É possível se conhecer
sexta-feira, 18 de março de 2016
Bondade Perversa
Estava realizando uma palestra espírita numa cidade do Rio de Janeiro que tem um agradável balneário.
Depois do encontro na Casa espírita, caminhei sozinho pela orla da linda cidade, onde várias pessoas possuem as chamadas "casas de praia". Sendo um fim de semana de muito calor, havia uma boa movimentação de pessoas de bermudas, sandálias e roupas de banho de mar. A brisa estava muito agradável. Eu me aproximei de uma barraca que vendia coco e solicitei um para mim. Estava me deliciando, quando ouvi alguém chamar meu nome. Virei-me e confesso que não reconheci aquele homem que tentava sorrir para mim. Ele mostrava uma expressão gentil, emoldurando seu sorriso na face muito pálida e os poucos cabelos grisalhos. Ele dava sinais inequívocos da depressão, de estar alí com muito cansaço. Percebi que ele ficou feliz em me ver. Eu correspondi,como sempre ocorre em situações como esta, mas estava mesmo sem saber de quem se tratava. Ele, muito manso, virou para uma senhora que estava ao seu lado e apresentou-me, com gentis palavras. Isto levou-me a compreender que se tratava de um antigo médium, espírita atuante em alguma das Casas Espíritas que eu tenha realizado palestra. Cumprimentei-a e disse aquelas palavras gentis que nós sempre dizemos quando nos encontramos, pela primeira vez, com uma pessoa. Ela, talvez por alguma razão que não pude apreender na hora, demonstrou claramente um caráter autoritário. Com um inexplicável mal humor, disse para o senhor, sem olhar para mim:
-Claro que eu sei quem é ele!Como não saber? É o Julio Cesar Roriz... o orador espírita.(disse isso com uma ponta de ironia e deboche).
O senhor adoecido,talvez querendo passar um pouco de suavidade àquela maneira pouco cortês como ela me cumprimentou, retrucou, sorrindo um sorriso sem graça:
- Fulana, ele é o amigo Julio Cesar, que eu falo tanto para você!
- Sim, eu sei! - retrucou ela mais sisuda -... claro que eu conheço esta cara! Quantos videos de palestras dele que você quis me mostrar!
E olhando para mim, disse secamente:
-Você me desculpe a franqueza, mas eu sou direta e muito honesta! Ralei muito para tirá-lo daquela Casa... ( citou o nome da Instituição Espírita) e, francamente, eu espero que sua presença aqui não venha incentivá-lo, de novo, a se arrastar para aquelas consecutivas e prejudiciais reuniões espíritas. Cá para nós, aquilo é coisa do diabo!
Só mesmo Deus, além de mim, pode saber como eu fiquei diante de tamanho ataque verbal, de tão baixa vibração. Não perdi o equilíbrio. Olhei nos olhos daquele senhor que, certamente, me conhecia de outras experiências mais agradáveis no âmbito do Espiritismo com Jesus e, estarrecido, percebi a sua quase-total submissão.
Talvez porque a mulher foi à barraquinha pagar uma prenda que comprara, ele colocou sua mão em concha e, como um escravo que denuncia seu infortúnio, rogou-me suplicante:
-"Ajude-me, por favor!"
Ainda sob o impacto do missel verbal enviado pela senhora mal humorada e ainda sem entender bem o que estava acontecendo, perguntei ao senhor, enquanto ela não chegava próxima:
-Você me pareceu ter se sentido muito feliz quando me viu e, pelo que esta senhora está dizendo, deve ter ocorrido, com você, algum problema muito sério, que eu não tenho ideia do que se trata...
Permaneci em silêncio, olhando firmemente para ela,vigiando sua volta, ao mesmo tempo em que aguardava alguma pista, uma palavra, algo que pudesse clarear melhor a minha mente quanto àquele inusitado pedido de socorro.
O senhor, sempre muito gentil e bastante enfraquecido,aproveitou que a senhora demorou um pouco para voltar, disse-me muito baixinho:
-Eu agora sou um refém dela... estou muito doente... ela já me internou um vez e lá os médicos me encheram de remédios psiquiátricos. Eu sou médium, trabalhei na Instituição Espírita tal... você se lembra? A Treva, um dia, conseguiu me pegar em casa e foi no transcorrer do assédio que ela aproveitou para trancar a porta e guardar a chave com ela. Depois, chegaram os grandalhões com camisa de força e daí em diante foi um inferno... Temos esta casa de praia e não tive outra alternativa senão vir morar aqui. Eu tive que prometer não ir mais à Casa Espírita, para me livrar das ameaças de internações. Toda vez que os obsessores desencarnados me abordavam eu me entupia dos remédios, ficava lesado e aguentava os assédios. Quando eu estava trabalhando na Casa Espírita eu era mais feliz e equilibrado! Ah, eu me sentia mais disposto e protegido, trabalhava na mesa mediúnica e auxiliava nos serviços assistenciais da Instituição. Ah, que saudade! Eu adorava aquilo tudo! Como me faz falta!
Enquanto eu pensava comigo mesmo onde estavam e o que fizeram por ele os antigos companheiros espíritas da Casa onde serviu com tanto empenho, ví que ele se emocionou, e, imediatamente, enxugou rapidamente as poucas lagrimas, pois a mulher já estava voltando. Ela disse para ele, de modo autoritário:
-Emocionando-se por que? Eu cuido de você para não entrar mais nestas crise. Então, pare de besteira! Vamos embora!... afinal de contas, você não tem mais nada a ver com aquela praga do espiritismo!
Ela o arrastou pela mão, ele ainda olhou para trás e trocou, comigo, um inesquecível olhar de despedida.
Nunca mais o vi, mas aquela cena jamais saiu de minha tela mental.
Poderia chamá-la de obsessão de encarnado para encarnado, bondade perversa...
A atitude dessa senhora pode ser classificadas como "bondade perversa" porque trata-se de uma pessoa com atitudes psicopatológica, do tipo que maltrata o outro, dizendo friamente que o faz pelo bem da vítima. A atitude dele, em contra partida, pode ser classificada como "covardia moral", ou seja, quando a pessoa, diante de uma ameaça muito grande, apequena-se, reduz-se à "criança interna" que, afogada no seu grande medo, teme contrariar a autoridade daquele que o destrói psicologicamente, sob um disfarce da proteção.
Quadros assim, tão repletos de preconceito e cheios de desequilíbrios psicológicos, para chegarem a este ponto, tiveram um começo,um desmazelo. Há nestes casos tristes, uma história de submissão e de obsessão espiritual de encarnado para encarnado. Qual será que foi o "ganho secundário" que impulsionou neste homem uma perda deste tamanho? E dramas semelhantes a esse acontecem todos os dias e podemos chamá-los de infortúnios ocultos:
Pais que surram filhos e dizem que fazem isto para educá-los.
Professores que massacram covardemente os alunos, estabelecendo clima de terror e perseguição acadêmica.
Irmãos mais velhos que submetem os mais novos a maus tratos e outras sevícias, ante o alheamento total dos pais.
Patrões que submetem os empregados a trabalhos muito acima de sua capacidade física ou intelectual de realização
Governos totalitários que estabelecem onipresença tirânica na vida dos habitantes das cidades sob guerras intermináveis, onde imigrantes submetem a todo tipo de vicissitude sob constantes ameaças de ações políticas e policiais que fazem o horror do clima de guerra sem quartel que vemos nos tele-jornais todos os dias...
As pessoas passam por essas experiências provacionais e quase sempre se enfraquecem mentalmente, com o desenvolvimento de fobias sociais, peloo receio do bullying etc.
Por que passam por isso?
Podem ser provas contingenciais propiciadas pela falta de cuidado da vítima e pela volúpia do agressor; pode ser também em decorrência de arrastos magnéticos, como os que ocorrem nas expiações coletivas e provas individuais, cujas raízes estão no passado delituoso, ora em resgate. Se, ainda por cima, possuem adversários desencarnados, tornam-se presas fáceis, pela ausência de defesas psíquicas que os protejam das investidas dos inimigos do passado.
O que podemos fazer?
A experiência demonstra que não se deve deixar que as coisas ruins se arrastem por anos e anos, agravando os quadros provacionais. Casos como esse que citei são quadros crônicos e, por isso, tornam-se menos fácil de serem tratados pela psicologia clássica e pela terapêutica medicamentosa da psiquiatria.
Obsessão espiritual, depressão e quadros de submissão aos psicopatológicos precisam de ação imediata para que sejam feitas ações protetoras daqueles que sofrem padecimentos morais e psicológico, espirituais e sociais.
Estas modalidades de psicopatologias e de obsessões de encarnados para encarnados chegam em nossas Instituições Espíritas?
Claro que sim! E aparecem nas narrativas dos aflitos e sobrecarregados que batem em nossas portas solicitando ajuda.
Entre estes desafortunados estão os imigrantes, as vítimas da ignorância dos internacionais políticos contemporâneos.
Temos recebido estrangeiros, imigrantes que não falam a língua portuguesa que narram seus dramas, despatriados e desabrigados.
Por isso, nós criamos no Centro Espírita Tarefeiros do Bem (Botafogo, Rio de Janeiro, RJ) um segmento doutrinário de atendimentos fraternos que denominamos de "Triagem Espiritual". Criamos também a atividade de Leitura e Comentário de O Livro dos Espíritos em inglês, francês e espanhol. Lá, várias pessoas são atendidas, principalmente aquelas que se encontram submetidas às obsessões espirituais, portadoras de sequelas sociais e familiares.
O tratamento é realizado em pequenos grupos e é muito simples, pois se trata de uma atividade espírita, com acolhimento que promovendo reflexões em torno de temas de sofrimento e saúde, à luz do espiritismo, passe e água fluidificada.
Após a entrevista inicial, os nomes dos atendidos são encaminhados à reunião mediúnica privativa. Os resultados têm sido satisfatórios e não se faz interferências quaisquer às medicações determinadas aos pacientes pelos seus psiquiatras.
É a nossa contribuição diante dos absurdos que temos observados no comportamento da sociedade, na atualidade.
E que Deus nos abençoe e que envolva a todos os espíritas conscientes quanto às suas possibilidades de ajudar, efetivamente, aqueles que padecem provações, quais a que aquele senhor desvelou aos meus olhos, na tarde daquele dia; aos imigrantes brasileiros e estrangeiros que estão no Brasil, carentes de um apoio espiritual.
E você, espírita amigo, o que está fazendo de sua parte para ajudar a sociedade humana nestes momentos de transição planetária?
Julio Cesar de Sá Roriz
www.tarefeirosdobem.org.br
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Há meio-espírita?
O tema é conhecido pela analogia que se faz sobre o copo de água que está com água pela metade.
Olho preferencialmente para a parte que falta (vazia)? ou a parte que está meio-cheia de água?
Isto ocorre também quando olhamos para os trabalhos doutrinários realizados no Movimento Espírita?
Quem não já viu alguém suspirar pela metade que falta, pois quer realização do ótimo?
E aquela reclamação de que tudo está funcionando mais ou menos?
Tudo isto é estímulo ao plus, ao que está mais além das nossas forças. Na vida cotidiana, acostumamo-nos a mobilizar as nossas energias para adquirirmos o que " todo mundo já tem, menos eu". E isto, na verdade, se tornou o principal motor da promovida e premeditada euforia de vendas da indústria tecnológico-eletrônica do momento.
No lar, pode ocorrer algo semelhante?
Sim, quando os filhos se tornam exigentes "patrões-de-pais-consumidores". Há avidez cega pelo ganho das novidades proporcionadas pela corrida tecnológica. O pai ou a mãe, os pais ou as mães (biológicos ou não), desses filhos-da-tecnologia-eletrônica deslocaram-se de suas condições de educadores de almas para serem meros provedores de distrações eletrônicas, sem-fim.
E, em meio à atual farra de novidades eletrônicas, os filhos-adultos-meio-criança de hoje, são alimentados pelos objetos-artefatos que ocupam o lugar da antiga mamadeira. O nome varia: pode ser o video-game 6G, computadores de última série com acessos ulltra-rápidos etc..
Tudo isto acontece em um cenário típico dos tempos atuais: dentro daquele bagunçado quarto-do-eterno-filhão/filhona, ele/a briga para empunhar a bandeira dos homoafetivos, ou do direito de ser heterossexual, ou bissexual, ou da liberação da maconha, da cocaína e do álcool para menores de idade.
Como são desacostumados a ouvir a palavra "não", desconhecem também qualquer limite. Nesta vibe, partem alegres em busca de novas experiências radicais, ainda muito Impregnados por aquela rebeldia preguiçosa que o burrifica, lentifica e atrapalha sua memória, exceto quando têm sob o pés inacreditavelmente ágeis a prancha de surf ou, ao alcance dos dedos, o "mundo digital". .A telinha ocupa totalmente os seus olhos, sempre muito vermelhos e focados nas superficialidades e nas bobagens alimentantes de suas continuadas ilusões sobre a existência..Os familiares a tudo acompanham impotentes e, acabam também se acostumando - e dão de ombro -, pois já não mais se incomodam com a sua esquisita aparência física ou a de seu quarto "quase-adultos", o reduto que o vê dormir de dia e ficar acordado de noite no eterno jogo eletrônico.
Quando alguém fica preso na atmosfera abissal "do quase" ou do "ainda não" existenciais, e permanece estacionário, apresenta-se ao mundo uma "ponta de iceberg" que revela parcialmente o estacionamento espiritual, o embotamento social e a frouxidão moral. A era digital e tecnológica, certamente não deve ser acusada de vilã: há livre-arbítrio, e a contemporânea arte digital contemporânea se apresenta aos seres humanos como um modo "plus" de serem realizadas as comunicações entre os homens da atualidade. As questões do "quase-que-não-vai-a-coisa alguma" que, hoje, estão afetando os jovens -principalmente-, pertencem a um modo existencial de se alimentar, incovenientemente a "criança interna" dos filhos, com um modo alienante de compensar as culpas dos pais, através de doações de compras de tecnologia de ponta, sob os auspícios do alheamento espiritual e moral. Tudo isto está demarcado no perigoso território da desoneração de responsabilidade para educar os filhos, naquilo que poderia ser chamado de lar, nessa confusa forma de não-educar da contemporaneidade(2).
Quem não tem celular que traz a tecnologia de ponta? Quem não possui em casa uma tela de ultima geração? Quem não porta o último carro daquela marca, cuja propaganda diz ser totalmente high tech? O certo é que a tecnologia está aí e veio para ficar. Não vamos demonizá-la. Ela é um meio, mas o problema está em transformá-la, rapidamente, em um fim nas vidas dos homens e mulheres contemporâneos.
