quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Há meio-espírita?

O tema é conhecido pela analogia que se faz sobre o copo de água que está com água pela metade.
Olho preferencialmente para a parte que falta (vazia)? ou a parte que está meio-cheia de água?
Isto ocorre também quando olhamos para os trabalhos doutrinários realizados no Movimento Espírita? Quem não já viu alguém suspirar pela metade que falta, pois quer realização do ótimo? E aquela reclamação de que tudo está funcionando mais ou menos? Tudo isto é estímulo ao plus, ao que está mais além das nossas forças. Na vida cotidiana, acostumamo-nos a mobilizar as nossas energias para adquirirmos o que " todo mundo já tem, menos eu". E isto, na verdade, se tornou o principal motor da promovida e premeditada euforia de vendas da indústria tecnológico-eletrônica do momento.
No lar, pode ocorrer algo semelhante?
Sim, quando os filhos se tornam exigentes "patrões-de-pais-consumidores". Há avidez cega pelo ganho das novidades proporcionadas pela corrida tecnológica. O pai ou a mãe, os pais ou as mães (biológicos ou não), desses filhos-da-tecnologia-eletrônica deslocaram-se de suas condições de educadores de almas para serem meros provedores de distrações eletrônicas, sem-fim.
E, em meio à atual farra de novidades eletrônicas, os filhos-adultos-meio-criança de hoje, são alimentados pelos objetos-artefatos que ocupam o lugar da antiga mamadeira. O nome varia: pode ser o video-game 6G, computadores de última série com acessos ulltra-rápidos etc.. Tudo isto acontece em um cenário típico dos tempos atuais: dentro daquele bagunçado quarto-do-eterno-filhão/filhona, ele/a briga para empunhar a bandeira dos homoafetivos, ou do direito de ser heterossexual, ou bissexual, ou da liberação da maconha, da cocaína e do álcool para menores de idade. Como são desacostumados a ouvir a palavra "não", desconhecem também qualquer limite. Nesta vibe, partem alegres em busca de novas experiências radicais, ainda muito Impregnados por aquela rebeldia preguiçosa que o burrifica, lentifica e atrapalha sua memória, exceto quando têm sob o pés inacreditavelmente ágeis a prancha de surf ou, ao alcance dos dedos, o "mundo digital". .A telinha ocupa totalmente os seus olhos, sempre muito vermelhos e focados nas superficialidades e nas bobagens alimentantes de suas continuadas ilusões sobre a existência..Os familiares a tudo acompanham impotentes e, acabam também se acostumando - e dão de ombro -, pois já não mais se incomodam com a sua esquisita aparência física ou a de seu quarto "quase-adultos", o reduto que o vê dormir de dia e ficar acordado de noite no eterno jogo eletrônico.
Quando alguém fica preso na atmosfera abissal "do quase" ou do "ainda não" existenciais, e permanece estacionário, apresenta-se ao mundo uma "ponta de iceberg" que revela parcialmente o estacionamento espiritual, o embotamento social e a frouxidão moral. A era digital e tecnológica, certamente não deve ser acusada de vilã: há livre-arbítrio, e a contemporânea arte digital contemporânea se apresenta aos seres humanos como um modo "plus" de serem realizadas as comunicações entre os homens da atualidade. As questões do "quase-que-não-vai-a-coisa alguma" que, hoje, estão afetando os jovens -principalmente-, pertencem a um modo existencial de se alimentar, incovenientemente a "criança interna" dos filhos, com um modo alienante de compensar as culpas dos pais, através de doações de compras de tecnologia de ponta, sob os auspícios do alheamento espiritual e moral. Tudo isto está demarcado no perigoso território da desoneração de responsabilidade para educar os filhos, naquilo que poderia ser chamado de lar, nessa confusa forma de não-educar da contemporaneidade(2).
Quem não tem celular que traz a tecnologia de ponta? Quem não possui em casa uma tela de ultima geração? Quem não porta o último carro daquela marca, cuja propaganda diz ser totalmente high tech? O certo é que a tecnologia está aí e veio para ficar. Não vamos demonizá-la. Ela é um meio, mas o problema está em transformá-la, rapidamente, em um fim nas vidas dos homens e mulheres contemporâneos.
