas uma zona orientadora dos mecanismos psicológicos e parapsicológicos. Só haverá ectoplasmia de um ser humano quando o campo inteligente do agente Psi-Theta, ou campo espiritual, comandar o processo. O inconsciente ou psiquismo de profundidade do médium dirige o seu próprio metabolismo e quimismo, mas, nunca a moldagem externa do objeto. A substância ectoplásmica, ao definir a morfologia humana, terá que sofrer a influência orientadora dos vórtices inteligentes do agente modelador que, de acordo com a necessidade e possibilidade, traduzirá o processo de modo parcial ou total, a fim de atingir a sua finalidade.
As variedades de ectoplasmia são inúmeras e com tonalidades especificas. Existem moldagens tão marcantes da parte do doador (médium), que o campo modelador não consegue efetivar com precisão as suas próprias características, mostrando semelhança com o corpo do médium; é como se o médium reforçasse o mecanismo com substância pré-moldada, isto é, o seu corpo astral (matéria orgânica especifica irradiante) fosse projetado na massa ectoplásmica em processamento. Isto tem criado muita celeuma quanto à validade do processo. Aqui não cabe a discussão do problema.
Além das variedades parciais ou totais, a ectoplasmia poderá ser opaca ou luminosa. Neste último caso, pela iluminação da forma em exposição, devido à queima do fósforo, será apreciado, com detalhes, pela nossa visão, a aparição. Sabemos que os processos da ectoplasmia, em sua maioria, necessitam da ausência de luz branca para a sua realização; esta como que desorganiza o processo, o que não acontece com a faixa luminosa do vermelho, até recomendado nas câmaras de ectoplasmia.
Concluindo: a ectoplasmia encontraria no ATP das células uma das substâncias especificas para as próprias moldagens. E, estas, só seriam possíveis com a presença do campo-organizador-orientador do agente Psi-Theta ou Campo Espiritual.
(ver Revista Presença Espirita, nov. de 1980)
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