Apesar disso tudo estar ocorrendo de modo vertiginoso, através de trilhões de informações que na "nuvem" ou nos equipamentos vão de um lado e de outro, uma grande parte dos existentes humanos da contemporaneidade sentem suas vidas vazias, destituídas de sentido. Em nosso consultório, no momento, estão chegando inúmeras pessoas para tratamento psicológico por estarem na existência em estado de descontentamento geral, depressão... sempre incomodadas com tudo e com todos. Na entrevista o que percebemos? Acreditaram que a vida é um jogo de video-game. Estabeleceram crença de que era verdade o que a chamada "midia high tech" prometeu. Entregaram-se à aos efeitos hipnóticos e rápidos da telinha, totalmente ao sabor da tecnologia cibernética de fazer acontecer "tudo" ao toque dos dedos... acreditam que tinham "200 amigos do Face", que poderiam preencher a alma, ao modo da ocupação.. Crianças que esqueceram de crescer, constataram - a duras penas - que a materialidade cibernética não preenche o vazio existencial, a solidão e a carência do homem contemporâneo. E entre os adultos, quase-homens e quase-mulheres, não estamos incluindo o que se comportam como meio-robôs, os violentos que vangloriam-se de ter conseguido espirrar "sangue" no quase-ringue" da pugilante tela do video-game de lutas de boxe, marciais etc.
O consumismo tecnológico manda, desmanda, controla e ocupa estas pessoas quase viventes no dia a dia. O cotidiano dos notívagos que eventualmente estão acordados de dia, aproveitam para ir ao shopping da distração, ao entretenimento eletrônico da lojas de brinquedos eletrônicos e aos prazeres do mundo colorido do skate... tudo isto para encher o tempo ocioso de uma vida incompleta.
Precisamos compreender o que podemos denominar de "completo"..
Ser incompleto é da condição humana: somos criaturas!
Isto pode parecer uma fraqueza?
Em muitos casos, acreditamos que sim, pois achamos que há, em nós, uma falta de capacidade ou de oportunidade.
Em outros casos, há quem conside que não conseguimos preencher até o máximo o nosso copo d'água existencial porque Deus não quer...
Somos Espíritos Imortais em viagem pelos mundos através do Tempo, depurando, evoluindo e crescendo no rumo da Perfeição. A Terra é uma habitação de Espíritos reencarnados que estão na faixa das "expiações e provas". Logo, a Terra passará para a nova fase (Regeneração) e isto trará uma significação especial para quem já se entendia um Espírito, encarnado na Terra.. Para estes a consciência de seus atos e a responsabilidade pelas suas escolhas marcam compromissos de consciência, onde a Lei de Deus está impressa. Assim, naturalmente, este tipo de pessoa consciente colabora com o Planeta e com a sua Humanidade, em sua evolução progressiva.
Criatura consciente sabe que não pode ser completa. Por mais que faça o bem ao seu alcance, por mais que evolua na escala espiritual, é sempre um Espírito em evolução, um Ser Imortal progredindo entre irmãos espirituais,filhos do mesmo Pai, o Criador Eterno: Deus.
Toda criatura, no ápice de sua evolução, pode até se constituir um auxiliar de Deus, ao nível de co-criação, como ocorreu ( e ocorre) com o nosso irmão maior Jesus Cristo(1).
O Espiritismo veio ao mundo para relembrar aos homens a essência do Evangelho de Jesus que pregaa amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Foi Allan Kardec quem resumiu tudo isto em suas obras. A Doutrina Espírita, a partir da atuação pedagógica do Mestre de Lyon, revelou a essência filosófica, religiosa e científica da doutrina Espírita e a expôs à opinião publica, através de meticulosa pesquisa dos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos que ocorreram nos EUA e Europa, no século XIX..
Os médiuns espíritas, até hoje, estão no Movimento Espírita como instrumentos da Revelação permanente que faz verter do Alto preciosos benefícios para a Humanidade, como se pode ver na produção mediúnica de Chico Xavier e Divaldo Franco. Estes gabaritados médiuns têm trazido mensagens significativas ao Planeta: aproveitem a reencarnação atual, pois ela é a última no regime de expiações e provas. Com este alerta sendo promulgado nos quatro cantos do Planeta, há que se resolver a situação dos que parecem estar meio-encarnados, esses homens e mulheres improdutivos que aos 30, 40 anos permanecem pendurados nos ombros cansados dos pais e avós. " Os tempos são chegados" e o levante para a nova experiência planetária já está muito próximo. Urge deixar de ser "vampiros sociais", trabalharem ativamente pelo auto-progresso e o progresso da sociedade na qual vivem, sentirem-se inteiramente encarnados, homens e mulheres inteiras...
Os trabalhadores e médiuns das Casas Espíritas atuais são os verdadeiros heróis que abrem mão de seus confortos para se constituírem voluntários servidores do bem que, e assim, resgatam suas dívidas, adquiridas em vidas passadas. Hoje, eles colaboram com o progresso da sociedade contemporânea exercendo a caridade cristã de socorrer aos aflitos e sobrecarregados ( os quase-homens e quase mulheres) que, todos os dias, chegam às Casas Espíritas..
Apesar do grande esforço da Espiritualidade Maior em implantar na Terra o Movimento Espírita orientado por Kardec, uma parte dos "quase" intentam poluir o nosso meio, agindo de modo invejoso, alheios ao bem e distraídos quanto a necessidade do estudo e do conhecimento espírita. Claro que eles são muito inteligentes e cheios de idéias novas.Não agem, mas possuem um arsenal de novas e brilhantes novidades. São os quase-espíritas? falam muito; fazem pouco. Começam e desistem antes mesmo do trabalho começar. Basta encontrarem um probleminha e pronto: vêem com o mi-mi-mi de sua ainda incurada "criança ferida". Felizmente, há entre nós outros de tipos de pessoas bem intencionadas e corretas, estudiosas da doutrina espírita que, graças a Deus, colocam sobre os próprios ombros as responsabilidades que lhes cabem e que seguem conosco na Casa Espírita divulgando o espiritismo vivo, no sincero propósito de impulsionar o Movimento Espírita para o alcance de suas metas. Estes estão ávidos de novos horizontes espirituais para a Terra.
Na Humanidade atual, percentualmente,há em vários países, a presença significativa de espíritas, todos ávidos de novos horizontes espirituais proporcionados pela ideia da reencarnação e da evolução espiritual. Há que se tomar muito cuidado, pois há aventureiros, egóicos e deslumbrados que querem aproveitar a "onda do espiritismo" para surfarem e obterem vantagens pessoais.São materialistas interesseiros e auto-promotores. São quase-espíritas?
Dentro deste cenário contemporâneo, não podemos nos esquecer que também há pessoas que se candidatam às atividades doutrinárias da Casa Espírita, mas são estranhamente distraídas do sentido que Allan Kardec ofereceu ao próprio Movimento Espírita. São distraídos, embora não sejam mal-itencionados. São os que poderíamos chamar de quase-médiuns?
Identificados com as coisas do mundo, apegados aos excessos mundanos e desprovidos da vontade de estudar o espiritismo, eles querem desenvolver a mediunidade, a qualquer custo. Eles querem trabalhar na área mediúnica da Insitutição espírita de qualquer modo, mas querem fazer a seu modo e tudo rápido, como um ato de mágica. Outros há que se deslumbram com a possibilidade de serem observados no "palco" das palestras doutrinárias, como se estivessem nas cátedras das faculdades. Utilizam-se do ensino espírita como instrumento de poder e o de ser médiuns para ocuparem o "trono" dos principais mandatários da Casa Espírita. Outros, sem ser médiuns ou expositores, só querem trabalhar na Casa Espírita se exercerem um cargo elevado. O poder de comando da Casa Espírita para eles é um campo de disputas políticas, mesmo que estas pugnas tragam problemas graves ao equilíbrio da comunidade espírita. Estes são os que querem transbordar o copo d'água? São os meio-insatisfeitos com a política mundana e que querem trazer para o ambiente espírita o ranço das disputas eleitoreiras, sob o disfarce de meio-democracia.
São meio-espíritas? A que vêm? Vejamos o que Emmanuel (Vinha de Luz , 78, Purifiquemo-nos) nos informa:
"Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus, nesse particular"
Vejamos um exemplo típico:
Um espírita iniciante diz: "Ah, gostaria tanto de ter uma mediunidade assim como a do Chico Xavier! Eu tenho uma mediunidadezinha deste tamanhinho... nunca vou conseguir chegar àquele máximo!".
Este neófito está olhando para o "copo" e para a "água", como um mero observador de fantásticos fenômenos mediúnicos . Ele se classifica pejorativamente e tenta colocar o médium Chico Xavier como produtor de novidades mediúnicas.
Como se fascinam pela intensidade e pelo brilho dos resultados proporcionados pela obra mediúnica do grande médium, certamente, se conhecesse, mais de perto esta pessoa humana chamada de Chico Xavier, saberia como ele encontrou forças para realizar o esforço hercúleo para ser o médium espírita cristão. Talvez pudesse avaliar um pouco melhor o querido apóstolo da mediunidade. Ele abriu mão, ao longo de toda a sua vida, de qualquer identificação com a materialidade, com o poder ou com a vaidade; abriu mão de muitas alegrias cotidianas; deixou de lado muitos sonhos juvenis, mas, em momento algum, abriu mão de dar o seu testemunho pessoal de coragem e de discernimento diante de desafios proporcionado pela ignorância e pela truculência de algozes tenebrosos que desejavam sua ruína moral.
Quantas noites insones Chico Xavier consumiu para atender milhares de pessoas obsidiadas? E isto é tudo? O que realmente pode medir a pessoa-médium Chico Xavier? Não é o volume de coisas conhecidas pelo público, ou a quantidade de obras espíritas psicografadas por ele. O seu valor está no amor incondicional que sente pelo próximo. Na experiência da caridade, ele desenvolveu no imo de sua alma cristã, uma disposição invejável para proporcionar aos sofredores consolação e cura. Ele foi o meio para qie a água viva do Amor de Deus vertesse da Misericórdia Divina. Chico era um conduto amorável, um continente, copo-doador de bênçãos, numa dimensão de entrega ainda incompreensível para a nossa parca ciência e para a nossa mera filosofia.
Podemos com isso deusificar Chico Xavier? A questão 625 de O Livro dos Espíritos é clara: "Jesus é o modelo da Humanidade". Chico não é o "copo cheio"... é, sem sombra de dúvida, criatura evoluída, ser humano que ama, um dos espíritas mais evoluídos que se teve notícia na contemporaneidade. O apóstolo da mediunidade com Jesus!
Amigo tarefeiro do bem da Casa Espírita: você que é um servidor voluntário da Casa Espírita: ao olhar o serviço do bem que está a seu encargo realizar, olhe para você mesmo. Pergunte a si mesmo:
-Estou meio-espírita? O que sou na minha relação existencial contemporânea, enquanto espírita no mundo? Tenho sido fluxo do amor divino que verte do Alto? Tenho rugosidades internas a tratar e que obstruem aquele fluxo divino?
As nossas Imperfeições são as rugosidades que contaminam o fluxo divino..
O Espiritismo veio ao mundo para nos ajudar a "desentupir": deixar o fluxo divino fluir por nós, em benefício da Humanidade.
Já podemos limpar estes verdadeiros "trombos" que obstruem a possibilidade de sermos plenos na função de fluxo do bem, na Casa Espírita?
Enquanto nos esforçamos para eliminar tais imperfeições, continuemos nosso exercício, na continuada transformação moral (ver Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4).
Pensando assim, onde a questão do copo meio-cheio ou meio-vazio?
Cá para nós: pode haver meio-espírita?
Ser espírita só faz sentido se ele for integralmente um fluxo?
Estamos no Movimento Espírito em capacitação permanente do verbo " fluxar". Pessoas do bem, assemelham-se às arvores frutíferas. Como tal estamos sendo convidados a auxiliar o mundo contemporâneo como colaboradores vivos, seja através da fotossíntese, seja através das flores ou dos frutos.
Reparem a arvore frutífera: quanto mais a fruta aparece - e é colhida as vezes com pedradas-, mais a boa árvore se dispõe a servir o mundo dos famintos, oferecendo mais frutos.
Vejamos a metáfora do giz: um giz só é giz quando gasta-se no quadro-negro à serviço do conhecimento. Se ele for colocado, indefinidamente na prateleira, não poderá ser considerado um giz. Giz é o que gasta sa vida à serviço da cultura e da erudição. Há meio-giz? Por menor que seja o giz, giz em ação é sempre giz porque serve, dando de si ao conhecimento..
Vejamos agora a comparação com o cano: cano só é cano quando a água (que vem do reservatório superior) flui através dele, até chegar à torneira para que alguém dessedente sua sede. Por menor que seja o encanamento, o cano de fluxo d'água nunca é meio-cano. A água verte através dele e vai ao encontro do que tem sede? Então, ele é um cano !...
Trabalhador espírita da Casa Espírita: você um simples cano d'água! Então que seja sua existência esse fluxo do amor de Deus, no atendimento a tantos que chegam sofridos na Casa.
Trabalhador do bem da Casa Espírita, não acredite nos que dizem que você curou alguém com as suas mãos, no passe espírita. Lembre-se sempre que você foi, e será sempre um bendito fluxo do bem, enquanto se dispuser a intermediar serenamente, ou seja, sem ira(3) o pensamento e o fluido benéfico emanados da Espiritualidade Maior, a benefício do povo.
Pelo fato do trabalhador espírita ser meio, não há nisso insignificância. É uma hora ser tarefeiro do bem na seara espírita na contemporaneidade.
O seu serviço do bem não precisa de medidas de cheio ou de meio-cheio. Isto são processos de medidas egóicas de pessoas pretensiosos, aqueles que acham que possuem a capacidade de "dar o que têm". Quanto a isso, aliás, Emmanuel nos ensinou-nos que o certo é pensar que "temos o que damos" (ver Fonte Viva, , 117, "possuímos o que damos") e não concordar com a ideia pretensiosa de que "damos o que temos".
Então, espírita amigo, trabalhador da Casa Espírita, pergunte-se:
-"O que dou" de modo desinteressado?
A resposta é o fluxo que você tem a felicidade de fazer acontecer.
Viu, você não é meio-espírita!
(1) A Caminho da Luz, Emmanuel, FCXavier, Cap I, A Gênese planetária,
A COMUNIDADE DOS ESPÍRITOS PUROS.
"Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos".
(2) Caminho Verdade e Vida Emmanuel, 12 Educação no Lar "Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos
ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua
missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem
ameaçadora. A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.
Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência": Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 8, versículo 38.)
(3)Caminho Verdade e Vida Emmanuel 77 convém refletir
"Tenhamos em mente que todo homem nasce para exercer uma função definida. Ouvindo sempre, pode estar certo de que atingirá serenamente os fins a que se destina, mas, falando, é possível que abandone o esforço ao meio, e,
irando-se, provavelmente não realizará coisa alguma"
Juio Cesar de Sá Roriz
jcesaroriz@gmail.com
sábado, 23 de janeiro de 2016
Sinais da transição planetária?
A jovem me diz que está muito indignada com o que ocorreu com ela numa cidade de Goiás.
Conta-me que estava numa determinada festa com mais duas amigas, num popular Pub de um bairro movimentado da cidade, quando um rapaz se aproximou e desejou conversar com ela. Ela o convidou para sentar à mesa e, depois de um tempo de conversa, ela e as outras amigas manifestaram o desejo de ir ao sanitário.