Apesar disso tudo estar ocorrendo de modo vertiginoso, através de trilhões de informações que na "nuvem" ou nos equipamentos vão de um lado e de outro, uma grande parte dos existentes humanos da contemporaneidade sentem suas vidas vazias, destituídas de sentido. Em nosso consultório, no momento, estão chegando inúmeras pessoas para tratamento psicológico por estarem na existência em estado de descontentamento geral, depressão... sempre incomodadas com tudo e com todos. Na entrevista o que percebemos? Acreditaram que a vida é um jogo de video-game. Estabeleceram crença de que era verdade o que a chamada "midia high tech" prometeu. Entregaram-se à aos efeitos hipnóticos e rápidos da telinha, totalmente ao sabor da tecnologia cibernética de fazer acontecer "tudo" ao toque dos dedos... acreditam que tinham "200 amigos do Face", que poderiam preencher a alma, ao modo da ocupação.. Crianças que esqueceram de crescer, constataram - a duras penas - que a materialidade cibernética não preenche o vazio existencial, a solidão e a carência do homem contemporâneo. E entre os adultos, quase-homens e quase-mulheres, não estamos incluindo o que se comportam como meio-robôs, os violentos que vangloriam-se de ter conseguido espirrar "sangue" no quase-ringue" da pugilante tela do video-game de lutas de boxe, marciais etc.
O consumismo tecnológico manda, desmanda, controla e ocupa estas pessoas quase viventes no dia a dia. O cotidiano dos notívagos que eventualmente estão acordados de dia, aproveitam para ir ao shopping da distração, ao entretenimento eletrônico da lojas de brinquedos eletrônicos e aos prazeres do mundo colorido do skate... tudo isto para encher o tempo ocioso de uma vida incompleta.
Precisamos compreender o que podemos denominar de "completo"..
Ser incompleto é da condição humana: somos criaturas! Isto pode parecer uma fraqueza? Em muitos casos, acreditamos que sim, pois achamos que há, em nós, uma falta de capacidade ou de oportunidade. Em outros casos, há quem conside que não conseguimos preencher até o máximo o nosso copo d'água existencial porque Deus não quer...
Somos Espíritos Imortais em viagem pelos mundos através do Tempo, depurando, evoluindo e crescendo no rumo da Perfeição. A Terra é uma habitação de Espíritos reencarnados que estão na faixa das "expiações e provas". Logo, a Terra passará para a nova fase (Regeneração) e isto trará uma significação especial para quem já se entendia um Espírito, encarnado na Terra.. Para estes a consciência de seus atos e a responsabilidade pelas suas escolhas marcam compromissos de consciência, onde a Lei de Deus está impressa. Assim, naturalmente, este tipo de pessoa consciente colabora com o Planeta e com a sua Humanidade, em sua evolução progressiva.
Criatura consciente sabe que não pode ser completa. Por mais que faça o bem ao seu alcance, por mais que evolua na escala espiritual, é sempre um Espírito em evolução, um Ser Imortal progredindo entre irmãos espirituais,filhos do mesmo Pai, o Criador Eterno: Deus.
Toda criatura, no ápice de sua evolução, pode até se constituir um auxiliar de Deus, ao nível de co-criação, como ocorreu ( e ocorre) com o nosso irmão maior Jesus Cristo(1).
O Espiritismo veio ao mundo para relembrar aos homens a essência do Evangelho de Jesus que pregaa amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Foi Allan Kardec quem resumiu tudo isto em suas obras. A Doutrina Espírita, a partir da atuação pedagógica do Mestre de Lyon, revelou a essência filosófica, religiosa e científica da doutrina Espírita e a expôs à opinião publica, através de meticulosa pesquisa dos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos que ocorreram nos EUA e Europa, no século XIX..
Os médiuns espíritas, até hoje, estão no Movimento Espírita como instrumentos da Revelação permanente que faz verter do Alto preciosos benefícios para a Humanidade, como se pode ver na produção mediúnica de Chico Xavier e Divaldo Franco. Estes gabaritados médiuns têm trazido mensagens significativas ao Planeta: aproveitem a reencarnação atual, pois ela é a última no regime de expiações e provas. Com este alerta sendo promulgado nos quatro cantos do Planeta, há que se resolver a situação dos que parecem estar meio-encarnados, esses homens e mulheres improdutivos que aos 30, 40 anos permanecem pendurados nos ombros cansados dos pais e avós. " Os tempos são chegados" e o levante para a nova experiência planetária já está muito próximo. Urge deixar de ser "vampiros sociais", trabalharem ativamente pelo auto-progresso e o progresso da sociedade na qual vivem, sentirem-se inteiramente encarnados, homens e mulheres inteiras...