Então, aconteceu o inusitado: o rapaz tirou um carimbo automático de seu bolso e carimbou o braço da jovem . Gravou na pele o nome e telefone do rapaz no braço da moça.
Diante do seus veementes protestos, ele respondeu que ali, naquele local, as garotas que "estão" com um cara ficam carimbadas, para que nenhum outro cara se aproxime.
Você me contou que foi até o banheiro e lavou, lavou, lavou o braço. Como a tinta não saiu, por fim, foi embora muito chateada com a atitude invasiva do rapaz.
Você tem razão em estar muito chateada com este gesto esquisito do rapaz. Você deve ter se sentido uma mercadoria, algo que o dono põe a marca e depois coloca na prateleira do supermercado. Você precisará mesmo de um tempo para esquecer isto e seguir adiante, não é mesmo?!
A atitude do rapaz está dentro de um paradigma, cujo início se perde na noite dos tempos.
Este episódio insólito - um número gravado na pele de uma pessoa - me faz lembrar de coisas muito desagradáveis, tais como: gado marcado à ferro quente e judeus marcados com números pelos nazistas etc.
Na fonte internet abaixo , há uma notícia referente a alguns jovens judeus que, voluntariamente, marcaram seus braços com certos números (os que foram marcados por nazistas em seus descendentes durante a segunda guerra mundial). Eles informam que agem assim para que a sociedade contemporânea não se esqueça dos absurdos praticados pelos nazistas contra os judeus.
O negócio de carimbos não se restringe, portanto, ao uso em papéis, pois há fábricas de carimbo e de tintas coloridas para a pele que são vendidas através da internet: nos anúncios dizem que há garantia de que a tinta para pele é a base de álcool e, por isso, não agride a saúde com irritação na pele.
Outro dia eu vi um anúncio que confirma isso. Dizia: a tinta do carimbo é invisível aos olhos e serve também para identificar objetos pessoais. Basta passar a lanterna UV (ultra violeta) sobre a área impressa para que ela apareça. Garantem que pode ser lavada quando for aplicada na pele humana.
Há registros dos relatos de mulheres de presos que passam por constrangimentos semelhantes nas visitas aos presos: uma esposa de um dos detentos descreveu que lá dentro há uma fila, depois, elas entram e passam a comida que levam através de uma maquina de raio-x. Então, aproxima-se outro funcionário para pedir o RG da senhora visitante e só então ele carimba no braço dela um numero que evidencia a senha permitindo o encontro com o parceiro preso.
Os sobreviventes do holocausto, aqueles que sofreram nos campos de concentração nazista e que continuam vivos, mostram o número gravado na pele. Eram assim que eles eram identificados:
Bessie Mittelman (82) mostra o número tatuado no peito de seu marido Manny Mittelman (88) . Ele é um dos poucos sobreviventes de Auschwitz com o número de identificação de prisioneiro tatuado pelo método grotesco de carimbos de ferro na brasa. Em 1941 foi substituído por outro método de tatuagem: os prisioneiros passaram a ser tatuados no braço.
Depois desta pequena amostragem, como entender a cabeça daquele rapaz carimbador? Será que ele achou esse método eficaz para suas investidas amorosas?
Ele não tem a mínima condição de ouvir ou ler qualquer coisa mais interessante, mas para você, amiga espírita, quero dizer algumas palavras:
Com muita razão, você manifestou sua estranheza e eu creio, firmemente, que uma pessoa consciente não se sentiria bem estando em seu lugar. Digo isto para você que é espírita, pessoa lúcida, mas não posso ter a mesma certeza se todas as garotas são assim como você.
Por mais incrível que você possa achar, há quem considere a atitude do rapaz carimbador nada demais e até ache engraçado este gesto insano.Há moças que procuram ser carimbadas desde que o cara seja bonito. Isto funciona, para essas, como uma espécie de identificação, uma espécie de "senha" que "diz" a todos: "olha aqui, pessoal... não estou sozinha! Eu tenho um dono... é um gato!".
Felizmente há pessoas como você que, com razão, desenvolvem um estranhamento em relação a estas práticas bisonhas.
É necessário sair da timidez, da covardia moral e agir, denunciar, aquilo que for do seu direito.
Tudo isso - e mais outras coisas menos publicáveis - faz parte de um conjunto de coisas que, infelizmente, são consideradas familiares para os que praticam a chamada liberdade sem responsabilidade.
Imagine você... como ficaria sua cara, se levasse isso ao conhecimento do delegado ? Já teria em seu braço a prova do crime: o nome e o número do telefone do agressor. Você também poderia passar por outra decepção, caso o delegado lhe dissesse: "ah, isto é zoação da rapaziada... não liga para isso não! Isso é moda... minha filha vive carimbada!".
Há algo muito sério por trás desse tipo de atitude e que vale a pena analisarmos aqui.
Por que os nazistas optaram por marcar os judeus com números em brasa em suas peles? A soldadesca alemã estava enojada, acabrunhada com o morticínio sucessivo de judeus, queimados vivos em fornos crematórios. Os oficiais nazistas fizeram campanhas e mais campanhas que foram verdadeiras lavagens cerebrais, onde afirmavam que judeus não eram pessoas, seres humanos, homens ou mulheres normais. Igualaram os velhos, os adultos, os jovens e as crianças a bois e vacas, animais irracionais. Tiraram dos olhos dos soldados alemãs a identidade pessoal (nome e sobrenome) do judeu a ser sacrificado ou marcado. Foi assim, ao serem numerados, que os oficiais alemãs tentaram desconstituír a cidadania do povo judeu alemão. Passaram a ser tratados, pelos nazistas,como manadas de animais ou um monte de coisas numeradas.
Por outro lado, há um âmbito do consumo, verdadeira sofreguidão do markting para vendas de seus produtos.Neste caso, as pessoas são objetos de estudo para conseguirem lhes injetar "guela abaixo" os produtos mais obsolescentes e supérfluos.
Há também o modo "coisificado", modo desumano como os Governos capitalistas selvagens tratam as pessoas. O chamado PIB (produto interno bruto), tão valorizado pelas políticas econômicas dos Governos, inclui em um mesmo patamar de importância as coisas (objetos, terras, propriedades etc), dinheiros (moedas, ouro, títulos etc) e as pessoas (pagadores de impostos, os empresários, os profissionais, os produtivos e os consumidores). Neste caso, crianças, velhos, pobres e doentes estão fora da linha de produção no mercado produtor e, portanto, excluídos como cidadãos.
No campo sexual, há a expressão: "mulher objeto; homem objeto", onde pessoas são utilizadas e descartadas, do mesmo modo como se troca uma roupa.
Isto e mais outras coisas, que ocorrem de modo mais dramático nos bastidores das relações humanas, são sinais dos tempos? Estamos vivendo a "transição planetária"?
O planeta está saindo da fase de expiações e provas e entrando na Regeneração. A Treva também está vindo em peso, está se despedindo do Planeta e também vive a sua última oportunidade de se regenerar na Terra.
Peço que você leia os três livros que abordam a Transição Planetária, conforme o Espírito Manoel Philomeno de Miranda informa através da psicografia segura de Divaldo Franco, Editora Leal.
Além disso, peço a amiga para se familiarizar com os dados numéricos referentes as datas desta virada histórica, oferecidas para nossa análise pelo seguro conferencista espírita Juiz Dr. Haroldo Dutra, de Belo Horizonte.
Em suma, minha amiga, nós estamos vivenciando esta reencarnação como sendo a última, na fase de expiações e provas.
Depois que a nossa geração desencarnar, encontraremos no Plano Espiritual um rigoroso processo reencarnatório que irá peneirar a volta dos Espíritos ao Planeta.
A nova fase que está aí "batendo na porta", a Regeneração, traz exigentes critérios vibratórios para os "aprovados ao retorno", segundo a condição etérea de seus perispíritos.
Assim como os fomentadores das guerras, dos atentados, os que se locupletam com a indústria da fome e da sede, os criminosos, suicidas, promotores da pornografia, da viciação e da libertinagem, os donos da mídia e do jogo que promovem produtos nocivos à população etc... já estão, progressivamente, sendo banidos do planeta, outros Espíritos Superiores estão chegando ao nosso convívio, ofertado-nos surpresas como a reencarnação de Emmanuel e de Joanna de Angelis, e de Espíritos superiores que estão surgindo a todo instante como crianças-prodígios e que já estão nas universidades lecionando matemática superior etc.
Nesta transição planetária é necessário desenvolver o estranhamento e não deixar que o arrastamento das más paixões nos leva aos atalhos perigosos do desequilíbrio espiritual.
É preciso e necessário buscar o autoconhecimento e aferir consigo mesmo o que tem feito de sua vida na Terra.
Certamente, ninguém reencarna para matar, suicidar-se, machucar afetivamente as pessoas, roubar e tirar a paz do planeta. Se há quem goste de viver assim, não terá vez para esses no Mundo de Regeneração.
A questão 132 de O Livro dos Espíritos é clara quando informa que o Espírito se utiliza de um corpo para passar por sua provas e suas expiações para evoluir. E também para fazer sua parte no contexto geral do Planeta.
É aí, minha amiga espírita, que eu pergunto a você:
além de reclamar, o que mais você fez para que isto que você sofreu possa ser banido do seu bairro ou de sua cidade? Quantas mulheres afetadas pela violência de homens cruéis poderiam denunciar as hostilidades com o objetivo de coibi-las!
Responda-me: Você foi à rádio FM de sua cidade e procurou denunciar a prática estranha desse rapaz?
Escreveu para o jornal de maior circulação na sua cidade promovendo debate sobre o assunto?
Se você ficar só reclamando fechada em seu quarto, certamente o rapaz continuará carimbando as mulheres nos Pubs da Cidade.
Lembre-se que na Gênese de Allan kardec, cap III, há uma frase que pode sintetizar tudo:
"Não existe o mal... o que existe é a ausência do bem... que é um mal".
Julio Cesar de Sá Roriz
jcesaroriz@gmail.com
Notas:
1-Cerca de 4 mil sobreviventes do Holocausto têm até em seu braço esquerdo os números com os quais os nazistas os marcaram como animais. Para que a abominação não seja esquecida quando desaparecer, alguns de seus descendentes se tatuam hoje com o mesmo número em sua própria pele.
2-fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/jovens-herdam-os-numeros-que-marcaram-os-judeus-no-holocausto,2a1806fa2945b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
3-http://www.carimbos.net/carimbos/carimbos-invisiveis.php
4-https://lucianoadv.wordpress.com/2012/01/24/informacoes-sobre-procedimento-em-visita-no-cdp-de-osasco-com-descricao-detalhada-dos-procedimentos/
5-http://www.mundodastatuagens.com.br/blog/2014/04/auschwi
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Isto aqui é uma Casa Espírita do Bem
(discurso do fundador em solenidade de fim de ano no Centro Espírita - dezembro de 2015)
"...quando nós conseguimos introjetar o Cristo em nosso coração, a vida muda de significado, nós mudamos de trajetória e surge (…) em nosso mundo interior uma emoção completamente nova em que a criatura humana, agora, se identifica com o Criador e pode manter o intercâmbio de Pai a filho e de filho a Pai"..."A nossa jornada na Terra é uma experiência de libertação. Não mais tergiversemos, não nos permitamos mais tombar nos desfiladeiros da agonia pela presunção, pelo egotismo"... "É ampla a estrada do amor, embora a porta redentora seja estreita. Entremos por ela, atentando para encontrarmos na casa do Pai o lugar de misericórdia que nos está reservado. Servir é a honra que nos cabe. Amai é a oportunidade de autorredenção e confiai infinitamente no amor do Amado em nome do Pai celestial para que as Suas bênçãos penetrem-nos a alma e libertem-nos das aflições. Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, são os votos do humilde servidor paternal em nome dos amigos espirituais deste templo para todos vós.
Muita paz".
Bezerra.
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco, no final da conferência realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 27 de agosto de 2015).
Saudação inicial aos amigos espíritas presentes.
Saúde e paz para todos.
Estamos aqui juntos e bem perto dos trabalhadores e dos frequentadores mais assíduos de nosso querido Centro Espírita, neste abençoado encontro fraterno de fim de ano.
Este encontro é chamado - com toda justiça - de fraterno porque é sempre uma bênção estarmos trabalhando em um Centro Espírita sério. Sério, pelo trabalho do bem desenvolvido em ambiente espírita e, graças a Deus, não o temos como um clube de recreação. Digo isto porque, infelizmente, alguns assim entendem a atividade espírita, a despeito os alertas significativos do espírito Dr. Bezerra de Menezes em Dramas da Obsessão (0).
Aqui é um local sagrado, onde se faz o bem de manhã, de tarde e de noite, todos os dias da semana, todos os anos. Nas madrugadas desses dias, a Espiritualidade Maior exerce ações de caridade mediúnica, transformando os espaços físicos de nossa querida Casa Espírita em hospital espiritual de socorro, em cujo "CTI", os Espíritos desencarnados atormentados são atendidos em grande sofrimento moral, principalmente, depois dos dolorosos trâmites decorrentes da morte do corpo biológico.
Por essas razões, sempre exigimos respeito no trato das emoções, das palavras e dos pensamento quando estamos dentro deste recinto sagrado.
Nós, espíritas atuantes, estamos tendo a possibilidade de realizar, entre os encarnados mais problemáticos, um projeto de atendimento fraterno constante. Para isso, utilizamo-nos das luzes benditas do conhecimento e da terapêutica espírita, conforme as Obras Básicas de Allan Kardec, além das respeitáveis obras subsidiárias.
Semanalmente, as atividades doutrinárias aqui acontecem e, todas, são realizadas a benefício dos filhos de Deus encarnados que nos procuram, aflitos e sobrecarregados. São coordenadas por equipes de espíritas capacitados, constantemente, pois temos uma Coordenação Geral de Capacitação, exclusivamente voltada para isso. Temos também uma outra Coordenação Geral (de Doutrina) que tem como finalidade incentivar o aprofundamento dos conhecimentos doutrinários dos trabalhadores da Casa, mediante estudos sistematizados do Espiritismo.
É assim que levamos muito a sério tudo o que fazemos:
o estudo doutrinário das Obras Básicas de Allan Kardec,
o cuidado na abordagem espírita junto aos jovens e crianças,
os círculos de discussão com os pais espíritas,
as salas de conversa e os atendimentos de emergência das triagens espirituais,
o passe espírita de amor ao próximo,
o jeito bom de atender do recepcionista que abre a porta do prédio,
o modo cortês como os administradores da Casa lidam com os cooperadores internos e externos,
como os tarefeiros se apropriam das páginas preparatórias exaradas das obras mediúnicas dos médiuns Divaldo Franco e Chico Xavier (Joanna de Angelis, Emmanuel e Andre Luiz) nas reuniões públicas da Casa,
o cuidado dos expositores de doutrina que desenvolvem estudos doutrinários para o público,
o atendedor fraterno que, ao modo individual ou coletivo, coloca os ouvidos e a atenção na fala dos que chegam aflitos e sobrecarregados, o cuidado dos médiuns esclarecedores no diálogo com os espíritos sofredores nas mesas mediúnicas etc.
Claro está que, dizendo isso, não queremos afirmar que precisaremos adquirir um aspecto lúgubre(1), simplesmente para sermos consideradas pessoas sérias.
Estamos todos muito felizes porque somos espíritas em confraternização e porque estamos convivendo em trabalho profícuo numa Casa Espírita séria.
Então, nós saudamos os presentes e, ao mesmo tempo, solicitamos que digam, bem alto, em coro de uma só voz, a essência do que sentimos quando entramos em nossa Casa Espírita: vamos presentificar em nossa voz, o que sempre vivenciamos, no coração, todos os dias.
Vamos, trabalhadores e frequentadores do nosso Centro Espírita: digamos em coro:
"Isto aqui é um Centro Espírita do bem!"
_____&&&_____
Sentiram como foi bom dizer isto, assim em uníssono, em alto e bom som? Não é necessário praticarmos na voz, assim tão alto, todos os dias, no entanto, de vez em quando, será muito saudável falarmos para nós mesmos, do bem-estar espiritual que sentimos.
Faz-nos bem deixar ressoar em nossos próprios ouvidos, o que dizemos com a nossa própria boca..
A frase "isto aqui é um Centro Espírita do bem", em si, pode até parecer um pleonasmo, uma verdade-redundante. Sabemos, porém, que as palavras "Casa Espírita" e "Bem" são processos de conquistas, palmo a palmo, pouco a pouco.
O Bem se instala com muito esforço e perseverança e não carece de disfarces. O Bem é resultado educacional, no Tempo: não cai do céu. Aparência de Bem não traz qualquer ganho relacional; ao contrário, aparências de que está tudo bem, enganam os sentidos dos incautos.
A Espiritualidade Maior está atenta e a tudo vê. Sabem que, em alguns casos, apesar das pessoas se aturarem no âmbito social, a realidade vibratória é bem outra.
Por esta razão, a paz entre nós se faz mediante autêntico esforço para conseguirmos conviver com as nossas diferenças. É também uma busca constante pela autoanálise, com esforço de aproximação entre os irmãos, nos âmbitos social e espiritual, mantendo um nível suportável de equilíbrio vibratório.
Somente deste modo serão fechados os espaços psíquicos na mente dos trabalhadores, caso contrário, estarão abertos às obsessões espirituais que, em muitos casos, são continuidade doentia da chamada "bondade perversa" (quando sistematicamente vigiamos e punimos o outro em nome da disciplina e da ordem).
Engana-se quem acha que harmonia nos serviços do bem da Casa Espírita é proporcionada tão-somente pelos Amigos Espirituais: somos nós que damos a eles as condições mínimas para que eles possam trabalhar as defesas fluídicas da Casa Espírita. O material vibratório ( fluídico) é recolhido na ambiência que nós criamos e preferimos estar, no dia-a-dia da Instituição Espírita em que trabalhamos.
Vale aqui fazermos duas perguntas:
que teor vibratório é evidenciado por nossas atitudes mentais, na relação uns com os outros?
a Espiritualidade Maior precisa de muito esforço para fazer daqui um Posto de Socorro Espiritual?
A resposta verdadeira destas questões vai depender, diretamente, da verdade relacional que imprimimos em nosso modo de realizar o entendimento fraternal entre nós.
A perseverança no bem, portanto, é coisa nossa... e é, ao mesmo tempo, ação que decorre de foro íntimo! Ninguém pode fazer isso por nós; nenhuma treva tem o poder de destruir a criação autêntica da harmonia respeitosa, a perseverança no bem existentes entre trabalhadores da Casa Espírita.
Meditem agora: nós vamos deixar que a Treva faça isso conosco e com nossa querida Casa Espírita?
Ah, não! - disseram todos. Muito bem! Então, trata-se simplesmente de:
fazermos da nossa relação, de fato, uma relação fraternal,
aguentarmos as nossas diferenças individuais,
aceitarmos que o outro é diferente de nós,
procurarmos nos melhorar, ao invés de tentarmos mudar os outros.
É por isso, por causa desse esforço das Coordenações que lideram a Casa que os nossos empreendimentos doutrinários estão tão lindos e tão autênticos!
Então, fiquemos jubilosos! Porque fazer acontecer isto, todo dia, em nossa Casa Espírita é algo extraordinário! Nós cuidamos de tanta gente necessitada, com tanto zelo e carinho, com conhecimento e amor. Apropriemo-nos de nossas virtudes, sem jactância.
Ah, sentiram a seriedade do tema?!... viram como o Bem é algo que pode ser indestrutível?
Amigos de tarefa espírita:
Mantenhamos, então os nossos melhores esforços para empreender todo o bem possível entre nós, a benefício da divulgação do próprio Espiritismo junto ao povo.
As palavras fraternidade, irmão, espírita, filho de Deus, amor ao próximo etc, não se constituem somente em frases bonitas.
Estamos todos no propósito de mergulhar na Doutrina Espírita e internalizá-la em nós mesmos.
Nós sabemos, muito bem, que todo o bem espiritual pode ser apreendido através do ensino consciente.
Para que isto se constitua numa verdade relacional, precisaremos provar através de um longo e contínuo processo de ações coerentes com o aprendizado.
É exatamente assim que poderemos ser verdadeiros espíritas: atuando sobre as nossas más tendências e melhorando-nos moralmente, passo a passo, conforme Evangelho Segundo Espiritismo, cap XVII, item 4.
Respondam agora: por que precisamos tanto de investimento do Evangelho de Jesus em nós que já somos trabalhadores ativos da Casa Espírita?
Poderíamos, nesta tarefa nos entregar, tão-só, ao processo pedagógico e nos dedicarmos exclusivamente ao ensino do espiritismo para o povo... se assim agíssemos qual seria o nosso aprendizado? Podemos trabalhar na tarefa doutrinária na Casa espírita porque:
Somos espíritas,e ao mesmo tempo somos, todos, aprendizes de Espiritismo.
Com Pestalozzi e Kardec aprendemos-fazendo (savoir-faire).
Estamos na condição de mestres-alunos.
Ninguém aqui se arvora a ser mestre ou o maioral em termos de Doutrina Espírita.
Este espaço de trabalho não é uma organização com cor política, um campo de meras práticas psicossociais, não é um tratado campo de discussão acadêmica de psicologia e muito menos um manual médico-manicomial.
No fundo, cada um de nós - cada qual ao seu modo -, está ensaiando os primeiros passos de como "ser no mundo, sem ser do mundo".
A isto chamamos de desapego. E esta postura no mundo é tão séria que já se tornou uma das razões fundamentais de nossa atual reencarnação: buscar progresso espiritual na Terra, em aperfeiçoamento contínuo, seja nas relações entre os entes queridos, familiares, como entre os trabalhadores da Casa Espírita.
Então, neste encontro festivo e alegre, vamos prolongar e visibilizar aqui o propósito que já temos conquistado, pouco a pouco: a bendita fraternidade!
Vamos brindar o bem-estar de estarmos todos aqui, juntos e em harmonia.
Não nos esqueçamos que, para o frequentador, nós somos a Doutrina Espírita vívida. As pessoas que nos ouvem as pregações referentes ao bem, observam-nos atentamente. Como será que está sendo vista a nossa conduta? Esta é uma boa matriz que poderá convencer a todos que, de fato, o Espiritismo é a Terceira Revelação da Lei de Deus.
Neste diapasão consciencial, vamos, então, nos aproximar mais aproveitando fraternalmente este evento festivo.
Procuremos, agora, desvelar as três possibilidades de perene consagração dessa nossa linda amizade. Estas três possibilidades são verdadeiras promessas de um porvir de muito boa colheita em nossa Casa Espírita:
1. reafirmarmos o valor das antigas afeições, entre amigos, parentes e companheiros de ideal espírita;
2. resignificarmos nossas ideias sobre as pessoas que, diante das dificuldades psicológico-espirituais, ao longo do tempo, experimentaram conosco a recuperação na revivência salutar, no aprendizado e no ensino da Doutrina.
3. reconciliação franca e aberta com os amigos de ideal espírita, com os quais, neste ano, não conseguimos uma melhor aproximação, por causa das nossas diferenças individuais.
1. REAFIRMARMOS o valor das antigas afeições.
Somos espíritas atuantes, trabalhadores da Casa Espírita, frequentadores presentes. Nós, como todos os que estão encarnados na Terra, firmamos uma escolha de gênero de provas, antes da atual encarnação (2). Antes de tudo, esse compromisso foi assumido por nós. Então, ele se tornou o nosso propósito, diante da Lei de Deus impressa em nossa consciência.
A Espiritualidade Maior nos lembra, constantemente, da promessa que fizemos. Ela é a grande promotora educacional da realização concreta das possibilidades fecundas de realização evolutiva de inúmeros espíritas.
Por sermos atuantes no Movimento Espírita, os Amigos Espirituais nos agenciam e nos protegem, preservando o fecundo espaço de trabalho do bem.
Claro está que nem todos os que estão conosco, hoje, na tarefa espírita se comprometeram, antes de reencarnar, a ajudar na divulgação do Espiritismo no Brasil. Se, no entanto, estão conosco neste envolvimento doutrinário que, afinal, assumam, de vez, a vocação de servir e de cuidar, não só em relação aos outros, como também a si mesmos, na atuação direta do campo doutrinário.
Lembremo-nos que trabalhar na Casa Espírita é, radicalmente, diferente de exercitarmos ações profissionais, no âmbito do Comércio e na Indústria, do Banco ou do Laboratório, da prática comum do ganha-pão. Nos ambientes profissionais, geralmente, quem ganha poder tem mais esperteza política e quem possui dinheiro ganha atenção especial, notoriedade e fama.
No trabalho da Casa Espírita todos, sem exceção, estão sob a ágide que Kardec desenhou em Obras Póstumas (capítulo "as aristocracias"): aristocracia da inteligência-moralizada.
Todos os trabalhadores da Casa Espírita séria são voluntários e trabalham, portanto, de boa-vontade, sem remuneração financeira ou ganho pessoal de qualquer aspecto material ou político.
Há, porém, neste aspecto, algumas sutilezas a comentar:
Alguns dos que trabalham no Movimento Espírita, embora não pleiteiem para si mesmos retornos financeiros ou materiais pelos bons investimentos de tempo "gastos" nos serviços da Casa Espírita , anseiam, subjetivamente, conquistar o poder de mando ou o reconhecimento de sua pseudo-supremacia sobre os outros ou as glórias egóicas para si, coisas estas tão comuns nas disputas políticas do Mundo Corporativo e Organizacional, dos Governos e dos Partidos Políticos.
Há alguns trabalhadores iniciantes que agem na Casa espírita como se estivessem em outras práticas religiosas, filosóficas ou científicas. Gostam de mitificar pessoas, idolatrar médiuns, oradores e escritores, querem estabelecer práticas estranhas, pois elas foram vistas em outras organizações em que foram beneficiados pela fenomenologia mediúnica. Vejamos o exemplo referente ao modo de aplicação do passe: querem importar práticas ou invencionices, seja porque acreditaram num líder excêntrico que fugiu do padrão estabelecido pelo movimento de unificação dos espíritas e fomentou criações transcendentais exóticas e místicas para a aplicação do passe.
Há quem trabalhe na Casa Espírita e, embora não conheça o pensamento kardequiano, sutilmente, tenta insinuar que a Obra da Codificaçãodo Espiritismo está ultrapassado.Se o tarefeiro está aqui,trabalhando numa Casa Espírita, é porque, aceita o espiritismo e, no mínimo, optou estar trabalhando conosco pelo Espiritismo, de acordo com a prática vigente no Movimento Espírita. Certamente, ele precisa ser Espírita e aceitar os pontos básicos da Doutrina Espírita, tendo Kardec como eixo de sua conduta doutrinária. Além disso, precisa ser menos orgulhoso e menos pretensioso, e estar se esforçando mais para melhorar-se sempre, trabalhando no bem.
Nós todos, espíritas atuantes, realizamos o melhor ao nosso alcance, mas não somos missionários de coisa alguma.
Nós estamos ressarcindo nossas dívidas pretéritas. Ao mesmo tempo, estamos aprimorando as nossas virtudes conforme a questão 893, O Livro dos Espíritos.
Em nosso Movimento há trabalhadores que são Espíritos treinados no Espaço e que incoerentemente, fracassam exercendo suas funções de modo parcial,conforme Andre Luiz assinala no livro Os Mensageiros. São Espíritos endividados com a própria consciência os que participaram das capacitações fenomenológico-mediúnicas no Centro dos Mensageiros do Espaço. Antes de reencarnarem para o exercício do bem no Movimento Espírita brasileiro, foram muito bem preprados para a função no campo da caridade mediúnica. Por que a estatística de resultados nesse investimento foi tão ruim?
Olhemos, agora, para nós mesmos: como será que foi o contexto da nossa experiência pessoal, em nossa escolha prévia, no Plano Espiritual?
Muitos de nós, depois de recuperados dos insucessos do passado, sensibilizamo-nos quanto ao valor do Espiritismo em nós e a necessidade de sua divulgação no Mundo.
Sabe-se que, graças a Misericórdia Divina que atua em nome de Jesus nas Colônias Espirituais da Erraticidade, depois do nosso tratamento espiritual - através do qual nos recuperamos espiritualmente -, deram-nos oportunidade de servir no Movimento Espírita. Embora alguns, ao reencarnarem na Terra, tenham procurado outros caminhos, uma parte significativa de Espíritos implicados com a Causa Espírita veio trabalhar no Movimento Espírita brasileiro.
Então, nós estamos aqui para trabalhar na divulgação do Espiritismo no Brasil (2A) e, principalmente, para dar prosseguimento ao processo de nossa própria melhoria espiritual.
Como Emmanuel disse, podemos fazer da Terra o nosso templo, a nossa oficina, a nossa escola, o nosso hospital ou a nossa prisão. Isto também vale para o Espírita em seu estágio de capacitação para o bem, na Casa Espírita. Pergunto: para você que nos vê e ouve, o que significa a Casa Espírita?
Há, também o caso dos tarefeiros do Movimento Espírita que estão reencarnados pela segunda vez na condição de espíritas. Estes vieram dispostos às mudanças internas e contam com a Espiritualidade Maior na proteção e no amparo. Há mensagens mediúnicas de despedidas dele: eles nos pedem que não nos descuidemos deles, como pais, diretores ou evangelizadores. Eles não querem se perder, conforme relatado no livro Seareiros de Volta, FEB, FCXavier. A Espiritualidade Maior, com imensa paciência, e muita competência, capacitou-os, no Plano Espiritual, para diversas funções específicas no nosso Movimento e eles são os médiuns, escritores e coordenadores que estão servindo nas Casas Espíritas, a serviço de Jesus.
Repetimos: todos nós somos Espíritos que tivemos a nossa evolução na Terra avalizada pela Misericórdia Divina e, cada qual traz consigo o seu próprio endividamento para resgate mediante profícuo trabalho do bem.
As tarefas doutrinárias da Casa Espírita - nas quais nos dedicamos com esmero - funcionam como preciosas ferramentas para o nosso próprio progresso espiritual, além da oportunidade de fazermos o bem ao próximo.