Os trabalhadores e médiuns das Casas Espíritas atuais são os verdadeiros heróis que abrem mão de seus confortos para se constituírem voluntários servidores do bem que, e assim, resgatam suas dívidas, adquiridas em vidas passadas. Hoje, eles colaboram com o progresso da sociedade contemporânea exercendo a caridade cristã de socorrer aos aflitos e sobrecarregados ( os quase-homens e quase mulheres) que, todos os dias, chegam às Casas Espíritas..
Apesar do grande esforço da Espiritualidade Maior em implantar na Terra o Movimento Espírita orientado por Kardec, uma parte dos "quase" intentam poluir o nosso meio, agindo de modo invejoso, alheios ao bem e distraídos quanto a necessidade do estudo e do conhecimento espírita. Claro que eles são muito inteligentes e cheios de idéias novas.Não agem, mas possuem um arsenal de novas e brilhantes novidades. São os quase-espíritas? falam muito; fazem pouco. Começam e desistem antes mesmo do trabalho começar. Basta encontrarem um probleminha e pronto: vêem com o mi-mi-mi de sua ainda incurada "criança ferida". Felizmente, há entre nós outros de tipos de pessoas bem intencionadas e corretas, estudiosas da doutrina espírita que, graças a Deus, colocam sobre os próprios ombros as responsabilidades que lhes cabem e que seguem conosco na Casa Espírita divulgando o espiritismo vivo, no sincero propósito de impulsionar o Movimento Espírita para o alcance de suas metas. Estes estão ávidos de novos horizontes espirituais para a Terra.
Na Humanidade atual, percentualmente,há em vários países, a presença significativa de espíritas, todos ávidos de novos horizontes espirituais proporcionados pela ideia da reencarnação e da evolução espiritual. Há que se tomar muito cuidado, pois há aventureiros, egóicos e deslumbrados que querem aproveitar a "onda do espiritismo" para surfarem e obterem vantagens pessoais.São materialistas interesseiros e auto-promotores. São quase-espíritas?
Dentro deste cenário contemporâneo, não podemos nos esquecer que também há pessoas que se candidatam às atividades doutrinárias da Casa Espírita, mas são estranhamente distraídas do sentido que Allan Kardec ofereceu ao próprio Movimento Espírita. São distraídos, embora não sejam mal-itencionados. São os que poderíamos chamar de quase-médiuns?
Identificados com as coisas do mundo, apegados aos excessos mundanos e desprovidos da vontade de estudar o espiritismo, eles querem desenvolver a mediunidade, a qualquer custo. Eles querem trabalhar na área mediúnica da Insitutição espírita de qualquer modo, mas querem fazer a seu modo e tudo rápido, como um ato de mágica. Outros há que se deslumbram com a possibilidade de serem observados no "palco" das palestras doutrinárias, como se estivessem nas cátedras das faculdades. Utilizam-se do ensino espírita como instrumento de poder e o de ser médiuns para ocuparem o "trono" dos principais mandatários da Casa Espírita. Outros, sem ser médiuns ou expositores, só querem trabalhar na Casa Espírita se exercerem um cargo elevado. O poder de comando da Casa Espírita para eles é um campo de disputas políticas, mesmo que estas pugnas tragam problemas graves ao equilíbrio da comunidade espírita. Estes são os que querem transbordar o copo d'água? São os meio-insatisfeitos com a política mundana e que querem trazer para o ambiente espírita o ranço das disputas eleitoreiras, sob o disfarce de meio-democracia.