A Espiritualidade Maior ajuda a todos. Eles esperam que todos os trabalhadores espíritas se impliquem com o sério compromisso doutrinário que está sendo oportunizado. E isto é para o nosso próprio bem, pois nada mais querem do que sejamos espíritas cristãos, conscientes nesta existência. Segundo o Espírito Manoel P. de Miranda esta é a última no regime de expiações e provas, pois estamos atravessando a Transição Planetária para a Regeneração.
Atenção: não somos missionários da luz. Que possamos ser no mundo, homens e mulheres de bem, porque o bem é o bem, não importando o meio para chegar a ele, conforme a questão 982 de O Livro dos Espíritos. Que não nos isolemos e que possamos entrar no fluxo do bem que flui com o maná divino(3), que jorra do Alto, por misericórdia, para nos auxiliar.
Por que a Espiritualidade investe tanto em Espíritos tão falidos como nós?
Esta, talvez, tenha sido a melhor maneira que a Espiritualidade Maior encontrou para nos ajudar a sair, de vez, dos atoleiros mentais em que nos locupletamos nos milênios passados, sob os auspícios das Trevas.
Sim, isto é uma verdade! Durante milênios consecutivos, tornamo-nos cegos para as claras realidades da Imortalidade da Alma e da Evolução.
Somos necessitados da alma,e graças a Providência Divina estamos aprendendo a nos melhorar enquanto ajudamos os outros a evoluir. Este é o processo pedagógico sensacional que utiliza necessitados da alma recuperados para atenderem os outros necessitados da alma. Peço que leiam com carinho o livro "No Mundo Maior", de Andre Luiz, onde a Irmã Cipriana mantém uma Organização de Recuperação de Ex-Umbralinos, utilizando-se destes para o serviços emergenciais do Atendimento Fraterno dos recém-chegados, sob a supervisão de capacitadores espirituais competentes.
Chegamos padecentes no Movimento Espírita fomos beneficiados e, agora, abrem-se para nós novos compromissos espirituais:
*divulgarmos o Espiritismo,
*empenharmos em nossas próprias consciências o valor do bem,
*fortalecermos nosso caráter com afinação em Jesus,
*sermos homens e mulheres de bem, pessoas dignas de ostentarem o nome espírita.
Paralelamente a isso, foi dada, também, uma oportunidade reencarnatória às nossas antigas afeições, os nossos anteriores comparsas de loucuras, os companheiros e as companheiras de velhos e repetidos desatinos. Eles também receberem o generoso convite que recebemos.
Depois de longos anos de desequilíbrio no passado tormentoso, os nossos parceiros de ruínas do passado, aceitaram de bom grado a atual reencarnação, conscientes da necessidade de se modificarem?
Alguns sim, mas a maioria, não!
Alguns até detestaram estas possibilidades!
Ainda que vacilantes e sem o necessário fastio dos prazeres dos tempos perdidos em devassidão moral, eles - como muitos de nós - foram sendo convidados a reencarnar, para experimentos de provas e expiações e também para o exercício da parte que cabia a cada um deles fazer, para ressarcimento no contexto geral, conforme a questão 132 de O Livro dos Espíritos e cap 1 de "Perturbação Espiritual", Manoel P. Miranda, Divaldo Franco, pag. 15.
Queridos amigos espíritas, companheiros de tarefas doutrinárias da Casa Espírita: estamos aqui falando sobre eles, os que nos ajudaram nos desequilíbrios de nosso passado, porém vamos agora refletir um pouco mais sobre nós mesmos.
A verdade é que nós fomos os co-articuladores das tramas tenebrosas do passado, nas quais envolvemos esses irmãos tão incautos. Não acreditem que, hoje, estamos muito longe deles. Estude com atenção a questão causada pelio coordenador espiritual Irmão Felix, na trama de sofrimentos morais narrados no livro de Andre Luiz "Sexo e Destino", FCXavier. Analise também os complicados comprometimentos morais que Divaldo Franco adquiriu por ter sido o principal assessor das ações do perigoso Cardeal Richelieu (como se sabe, reencarnou como o hanseniano-espírita Jésus Gonçalves) que redundaram nos tristes episódios de mortes e descaminhos registrados na história francesa).
Divaldo Franco e Jésus Gonçalves conseguiram regatar o passado delituoso, através do serviço do bem ao próximo no Espiritismo ativo, com investimentos educacionais maciços de combate ao orgulho e à vaidade, que na encarnação anterior foi a base de suas ruínas existenciais.
Quem éramos nós, nos terríveis episódios de Treva, Guilhotina, Forca, Tronco dos Açoites, Empalamentos,Torturas, Inquisição, Intolerância Racial, Guerra, Escravatura, Pilhagem, Orgulho e Poder.
O que estamos fazendo hoje para resgatar nosso passado delituoso?
Hoje, nós, trabalhadores da Casa Espírita, somos ainda fracos e vacilantes diante dos desafios de enfrentamento de nossas dificuldades?
Nesta encarnação, muitos de nós, ainda arranjamos semeaduras de espinhos?
Estamos colhendo nesta mesma vida, com muito sofrimento, resultantes dolorosas que poderiam ser evitadas?
Amigos,,, não podemos dizer, em sã consciência, que os sofrimento atuais estão todos na conta de encarnações passadas! Claro que não! (ver A Gênese, cap III, item 6).
Há uma verdade cristalina, brilhando aos nossos olhos: se ainda temos, na atualidade, espíritos inferiores constantemente imantados conosco, é que, certamente, eles aunda encontram afinação conosco. O que ainda lhes oferecemos como pasto de pensamentos malsãos?
É através da combinação dos nossos centros de interesse que hoje, infelizmente, apesar de estarmos no serviço do bem da Casa Espírita, ainda nos deixamos envolver com os pensamentos ruins oriundos da Treva. Claro está que um pensamento ruim pode aparecer em nossa mente, decorrente da nossa falta de hábito na higiene mental. É como se, caminhando na rua, um urubu pousasse em nossa cabeça. Se isto ocorresse conosco, certamente, enxotaríamos o urubu e não deixaríamos que ele fizesse ninho em nossa cabeça. O mesmo em relação aos pensamentos ruins que nos são lançados pela Treva. Por que deixar fazer ninho em nossa cabeça? Nosso obsessor desencanado é com um urubu, atraído e nutrido por nossa carniça mental: eis aí o teor das auto-obsessões consentidas que, inadvertidamente, nós, trabalhadores do bem ainda nos deixamos apanhar.
É preciso compreender um novo e decisivo processo: ser do bem e do mal, ao mesmo tempo, não dá certo! Além de ser uma incoerência doutrinária.
Certamente, alguns adversários do passado ou mesmo aqueles amigos de desmazelos morais de experiências anteriores, já nos reencontraram magneticamente na atual estrada da vida.
Podemos, então, nos perguntar:
Como eles nos encontraram?
Estávamos bem quando ocorreu o citado reencontro magnético?
Estávamos firmes, em serviço do bem, em tarefas espíritas, quando eles nos abordaram desequilíbrados?
Eles foram beneficiados pelo serviço do bem que tanto bem nos faz?
Os trabalhadores do bem da Casa Espírita, quando conscientes dos seus deveres para com o Espiritismo, sabem muito bem as respostas para estas perguntas.
Eles, os amigos de barra-pesada do passado, podem ser alguns dos que estão aqui, no dia de hoje, podem também ser os que estão presentes em nossas experiências cotidianas e que ganharam nomes de pai, mãe, irmão, marido, esposa, filho, filha, sócio, colega, chefe, subordinado, condômino, vizinho... E, também, podem ser os desencarnados que chamamos de obsessores.
Quantos tratamentos espirituais (6) são feitos beneficiando, positivamente, os nossos antigos comparsas do passado? Eles passam por estes tratamentos espirituais, ao longo do tempo, e ficam na Casa Espírita, acompanhando-nos as atitudes cotidianas.
Antes, eles tentavam nos influenciar, todos dias, até mesmo em ambiente da Casa Espírita ou do lar. Sempre nos testando, averiguando-nos a conduta moral (ver a dura experiência de reencontro do desafeto desencarnado, de Jacob -Livro Voltei, FEB).
Hoje eles, possivelmente, devem estar sendo tratados e a Espiritualidade Maior espera de nós, espíritas atuantes reencarnados,que possamos ser para eles um bom exemplo da espírita, para que isto possa infundir neles a convicção de que o Espiritismo é mesmo o caminho ideal, o caminho do bem incondicional.
Visto assim, creio que poderemos compreender melhor o valor deste encontro fraterno que realizamos com tanta alegria, na intimidade de nossa Casa Espírita.
Nós somos trabalhadores do bem e aceitamos a Doutrina Espírita em nosso coração, e já vimos que não nos distanciamos muito do patamar das pessoas que frequentam a Casa Espírita onde trabalhamos. Há, no entanto, uma diferença fundamental entre nós e eles:
*Nós já nos questionamos constantemente se já estamos vivendo, no presente, o pleno fastio do mal.
*Nós também já compreendemos que será fazendo o bem ao próximo e erradicando em nós o mal que vamos conseguir evoluir na existência terrestre no rumo da Regeneração..
Por tudo isto, estamos muito longe de sermos considerados missionários da luz: porque somos aprendizes do bem e olhe lá!... qualquer coisa, além disso, será mera pretensão vaidosa!
Então, queridos amigos de ideal, quando digo que estamos a REAFIRMAR aqui o valor das antigas afeições, não significa querer voltar aos erros existenciais do passado, como fazíamos antigamente, junto aos ex-comparsas de desatinos.
Sendo assim, no âmbito da nova fé-raciocinada, enlacemos em nós uma nova confiança na Providência Divina, expressão divina da Misericórdia do Mestre Jesus. E com renovada fé em Deus, iluminados pelos princípios da Doutrina Espírita, procuremos caminhar conscientemente pelos caminhos da Caridade, sem mais alimentar o desejo de nos desviarmos pelos atalhos perniciosos que, nos tempos passados, foram a nossa desgraça espiritual.
Nos encontros doutrinários semanais, como trabalhadores da Casa Espírita, colaboraremos com o fluxo incessante de bênçãos(5) que é oriundo do alto, de onde verte a Luz Bendita, do Amor, seja
*como expositores nas reuniões públicas, como médiuns nas mesas mediúnicas, como aplicadores do passe espírita de amor,
*como coordenadores de atividades doutrinárias ou administrativas,
*colocando os ouvidos para escutar tantas lamúrias dos aflitos e sobrecarregados que nos buscam os serviços da triagem e do cuidado espiritual,
*nos sorrisos sinceros dos que trabalham no serviço da recepção ao público frequentador,
*no ensino do Evangelho Segundo o Espiritismo e de O Livro dos Espíritos, nos estudos sistematizados da doutrina espírita, para adultos, jovens e crianças.
*como trabalhadores do bem, servindo a população encarnada e
desencarnada com boa vontade, com conhecimento do Espiritismo.
Reafirmamos, aqui neste encontro fraterno, o valor do serviço do bem, da caridade e da promoção do Espiritismo, na atualidade.
Reafirmar é um verbo que vem do vocábulo latino AFFIRMARE, que por sua vez, significa “consolidar, fortalecer, confirmar”. O "A" na frente de FIRMARE traz um significado próximo do “fortalecer, tornar firme”.
E é isto que nós - trabalhadores do bem na Casa Espírita - mais precisamos: permanecer firmes no bem, na atual jornada!
Há derivação do termo para a palavra “confirmar, corroborar de modo forte”, e foi daí que surgiu a palavra FIRMARE, que, em latim trouxe-nos o termo FIRMUS, que quer dizer forte. Embora, em geral, uma Casa Espírita seja mais vista como templo e não como uma empresa, o Governo brasileiro nos vê como uma firma, uma empresa-sociedade sem fins lucrativos. FIRMUS ,é a raiz em latim que faz a base conceitual de “firma”, por existir também um sentido de “assinatura que confirma ou autentica um documento”.
Nós estamos aqui debaixo de um teto que nos abriga: esta é a nossa querida Casa Espírita, aquela que está implantada no mundo para nos possibilitar a divulgar das luzes proporcionadas pela Causa.
É a Causa Espírita que dá sentido à Casa(4):
quando há caráter e muita firmeza nos espíritas atuantes,
quando os trabalhadores se mantém firmes no propósito do bem,
quando estes reafirmam, na prática, a amizade real e
quando fazem a Causa Espírita ficar de pé, apesar das intempéries.
2. RESIGNIFICARMOS nossas ideias sobre as pessoas que,diante das dificuldades psicológico-espirituais, ao longo do tempo, experimentaram conosco a recuperação na revivência salutar, no aprendizado e no ensino da Doutrina.
Ou seja, re-olharmos as pessoas que trabalham conosco na Instituição e re-olharmos também a nossa própria vida: vislumbrarmos um novo significado espiritual para a a nossa existência.
Em latim, SIGNIFICARE quer dizer “mostrar por sinais”, que por sua vez aproxima-se de SIGNUM (“sinal”) + FACERE ( “fazer”). Fazer sinal, mostrar-se com novos sinais.
Isto quer dizer, o que?
Ao encontrarmos com o outro, devemos ser cristãos de um modo autêntico, conforme nos orienta o B.I.P. da questão 886 de O Livro dos Espíritos, no exercício da caridade ao vivo, como a entendia Jesus:
Benevolência para com todos.
Indulgência para com as imperfeições alheias.
Perdão das ofensas.
Isto funcionando como um modo de relação, auxilia-nos no re-olhar sobre os conceitos que tenhamos fixado sobre nós mesmos e outrem. Se, antes, estivemos mal, ignorantes dos valores espirituais, hoje, com as reflexões propostas pelo espiritismo e com a conquista da maturidade do senso moral, poderemos resignificar velhos conceitos sobre pessoas e coisas e, de modo positivo, modificar a nossa visão referentes as ações do passado. Assim poderemos ser mais benevolentes, uns com os outros, indulgentes com as faltas alheias e perdoarmos as eventuais ofensas.
Resignificar, na visão espírita, não é buscar a culpa e nos chicotearmos. A responsabilidade é uma procura de uma saída educativa do nó cego, saindo do lugar de algoz ou de vítima para um novo lugar, que seja mais ativo e mais estruturado no bem. Bem para si; bem para o outro.
Há aqui mesmo, neste encontro, um belo chamamento para a resignificação. Modificarmos os nossos conceitos sobre os outros e sobre nós mesmos, analisando a sinceridade de nossos propósitos, segundo a nossa consciência (questão 621 de O Livro dos Espíritos).
RECONCILIAR, vem do latim CONCILIUM: grupo de pessoas, reunido, em assembleia; pode ser reunião de conselheiros etc; A palavra COM (“junto”) + CALARE (“chamar") = "conclamar". É preciso, portanto, ter ouvidos de ouvir, como afirmou o Mestre Jesus.
Vejam bem: apresentamos aqui três verbos ativos na modalidade do RE (RE= fazer outra vez ou olhar de outro modo).
reafirmar,
resignificar e
reconciliar.
É exatamente nesta terceira possibilidade, RECONCILIAR, que quero focalizar a minha fala nesta festa fraterna, de fim de ano.
RECONCILIAR os espíritas, os trabalhadores do Centro Espírita, não é, tão só, reunir pessoas afins e simpáticas, para juntas, realizarem uma festa de divulgação do espiritismo.
Queremos realizar, verdadeiramente, a reconciliação?
Precisamos responder as questões a seguir:
Queremos trabalhar juntos, por algo comum, que seja bom, e que possa ser ao vivo, não só em nosso benefício, mas também da sociedade sofredora que nos procura?
E o que fazer quando algumas pessoas da Casa Espírita não se simpatizam, umas com as outras?
E o que fazer quando formam pequenos grupos fechados de pessoas afins, simpáticas entre si, mas excludentes às que lhes são menos simpáticas?
Aprendemos em O Livro dos Espíritos, que nós temos a liberdade de não nos sentirmos simpáticos com o modo de ser de uma outra pessoa. A Obra Básica do Espiritismo (LE) nos informa que, isto não se constitui, de modo algum, uma problemática característica das pessoas que apresentam traços de inferioridade espiritual.
Então, vejamos o que está registrado na Obra Básica:
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.
Questão 390:"A antipatia instintiva é sempre sinal de natureza má?" “De não simpatizarem um com o outro, não se segue que dois Espíritos sejam necessariamente maus. A antipatia, entre eles, pode derivar de diversidade no modo de pensar. À proporção que vá desaparecendo, a antipatia deixará de existir".
Questão 391: "A antipatia entre duas pessoas nasce primeiro na que tem pior Espírito, ou na que o tem melhor? “Numa e noutra indiferentemente, mas distintas são as causas e os efeitos nas duas. Um Espírito mau antipatiza com quem quer que possa julgar e desmascarar. Ao ver pela primeira vez uma pessoa, logo sabe que vai ser censurado. Seu afastamento dessa pessoa se transforma em ódio, em inveja e lhe inspira o desejo de praticar o mal. O bom Espírito sente repulsão pelo mau, por saber que este o não compreenderá o porque díspares dos dele são os seus sentimentos. Entretanto, consciente da sua superioridade, não alimenta ódio, nem inveja contra o outro. Limita-se a evitá-lo e a lastimá-lo".
Há modos e modos de expressarmos a nossa estranheza quando nos defrontarmos com outra forma de ser ou de agir, diferente da nossa.
E aí está o ponto que, nesta linda festa, tentamos consagrar através desta palestra de fim de ano: quase sempre, preferimos lidar com diferenças individuais de modo reativo. As diferenças entre os modos de ser deste ou daquele servidor do bem da Casa Espírita pesam nas relações entre os trabalhadores. Ao que nos parece, reagimos mal quando sentimos que a situação vai fugir de nosso controle.Em geral, infelizmente, primeiro reagimos como defesa, para depois tentarmos agir, quando conseguimos refletir sobre o que fizemos. Depois, costumamos recortar o outro e reduzi-lo àquilo que achamos dele. Quando falamos de nós, somos mais condescendentes e procuramos contextualizar. Nossas duras reações irreflexivas em função dos outros são, quase sempre, em função daquilo que nos é diferente. E nossas reações constantes, criam, em torno de nós, uma certa atmosfera vibratória pessoal, bastante desfavorável.
Essa reação instintiva é expressa por um pensamento malsão que cria um véu obscuro entre "eu e o outro", dentro da Casa Espírita. Isto, infelizmente, detona um gatilho difícil de segurar: advém uma, duas, três reações em cadeia, porque os outros também têm dificuldades para coviver com uma pessoa que o rejeita sistematicamente. Isto pode ocorrer na relação entre espíritas que são trabalhadores da Casa ou entre familiares do mesmo lar? Assim, a relação entre amigos de ideal espírita fica com um tom muito amargo. É um entrevero disfarçado que se torna extremamente perigoso, pois implica, invariavelmente, em conflitos desnecessários, cujos resultados são os afastamentos tão prejudiciais ao serviço do bem. Pequenos nadas se transformam em grandes problemas... Permanecendo o mal-estar entre trabalhadores da Casa Espírita, persistindo as reações instintivas, ocorre, imediatamente, uma baixa da densidade vibratória que é de difícil convivência. Fomenta lamentáveis atos de desrespeito ou implicâncias sem razão de ser, que podem ser as pequenas faíscas que fazem explodir uma crise fatal que inviabiliza, de vez, toda a possibilidade de harmonia na Casa Espírita. O certo é que tudo isto começa com uma faísca de vaidade e acaba com um incêndio que joga por terra todo o serviço do bem ao próximo.
Vejam se é isto que ocorre: tudo isto acontece simplesmente porque nós não suportamos conviver com as diferenças individuais? Porque só sabemos nos defender instintivamente?
Espíritas amigos... e o espiritismo de Jesus, onde fica?
Agindo daquela maneira defendemo-nos de quê?
Da liberdade do outro poder ser como quer ser?
O princípio ativo da ditadura é engessar a liberdade de agir do outro. Porque o outro passa a ser perigoso e desestabilizante...
Isto é falta de Evangelho no sentimento e de espiritismo no conhecimento.
Pensar é uma instância privativa do Ser espiritual que ninguém pode impedir. A legítima liberdade de agir não é descasada do pensar.
A ação essencialmente livre é co-irmã da responsabilidade. E esta dupla funciona sempre que o Evangelho de Jesus faz parte de sua essência.
Por que a liberdade do outro nos apavora tanto? A resposta a esta questão está em nossa Sombra. Nós tememos a expressão aberta de nossa Sombra. A Sombra do outro incentiva uma desarrumação do controle de nossa Persona. Para não perdermos o controle de tudo, passamos obsessivamente para o "vigiar e punir". Assim fazendo, tornamos o ambiente da Casa uma praça de guerra.
Repito: na verdade, nós tememos a nós mesmos!E não estamos sós... ( questão 459 de O livro dos Espíritos)
Nem sempre temos a coragem de nos revelar ao modo frágil.
Achamos que não temos habilidade para nos apresentar, tal qual somos.
Não abrimos ao conhecimento público as nossas fragilidades, os nossos preconceitos pessoais, e, principalmente, a nossa grande dificuldade para lidar com a democracia, com modos de Ser e de pensar que nos são diferentes.
Culturalmente, aprendemos - com nossos pais, professores, pessoas familiares, amigos, colegas de trabalho etc - a nos proteger de variáveis não programadas. Queimamos muita energia no auto-esforço de estruturação de nossa Persona, simplesmente para não nos fragilizarmos diante do outro.
Incrivelmente, apesar de tanto esforço, a nossa fragilidade vem à tona, porque o reagir é instintivo e, portanto, também faz parte do nosso modo de ser no mundo.
Pensamos, sentimos e somatizamos, ao mesmo tempo, o tempo todo!
Exatamente aquilo que queríamos que ninguém percebesse, aparece!
Convocados pelo inusitado, expressamos nossa rejeição por defesa, através de pensamentos, caras e bocas. O outro sente à sua maneira e também reage.
A expressão inferior da antipatia, então, pode ser nociva, quando alimentada por idéias malsãs, por trazerem consigo uma onda de grande poder destrutivo.
É que o pensamento exterioriza-se sempre numa determnada frequência, mesclado na tonalidade afetiva que imprimimos junto ao que pensamos sobre o fato em foco. Pensamento e tonalidade afetiva fazem construções ideoplásticas em 3D com imagens fluídicas, cujo molde depende da nossa vontade(8). Essas imagens podem ser vista pelos médiuns e pelos Espíritos desencarnados.
Que imagens projetamos quando atolamos nossos pensamentos e emoções, sistematicamente, na rejeição visceral ao companheiro ou companheira de trabalho da Casa Espírita?
O pensamento e emoção são forças poderosas. No caso em foco, como o pensamento fica tonalizado por nossos baixos sentimentos, impulsionamos, ao mesmo tempo, certos fluidos densos, cujo peso específico é de baixo teor e a cor é de “piche gaseificado”, como o escritor Kuhl assinalou em artigo que examinava a obra mediúnica de Andre Luiz, FCXavier, cap 26, "Nos Domínios da Mediunidade".
E quem, no caso, seria o coitado que estaria na nossa linha de fogo, no foco de nossa repulsa mortífera?
3. reconciliação franca e aberta com os amigos de ideal espírita, com os quais, neste ano, não conseguimos uma melhor aproximação, por causa das diferenças individuais.
Jesus ensinou a amar os inimigos. Aos amigos assinalou: "serão reconhecido por muito se amarem". Dá para entender um amigo e companheiro espírita sendo alvejado por pensamento malsão, por dardos venenosos de outro companheiro de ideal espírita?!
ATENÇÃO: NÃO PENSE QUE ESTAMOS EXAGERANDO: Tudo isto fica muito claro para os obsessores desencarnados.
O Espírito Manoel P. Miranda ( Livro Perturbações Espirituais, cap I, pag 14) transcreve a mensagem verbal de um Espírito de Luz que narra a nossa situação enquanto trabalhadores da Boa Nova, na atualidade.
Referindo-se a ação das Trevas Inteligentes que atacam, com inclemência, os Espíritas das Casas Espíritas, registrou-nos a advertência:
"Utilizando-se da debilidade moral de muitos conversos que não amadureceram psicologicamente nos estudos sérios do Espiritismo, deles se utilizam como insatisfeitos e agressivos, perturbadores das hostes doutrinárias, de modo a criarem situações embaraçosas, de difícil solução pelos arrastamentos de outros invigilantes que a ação maléfica proporciona. A intriga e a infâmia - armas mortíferas e de grande alcance - são utilizadas para denigrir os companheiros, lança-los uns contra os outros, com desgastes de energias e de tempo malbaratados inutilmente. Embora pregando a tolerância, não a praticam, antes mantém injustificados ressentimentos, filhos do orgulho em predomínio e de presunção doentia. Por mais se exore a necessidade da prática do perdão, da gentileza, da caridade no trato com todos, comportam-se armados e muito sensíveis a qualquer palavra de admoestação que interpretam como conforme sua doentia situação, de modo a abrir feridas nos sentimentos debilitados".
É assim que, primeiramente, nós criamos uma brecha em nossas defesas pessoais. Emitimos pensamentos daquele teor e depois rompem-se as defesas imunológicas da Casa Espírita.
Se forem mantidos os sistemáticos os rancores, o absurdo nutrir de mágoas e de ódios, o entorno de nós mesmos permanece cercado de invejas de um e de outro, reclamações sistemáticas de tudo.
Advém, então, duas conseqüências fatais: uma do lado de fora e outra do lado de dentro do nosso corpo:
Do lado de dentro.
Com a repetição sistemática dessas práticas nocivas, em campo vibratório de rejeição, com padrões constantes e pensamentos malsãs, movimentaremos vigorosos feixes vibratórios, cujo conjunto mento-eletromagnético disparará, de nosso próprio Ser equivocado, uma rede de atração venenosa que entenebrecerá a nossa aura.
O nosso ambiente íntimo ficará irreconhecivelmente trevoso, prenunciando obsessões espirituais e doenças de etiologia obscura(7).
Do lado de fora.
O individuo infeliz desce vibratoriamente ao Abismo. Cria para si um visgo emocional que o ata, desgraçadamente, a grossas correntes fluídicas de criaturas desencarnadas que só preferem viver em ambientes trevosos.
O autor, nesta auto-obsessão consentida, após a convocação inferior, passa a emitir, dele mesmo, um teor vibratório tão negativo que o torna uma pessoa, cujo “hálito”, afeta os outros que, instintivamente, o evitam não só pelo seu halo espiritual desagradável, mas também pelo pessimismo constantemente presente em seus pareceres, pela vitimação, pelo humor instável e, principalmente, pelo no prazer que demonstra em denegrir o outro ( conhecido ou não) ou de repassar idéias nocivas dos noticiários degradantes da mídia etc.
No campo pessoal, esta pessoa incauta passa, facilmente, para o vocabulário chulo, trevoso e doentio: daí para as conversas e anedotas contaminantes de dúbia intenção.
A pessoa fica instável e tende ao desequilibrio, quase constantemente. Passa a aspirar por um modo estranho de viver a existência. Insiste em pertencer a um tipo de atmosfera alheia ao respeito, flagrantemente fomentada por novos amigos encarnados que alimentam-lhe a necessidade de maior pertinência ao novo grupo. Olham com certo ar de desconfiança,com o humor sempre à beira da intolerância, quando surge qualquer tentativa de ajudá-lo a sair do emaranhado psíquico trevoso em que entrou voluntariamente. Isto porque seu estado nervoso apresenta-se muito alterado e, assim, diante de pequenas rusgas irrompem na ira ou no choro. Muitos debandam para o desequilíbrio, outros mergulham no mutismo infantil... deprimem... surge o pânico... e internalizam componentes de culpa ou melindres.
O trabalhador da Casa Espírita não deixa sua vida relacional virar um repositório de desentendimentos em todo lugar por onde anda. Sabe que é exatamente assim, neste estado emocional, que as Entidades desencarnadas afins, simplesmente, se ajustam em franca e consentida assessoria.
Mas vejam bem: tudo começa muito antes,quando o espírito encarnado que está no mundo para trabalhar no bem, vacila e, de modo sutil, abre em seu psiquismo as ideias que ajudam as Trevas a se aconchegarem.
Basta observarem: o incauto encarnado chama as Trevas quando constantemente está cercado de problemas, vive no fomento das dissensões (ver O Livro dos Médiuns, cap 23, 9º item do trecho "meios de reconhecer uma obsessão") e dos mini-guetos, intentando irromper separações de grupos na Casa Espírita. Acabam tornando-se marionetes, manobrados, habilmente, por inimigos do bem que se sentem vencedores quando irrompe uma triste guerra jurídica entre espíritas da diretoria, na absurda disputa de poder na Casa Espírita (9).
A população da Terra seria toda assim, não fosse a vinda do Mestre Jesus.
O Seu amor e Sua Misericórdia Divina contrapõem com ações de Luz.
Esta chicoteia a Treva, enfatiza a faxina mental como uma necessidade constante dos trabalhadores do bem, assim como a evangelização do homem e da mulher de bem que trabalham na Seara Espírita.
Somos homens e mulheres de bem. Temos a responsabilidade de higienizar o mundo e clarear as consciências. Então, é lógico que nós, espíritas atuantes, precisamos, antes de tudo, oferecer campos novos de germinação para o amor.
Apesar do noticiário marrom que tem mantida a sociedade consumidora no status quo da ignorância quanto ao espírito Imortal, no rumo da Perfeição, permaneçamos bem atentos para que não nos desviemos da rota que a Espiritualidade desenhou para o nosso próprio bem.
Agimos no bem, somos aprendizes do Evangelho de Jesus à luz do Espiritismo e, é a própria Obra Básica que nos ensina que não somos obrigados a ser simpáticos com quem, absolutamente, não temos afinidade!
Sejamos então, educados e cristãos, respeitosos e sensatos, equilibrados e justos, neste empreendimento. Nada justifica o mal trato entre pessoas dentro de um Centro Espírita. Deve-se pôr limites bem claros aos exageros e às extravagâncias dos incautos que não compreendem a disciplina e a ordem. Seria covardia moral deixar que o mal prolifere em prejuízo para toda a Casa Espírita. Tudo isto precisa ser feito, mas sempre sem raiva, sem ódio, com equilíbrio e com bom senso.
Os Espíritos Superiores têm suas preferências pessoais.
A colônia espiritual Nosso Lar, não possui um só departamento. Lá existem dezenas de áreas de trabalho. Há à frente de cada departamento, um ministro e mais doze auxiliares. São Espíritos superiores que se desenvolvem em comunidades afins, sempre de acordo com o centro de interesse da coordenação geral da Colônia. Estes ministros, entre si, não nutrem antipatias, embora possam não ser simpáticos, uns aos outros, pois eles sabem conviver com as diferenças. Cada um dos Espíritos superiores que lá trabalha possui um âmbito específico, uma capacidade de realizar seu serviço, enquanto outras entidades trabalham de um outro modo.
O querido companheiro Deolindo Amorim já me dizia: "divergir, sem dissentir!". Este é o grande segredo para se conviver, harmonicamente, numa comunidade espírita, produtiva e descentralizada, para que possa prevalecer o respeito.
Quem colabora com as suas melhores possibilidades, potencializa-se como instrumento do bem e faz-se fluxo incessante para a Espiritualidade Maior.
Trabalha no contexto geral, sem perder a sua singularidade. Eis o esforço que precisamos fazer.
Nenhum trabalhador Tarefeiro trabalha sozinho, seja nas atividades doutrinárias ou administrativas da Casa Espírita.Os mais antigos líderes de nossa Casa Espírita têm a missão de compartilhar a Visão do Porvir com os novos líderes.
Esse compartilhamento exige uma maior aproximação, com muita paciência. Ou seja, Vencer as diferenças, compreendendo a natural afoiteza dos aprendizes de trabalhador recém-chegados.
Quanto tempo os mais antigos trabalhadores da Casa gastaram para adquirir o nowhow?
Proporcionada pela experiência ativa no Bem ao próximo e pela maturidade adquirida com o tempo de ação com a Doutrina, os mais antigos da Casa precisam ser o exemplo de generosidade e de amor que a Casa Espírita divulga aos aflitos que vêm se beneficiar todos os dias, em nossas reuniões doutrinárias.
Os líderes mais novos precisam, humildemente, aprender a aprender, cuidar a impaciência e ver no serviço do bem as soluções para a própria neblina de sua ignorância quanto ao "rumo certo" que precisa caracterizar em sua vida relacional e afetiva. A geração atual de trabalhadores espíritas - mais novos de idade - quer falar e dar opinião em tudo. São filhos dos pais excluídos pelo regime totalitário que assombrou o país.
Naquela época, os militares ceifaram as liberdades de expressão. Hoje, há excesso de liberdade, mas ninguém tem tempo para ouvir e todos querem falar. Os civis que estão no poder, mostram-se bem mais equivocados do que aqueles, em roubalheiras e demonstrações traiçoeiras que jamais se viu em nosso país. A maturidade do senso moral promulgada pelo Espiritismo pede o " vigiai" e o "orai". E isto solicita aos mais experientes muito cuidado na dosagem do compartilhamento dos encargos doutrinários da Casa Espírita.
Aqui em nossa Casa Espírita não delegamos responsabilidade: ela continua a ser nossa: dos Fundadores, do COMITÊ e dos Coordenadores Gerais que coordenam a Casa Espírita, conforme Estatuto e mediante mandato eleito para tal...
Nós amamos a nossa Casa Espírita onde trabalhamos e sabemos para onde aponta o grande Porvir! Para onde aponta a Grande Resultante de tudo, para qual todos vetores humanos devem trabalhar. Filósofo Nietzsche (século XIX) disse que quando não se sabe para onde vai, qualquer caminho serve. Nós espíritas atuantes na Casa Espírita podemos dizer em alto e bom tom: "não queremos ir para qualquer caminho"... não deixaremos que nossa querida Casa Espírita vá para qualquer caminho...
Cada trabalhador do bem é um vetor: este é como um carro coletivo ou não. Transita nas ruas com os outros veículos com conhecimento e experiência adquiridos, com consciência da necessária harmonização de todos os veículos com os conformes da "regra de trânsito". Será isto que evitará um desastre.
Nós todos possuímos livre-arbítrio e discernimento. Os frequentadores também têm livre-arbítrio. Não são tangidos como bois no curral. Não se promove também, entre os nossos trabalhadores, o sentimento de manada.
Somos todos tarefeiros do bem! Somos um feixe que nos torna inquebráveis, enquanto trabalharmos juntos. Sempre no rumo da destinação de nossa Casa Espírita no Mundo.
E qual é mesmo a finalidade do Espiritismo no mundo?
Para quê servirmos na Seara Espírita?
Inspirados nestas questões, podemos aproveitar o ensejo do Natal e a proximidade do Ano Novo para darmos a nós mesmos um presente diferente:
Aceitar, sinceramente, o outro trabalhador na sua singularidade.
Isto é tão poderoso que antecipará a Regeneração do Mundo para dentro da Casa Espírita.
Assim, fecharemos possibilidades de rusgas fatais, disse-que-disse que destroem relações entre amigos, desavenças que desestimulam a generosidade cristã e as mal querenças que podem tornar nossa Casa Espírita bastante vulnerável aos assédios das Trevas.
Como somos também responsáveis pela segurança espiritual e doutrinária de nossa querida Instituição, peço a todos presentes que, por favor, se levantem...
Procurem, com um olhar atento, o companheiro presente em nosso Evento...quem é o tarefeiro que você ainda não teve maior proximidade ou mesmo afinidade, neste ano que se encerra?
Esta é a hora de apresentarmos a ele um presente diferente neste natal:
Peço, por favor: aproxime-se dele ou dela, dê um abraço sincero e expresse, de coração, o seu pedido:
"que nós dois/duas que somos trabalhadores(as) tenhamos, daqui para diante, um melhor relacionamento no ano que entra!"
Vamos ajudá-lo a mudar o seu centro mental(10) para longe das influências dos obsessores desencarnados que,em muitos casos, acompanham os frequentadores e trabalhadores da Casa e, quando são permitidas as suas permanências no recinto, ouvem atentos as palestras, estudos e conversas fraternas. Outros Espíritos malsãos querem perturbar, jogar um com o outro.
Dentro do Centro Espírita, as preces e as exortações doutrinárias descongestionam o centro mental dos aflitos e tornam-se um incentivo à melhoria pessoal de todos, encarnados e desencarnados.
Por favor, aproveite a oportunidade e procure mais outros irmãos tarefeiro do bem!
Esta aí, ao vivo, a nossa missão: acolher e despertar.
Foi para isso que nós fundamos e mantemos em bases sólidas a nossa querida Casa Espírita!
Nós fazemos a diferença no Movimento Espírita porque cuidamos da relação entre os trabalhadores da Casa.
E é por isso que nesta festa de fim de ano, podemos fazê-lo de um modo diferente.
______&______
Amigos: agora que se aproximaram, por favor, sentem-se juntos, um ao lado do outro.
Vamos tornar, então, este encontro mais inesquecível ainda.Que este seja um encontro genuinamente cristão, diluindo os problemas de relacionamentos entre os tarefeiros e os desencontros que nos ensejaram desentendimentos inúteis, durante todo o ano que está acabando.
Cada tarefeiro aqui presente deve procurar desvelar em si mesmo o seu lado cristão.
E que procure, neste espírito de aproximação sincera, se conciliar com o companheiro que, durante o ano corrente, esteve menos próximo de si, ou que não conseguiu corresponder, à contento, sua simpatia pessoal.
Olhe bem ao seu redor e procure quem você sabe que ainda tem uma diferença signifcativa!
É um dever de tarefeiro partir resoluto para resolver essas pequenas e incômodas diferenças que podem se transformar, amanhã, em grandes problemas, quistos dolorosos, trincheiras de guerras com abismos entre pessoas do bem, na Casa Espírita.
Essas coisas ruins da relação entre amigos não cabem mais entre nós, no nível de aprimoramento exigido pela Doutrina.
O Espiritismo nos convoca a algo diferente que possa nos relembrar, ao vivo, as ações entre os próprios cristãos da origem do Cristianismo Primitivo em sua autêntica fraternidade. A oportunidade está dada ao que queira se evangelizar com humildade, comprometido com as atividades doutrinárias desenvolvidas pela Casa Espírita.
Queremos conosco espíritas que querem trabalham e que se esforçam para não dar trabalho a ninguém. Sabemos que isto não é utopia; é processo alcançável com esforço e educação, pois é a tese do espiritismo perante o mundo.
Então, irmãos, vão ao encontro dos companheiros de trabalho doutrinário com os quais ainda não têm afinidade. Espíritas, tarefeiros do bem legítimos, procurem, conscientemente, sanar qualquer desavenças, "enquanto é dia". Por que nós, Coordenadores gerais da Casa queremos conosco, no trabalho do Bem:
os tarefeiros do bem que não sossegam na luta pelo auto-aprimoramento e pela busca do melhor naquilo que faz,
trabalhador cuidadoso que não faz a "cultura do mínimo" e que está sempre ajudando o irmão na arte de melhor servir, melhor estudar, melhor ensinar, melhor aprender,
tarefeiros que comparecem aos Eventos de aprimoramento e de capacitação e que se interessam pela manutenção da Casa: que têm amor à Causa do espiritismo no mundo,
pessoas do bem, antenadas no que há de melhor no mundo, como meio de divulgar o Espiritismo,
os que servem sem pretensões políticas ou de poder, ou seja, que servem de modo desinteressado, com cuidado zeloso pela Casa como um todo, por sua eficácia e na superação das adversidades financeiras e administrativas,
pessoas espíritas que amam a doutrina e que buscam sem cansaço a reconciliação das diferenças existentes, junto ao coração do outro.
Tarefeiros, a Espiritualidade Maior espera isso de nós. E nós devemos isto a eles, muitíssimo: pela proteção, pelo amparo e pela inspiração que nos proporcionaram todos esses anos, principalmente no ano que passou.
Não fosse a sua inspiração superior não conseguiríamos chegar onde chegamos.
Queremos nossos tarefeiros com visão ampla e transparente de tudo.
Queremos todos conscientes de que há uma correlação entre a sua ação amorosamente cristã no trato com os colegas e o trato com o público necessitado.
Por isso, entre os nossos, hoje, não cabe mais a frase:
"estou me esforçando para ser um tarefeiro do bem".
Não há coerência ser tarefeiro da Causa Espírita e gostar de viver com veneno no coração, com prazer em destilar críticas nocivas sobre outrem.Tarefeiro do bem também não combina com dissensões e tristezas constantes, amargores ou penumbras no coração, todo dia, toda hora.
Tarefeiro do bem: seja o re-olhar referente ao mundo o resignificar do seu próprio trabalho desempenhado na Casa Espírita, junto aos necessitados da alma.
Aqui é a Casa Espírita do bem, balizada pelas Obras Básicas de Allan Kardec e iluminada pela essência do Evangelho de Jesus.
Por isso, todos gostam de trabalhar aqui.
Porque aqui é o lugar da alegria e da bonomia, do prazer de viver a existência terrena com Jesus e Kardec; juntos, sempre juntos!
Hoje, então, nós todos oferecemos a todos um presente especial.
Presente simbolizado pelo sorriso autêntico, pelo abraço oferecido e pela fala amorosa e legítima de cristão espírita para cristão espírita.
Em nome dos Fundadores da Casa Espírita do Bem, desejo que aconteça agora um grande abraço coletivo, abraço entre todos.
E digam, de novo, bem alto como um coro:
Isto aqui é um Centro Espírita do bem!
Julio Cesar de Sá Roriz
(Fundador do Centro Espírita Tarefeiros do Bem)
palestra proferida no Salão Joanna de Angelis diante dos Trabalhadores da Casa e alguns freqentadores mais assíduos, em 23 de dezembro de 2015)
RUA MENA BARRETO 110, BOTAFOGO, RIO DE JANEIRO, RJ)
www.tarefeirosdobem.org.br
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS E COMENTÁRIOS IMPORTANTES:
(0) O Templo Espírita (Obra “Dramas da Obsessão”, Espírito Bezerra de Menezes, Terceira parte, Conclusão, item III.)
"As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revelação. Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja. Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade 14 esclarecida, a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.
(1)Evangelho S. Esp. cap XVII, item 10. Um Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)
"Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens"... "Sois chamados a estar em contacto com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança"... "Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem"... "Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas... Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem".
(2) QUESTÃO 258 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS CAPÍTULO VI, Escolha das provas: " Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?"
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”
a) - Não é Deus, então, quem lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?
“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. Ide agora perguntar por que decretou Ele esta lei e não aquela. Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das conseqüências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal. Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito. Demais, cumpre se distinga o que é obra da vontade de Deus do que o é da do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem o criou e sim Deus. Vosso, porém, foi o desejo de a ele vos expordes, por haverdes visto nisso um meio de progredirdes, e Deus o permitiu.”
(2A) Os dias graves do Senhor (Dr. Bezerra no GEAL, 29 de agosto de 2010) Espíritas,
Assumistes um compromisso antes do berço. Firmastes no Além um documento de responsabilidade para proclamar o reino de Deus na Terra no momento das grandes aflições.
Pedistes o testemunho e o sofrimento para respaldarem a qualidade da vossa tarefa.
Não recalcitreis, pois, ante o espinho do testemunho.
Permanecei solidários para que não experimenteis solidão.
Cantai um hino de louvor e de bem-aventuranças para que as vossas não sejam as lágrimas do remorso, ao contrário, sejam as da gratidão.
Não postergueis o momento da renovação interior.
Se colheis, por enquanto, os cardos, e se sorveis a taça da amargura que preparastes antes, semeai paz, alegria e amor para a colheita do futuro.
O Espiritismo é Jesus voltando de braços abertos e trazendo no Seu séquito os corações afetuosos que vos anteciparam na viagem de volta ao Grande Lar, e que, numa canção de júbilo, agradecem a Deus a honra de participarem da era nova do espírito imortal.
Tornai-vos sábios na simplicidade, na cordura, na gentileza, e ricos na compaixão.
O amor cobre a multidão dos pecados e a compaixão coroa o amor de ternura.
Começando por agora, aqui, o trabalho de lapidação do caráter para melhor, conseguireis, como estamos tentando conseguir, a palma da vitória.
Nada que vos atemorize. Que mal podem fazer aqueles que caluniam, que mentem, que perseguem, se tudo quanto fizerem perde o seu sentido no túmulo?
Jornaleiros da imortalidade, avançai cantando Jesus para os ouvidos moucos do mundo, e apresentando-o para os que se ocultaram nas furnas da loucura, das sensações e do despautério.
Hoje é o momento sublime de construir e, em breve, o momento de ser feliz.
Muita paz, meus filhos, com todo carinho, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 26 de agosto de 2010).
(3) sobre o MANÁ que caiu do ceu - Evangelho de João cap 6
30. Disseram-lhe pois:
Que sinal, pois, fazes tu para que o vejamos, e em ti creiamos? O que tu operas?
31. Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito:
Pão do céu ele lhes deu para comer.
32. Então Jesus lhes disse:
Em verdade, em verdade vos digo, que Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
33. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34. Disseram-lhe pois:
Senhor, dá-nos sempre [d]este pão.
35. E Jesus lhes disse:
Eu sou o pão da vida; quem vem a mim de maneira nenhuma terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
36. Mas já tenho vos dito que também me vistes, e não credes.
37. Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e ao que vem a mim, em maneira nenhuma o lançarei fora.
38. Porque eu desci do céu, não para fazer minha vontade, mas sim a vontade daquele que me enviou;
39. E esta é a vontade do Pai, que me enviou: que de tudo quanto me deu, nada perca, mas que eu o ressuscite no último dia.
40. E esta é a vontade daquele que me enviou, que todo aquele que vê ao Filho, e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
41. Então os judeus murmuravam dele, porque ele tinha dito:
Eu sou o pão que desceu do céu.
42. E diziam:
Não é este Jesus o filho de José, cujos pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, ele diz:
Desci do céu?
43. Respondeu, então, Jesus, e disse-lhes:
Não murmureis entre vós.
44. Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
45. Escrito está nos profetas:
E todos serão ensinados por Deus.
Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu, esse vem a mim.
46. Não que alguém tenha visto ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai.
47. Em verdade, em verdade vos digo, que aquele que crê em mim tem vida eterna.
48. Eu sou o pão da vida.
49. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
50. Este é o pão que desceu do céu, para que o ser humano coma dele e não morra.
51. Eu sou o pão vivo, que desceu do céu; se alguém comer deste pão, para sempre viverá. E o pão que eu darei é minha carne, a qual darei pela vida do mundo.
52. Discutiam, pois, os Judeus entre si, dizendo:
Como este pode nos dar [sua] carne para comer?
53. Jesus, então, lhes disse:
Em verdade, em verdade vos digo, que se não comerdes a carne do Filho do homem e beberdes seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
54. Quem come minha carne e bebe meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
55. Porque minha carne verdadeiramente é comida; e meu sangue verdadeiramente é bebida.
56. Quem come minha carne e bebe meu sangue, em mim permanece, e eu nele.
57. Como o Pai vivo me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem come a mim também por mim viverá.
58. Este é o pão que desceu do céu. Não como vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.
59. Estas coisas ele disse na sinagoga, ensinando em Cafarnaum.
60. Muitos pois de seus discípulos, ao ouvirem [isto], disseram:
Dura é esta palavra; quem a pode ouvir?
61. Sabendo pois Jesus em si mesmo, que seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes:
Isto vos ofende?
62. [Que seria] pois, se vísseis ao Filho do homem subir aonde estava primeiro?
63. O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e são vida.
64. Mas há alguns de vós que não creem.
Porque Jesus já sabia desde o princípio quem eram os que não criam, e quem era o que o entregaria.
65. E dizia:
Por isso tenho vos dito que ninguém pode vir a mim, se não lhe for concedido por meu Pai.
66. Desde então muitos de seus discípulos voltaram atrás, e já não andavam com ele.
67. Disse, então, Jesus aos doze:
Por acaso também vós quereis ir?
68. Respondeu-lhe pois Simão Pedro:
Senhor, a quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna;
69. E nós cremos e conhecemos que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
70. Jesus lhes respondeu:
Por acaso não [fui] eu que vos escolhi, os doze? Porém um de vós é um diabo.
71. E ele dizia [isto] de Judas de Simão Iscariotes; porque ele o entregaria, o qual era um dos doze.
3A) Leis de Amor 12 - Emmnauel: "A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?
Emmanuel - A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas".
(4) "O Livro dos Médiuns", cap. XXIX, item 350: "Se o Espiritismo deve, assim como foi anun¬ciado, trazer a transformação da Humanidade, isto pode ser apenas pelo melhoramento das massas, o que pode acontecer gradualmente e pouco a pouco, apenas pelo melhoramento dos indivíduos". ... "É para o fim providencial que devem tender todas as sociedades espíritas sérias, agrupando ao seu redor to-dos os que possuem os mesmos sentimentos; então haverá entre elas união, simpatia e fraternidade e não um vão e pue¬ril antagonismo de amor-próprio, de palavras antes que de fatos; então elas serão fortes e poderosas, porque se apoiarão numa base indestrutível: o bem para todos".
(5)O CENTRO ESPÍRITA Emmanuel (Publicada no Reformador, de janeiro de 1951). “A Casa de Espiritismo Evangélico, por mais humilde, é sempre santuário de renovação mental na direção da vida superior. Nenhum de nós que serve, embora com a simples presença, a uma instituição dessa natureza, deve esquecer a dignidade do encargo recebido e a elevação do sacerdócio que nos cabe. Nesse sentido, é sempre lastimável duvidar da essência divina da nossa tarefa. O ensejo de conhecer, iluminar, contribuir, criar e auxiliar, que uma organização nesses moldes nos faculta, procede invariavelmente de algum ato de amor ou de alguma sementeira de simpatia que nosso espírito, ainda não burilado, deixou à distância, no pretérito escuro que até agora não resgatamos de todo. Uma Casa Espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna. Quando se abrem as portas de um templo espírita cristão ou de um santuário doméstico, dedicado ao culto do Evangelho, uma luz divina acende-se nas trevas da ignorância humana e, através de raios benfazejos desse astro de fraternidade e conhecimento, que brilha para o bem da comunidade, os homens que dele se avizinham, ainda que não desejem, caminham, sem perceber, para a vida melhor”.
(6) “Crestomatia da Imortalidade”, Divaldo Franco, cap. 21, Espírito Djalma Montenegro de Farias.
"...Assim, não há como deixar de frequentar o núcleo, pelo menos duas vezes por semana. Quantas enfermidades em desenvolvimento silencioso são atendidas discretamente pelos Espíritos Superiores, durante uma sessão espírita? Quantos males são evitados enquanto se participa de um culto espírita? Quantas bênçãos se recolhem num Templo Espírita, durante o ministério doutrinário? São indagações oportunas que merecem meditação. Temos uma dívida muito grande com o Espiritismo. Por isso, a tarefa é de todos, e os esclarecidos devem trabalhar, contribuindo para o esclarecimento dos outros. Dentro do mesmo ângulo, o pregador não tem o direito de usar o Templo Espírita para chistes nem chacotas, desviando das diretrizes básicas do trabalho a oportunidade de servir. Atenhamo-nos à fé espírita, fé que nos libertou das pertinazes enfermidades do Espírito; que nos esclareceu a respeito da nossa sublime destinação; que baniu de nosso caminho o pavor da morte; que desvelou o Evangelho de Jesus Cristo; que nos apresentou Deus, como a Suprema Justiça e a Suma Bondade, pelos conceitos racionais que nos ofereceu; que nos libertou das obsessões cruéis; que nos ajudou a estender a tolerância e a piedade aos inimigos e retirou-nos da ignorância, favorecendo-nos com o entendimento aos problemas morais-sociais através da reencarnação... Por isso, honrar o Templo Espírita é preservar o Espiritismo contra os programas marginais, atraentes e aparentemente fraternistas, mas que nos desviam da rota legítima para as falsas veredas em que fulguram nomes pomposos e siglas variadas.
(7) Arquitetos Espirituais (Obra “Instruções Psicofônicas”,
FCXavier, Espírito Efigênio S. Vítor)
Em cada reunião espírita, orientada com segurança, temo-los prestativos e operantes, eficientes e unidos, manipulando a matéria mental necessária à formação de quadros educativos. Simplifiquemos o assunto, quanto seja possível, para compreendermos a necessidade de nosso auxílio a esses obreiros silenciosos. Aqui, como em toda parte onde tenhamos uma agremiação de pessoas com fins determinados, existe na atmosfera ambiente um centro mental definido, para o qual convergem todos os pensamentos, não somente nossos, mas também daqueles que nos comungam as tarefas gerais. Esse centro abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os trabalhadores a que nos referimos, na extração dos recursos imprescindíveis à criação de formas- pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas semi-inteligentes, com vistas à transformação dos companheiros dementados que intentamos socorrer. 18 Uma casa como a nossa será, inevitavelmente, um pouso acolhedor, abrigando, em nossos objetivos de confraternização, os amigos desencarnados, enfermos e sofredores, a se desvairarem na sombra. Para que se recuperem, é indispensável recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a que se recolhem. E para esse gênero de colaboração especializada são trazidos os arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência em nosso programa de obrigações, consultando as reminiscências dos comunicantes que devam ser amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos psicológicos, a fim de que em nosso santuário sejam criados, temporariamente embora, os painéis movimentados e vivos, capazes de conduzi-los à metamorfose mental, imprescindível à vitória do bem. É assim que, aqui dentro, em nossos horários de ação, formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se sintam como que tornando à realidade pregressa, através da qual se põem mais facilmente ao encontro de nossas palavras, sensibilizando-se nas fibras mais íntimas e favorecendo-nos, assim, a interferência que deve ser eficaz e proveitosa. Delitos, dificuldades, problemas e tragédias que ficaram a distância, requisitam dos nossos companheiros da ilustração espiritual muito trabalho para que sejam devidamente revisionados, objetivando-se o amparo a todos aqueles que nos visitam, em obediência aos planos traçados de mais alto. É assim que as forças mento-neuro-psíquicas de nosso agrupamento são manipuladas por nossos desenhistas, na organização de fenômenos que possam revitalizar a visão, a memória, a audição e o tato dos Espíritos sofredores, ainda em trevas mentais. Espelhos ectoplásmicos e recursos diversos são também por eles improvisados, ajudando a mente dos nossos amigos encarnados, que operam na fraseologia assistencial, dentro do Evangelho de Jesus, a fim de que se estabeleça perfeito serviço de sintonia, entre o necessitado e nós outros. Para isso, porém, para que a nossa ação se caracterize pela eficiência, é necessário oferecer-lhes o melhor material de nossos pensamentos, palavras, atitudes e concepções. Toda a cautela é recomendável no esforço preparatório da reunião de intercâmbio com os desencarnados menos felizes, porque a elas comparecemos, na condição de enfermeiros e instrutores, ainda mesmo quando não tenhamos, em nosso campo de possibilidades individuais, o remédio ou o esclarecimento indispensáveis. Em verdade, contudo, através da oração, convertemo-nos em canais do socorro divino, apesar da precariedade de nossos recursos, e, em vista disso, é preciso haja de nossa parte muita tranquilidade, carinho, compreensão e amor, a fim de que a colaboração dos nossos companheiros arquitetos encontre em nós base segura para a formação dos quadros de que nos utilizamos na obra assistencial. Nossa palavra é simplesmente a palavra de um aprendiz. Achamo-nos entre os mais humildes recém vindos à lide espiritual, mas, aproveitando as nossas experiências do passado, tomamos a liberdade de palestrar, comentando alguns dos aspectos de nossa sementeira e de nossa colheita, que funcionam todos os dias, conforme o ensinamento imortal do Senhor: «A cada um por suas obras.»
(8) Ação dos Espíritos Sobre os Fluidos (Obra “A Gênese”, Allan Kardec, Cap. XIV, Os Fluidos, itens 14, 18, 19, 20 e 21) 14. Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulandoos como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a 25 grande oficina ou laboratório da vida espiritual. ... 18. (...) O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suas qualidades boas ou más. Os fluidos viciados pelos eflúvios dos maus Espíritos podem depurarse pelo afastamento destes, cujos perispíritos, porém, serão sempre os mesmos, enquanto o Espírito não se modificar por si próprio. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades. Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais. 19. Assim se explicam os efeitos que se produzem nos lugares de reunião. Uma assembleia é um foco de irradiação de pensamentos diversos. É como uma orquestra, um coro de pensamentos, onde cada um emite uma nota. Resulta daí uma multiplicidade de correntes e de eflúvios fluídicos cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual, como num coro musical cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição. 26 Mas, do mesmo modo que há radiações sonoras, harmoniosas ou dissonantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável é a impressão; penosa, se aquele é discordante. Ora, para isso, não se faz mister que o pensamento se exteriorize por palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe sempre. Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e benévolos. Envolve-a uma como salubre atmosfera moral, onde se respira à vontade; sai-se reconfortado dali, porque impregnado de salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém, que se lhe misturem alguns pensamentos maus, para produzirem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada num concerto. Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática, onde malévolos pensamentos provocam correntes de fluido nauseabundo. 20. O pensamento, portanto, produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral, fato este que só o Espiritismo podia tornar compreensível. O homem o sente instintivamente, visto que procura as reuniões homogêneas e simpáticas, onde sabe que pode haurir novas forças morais, podendo-se dizer que, em tais reuniões, ele recupera as perdas fluídicas que sofre todos os dias pela irradiação do pensamento, como recupera, por meio dos alimentos, as perdas do corpo material. É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior. Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral. 21.Dir-se-á que se podem evitar os homens sabidamente malintencionados. É fora de dúvida; mas, como fugiremos à influência dos maus Espíritos que pululam em torno de nós e por toda parte se insinuam, sem serem vistos? 27 O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água. Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. À invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Trata-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa. O perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possível. Ora, como as suas qualidades guardam relação com as da alma, importa se trabalhe por melhorá-la, pois que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus. As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão. Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada têm que temer da influência dos maus".
(9) Obra "Tramas do Destino"Divaldo Franco. Manoel Philomeno de Miranda.
"Hospital-Escola para os que sofrem, o Centro Espírita é templo de recolhimento e oração (...) Diferença significativa psíquica tem que apresentar a Casa Espírita em relação a outros recintos... ,” Eis porque o referido Mentor Espiritual nos exorta a comportamento superior no recinto da Casa Espírita, inclusive evitando "as conversações fúteis e vulgares, responsáveis pela sintonia com Espíritos ociosos e maléficos, que se insinuam através de mentes invigilantes e, não raro, se introduzem nos locais que lhes são vedados, por perturbação na defesas, em virtude das urdiduras e responsabilidades dos médiuns e diretores invigilantes".
(10) É necessário considerar que na Casa Espírita ficam hospedados inúmeros Espíritos necessitados, em tratamento, muitos dos quais se concentram no Salão de Reunião Pública, ambiente que deve nos merecer o devido respeito vibratório. Quando André Luiz dirige-se a uma Casa Espírita em missão de aprendizado, ele e sua equipe espiritual atravessam "largo recinto em que estacionavam numerosas entidades menos felizes, desencarnadas, quando o orientador Aulus exclamou”: "- Vemos aqui o Salão consagrado aos ensinamentos públicos.". De onde vieram aqueles Espíritos abrigados no Salão de Reunião? Eis a explicação do Mentor Aulus: "São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificando o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, veem-se como despejados da casa... Alguns deles, rebeldes, fogem dos templos de oração, como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das preleções, em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento." (Obra "Nos Domínios da Mediunidade", espírito André Luiz).
Julio Cesar de Sá Roriz
Assinar:
Postagens (Atom)