São meio-espíritas? A que vêm? Vejamos o que Emmanuel (Vinha de Luz , 78, Purifiquemo-nos) nos informa:
"Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus, nesse particular" Vejamos um exemplo típico:
Um espírita iniciante diz: "Ah, gostaria tanto de ter uma mediunidade assim como a do Chico Xavier! Eu tenho uma mediunidadezinha deste tamanhinho... nunca vou conseguir chegar àquele máximo!". Este neófito está olhando para o "copo" e para a "água", como um mero observador de fantásticos fenômenos mediúnicos . Ele se classifica pejorativamente e tenta colocar o médium Chico Xavier como produtor de novidades mediúnicas.
Como se fascinam pela intensidade e pelo brilho dos resultados proporcionados pela obra mediúnica do grande médium, certamente, se conhecesse, mais de perto esta pessoa humana chamada de Chico Xavier, saberia como ele encontrou forças para realizar o esforço hercúleo para ser o médium espírita cristão. Talvez pudesse avaliar um pouco melhor o querido apóstolo da mediunidade. Ele abriu mão, ao longo de toda a sua vida, de qualquer identificação com a materialidade, com o poder ou com a vaidade; abriu mão de muitas alegrias cotidianas; deixou de lado muitos sonhos juvenis, mas, em momento algum, abriu mão de dar o seu testemunho pessoal de coragem e de discernimento diante de desafios proporcionado pela ignorância e pela truculência de algozes tenebrosos que desejavam sua ruína moral.
Quantas noites insones Chico Xavier consumiu para atender milhares de pessoas obsidiadas? E isto é tudo? O que realmente pode medir a pessoa-médium Chico Xavier? Não é o volume de coisas conhecidas pelo público, ou a quantidade de obras espíritas psicografadas por ele. O seu valor está no amor incondicional que sente pelo próximo. Na experiência da caridade, ele desenvolveu no imo de sua alma cristã, uma disposição invejável para proporcionar aos sofredores consolação e cura. Ele foi o meio para qie a água viva do Amor de Deus vertesse da Misericórdia Divina. Chico era um conduto amorável, um continente, copo-doador de bênçãos, numa dimensão de entrega ainda incompreensível para a nossa parca ciência e para a nossa mera filosofia.
Podemos com isso deusificar Chico Xavier? A questão 625 de O Livro dos Espíritos é clara: "Jesus é o modelo da Humanidade". Chico não é o "copo cheio"... é, sem sombra de dúvida, criatura evoluída, ser humano que ama, um dos espíritas mais evoluídos que se teve notícia na contemporaneidade. O apóstolo da mediunidade com Jesus!
Amigo tarefeiro do bem da Casa Espírita: você que é um servidor voluntário da Casa Espírita: ao olhar o serviço do bem que está a seu encargo realizar, olhe para você mesmo. Pergunte a si mesmo:
-Estou meio-espírita? O que sou na minha relação existencial contemporânea, enquanto espírita no mundo? Tenho sido fluxo do amor divino que verte do Alto? Tenho rugosidades internas a tratar e que obstruem aquele fluxo divino?
As nossas Imperfeições são as rugosidades que contaminam o fluxo divino.. O Espiritismo veio ao mundo para nos ajudar a "desentupir": deixar o fluxo divino fluir por nós, em benefício da Humanidade.
Já podemos limpar estes verdadeiros "trombos" que obstruem a possibilidade de sermos plenos na função de fluxo do bem, na Casa Espírita?
Enquanto nos esforçamos para eliminar tais imperfeições, continuemos nosso exercício, na continuada transformação moral (ver Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4).
Pensando assim, onde a questão do copo meio-cheio ou meio-vazio?
Cá para nós: pode haver meio-espírita?
Ser espírita só faz sentido se ele for integralmente um fluxo?
Estamos no Movimento Espírito em capacitação permanente do verbo " fluxar". Pessoas do bem, assemelham-se às arvores frutíferas. Como tal estamos sendo convidados a auxiliar o mundo contemporâneo como colaboradores vivos, seja através da fotossíntese, seja através das flores ou dos frutos.
Reparem a arvore frutífera: quanto mais a fruta aparece - e é colhida as vezes com pedradas-, mais a boa árvore se dispõe a servir o mundo dos famintos, oferecendo mais frutos.
Vejamos a metáfora do giz: um giz só é giz quando gasta-se no quadro-negro à serviço do conhecimento. Se ele for colocado, indefinidamente na prateleira, não poderá ser considerado um giz. Giz é o que gasta sa vida à serviço da cultura e da erudição. Há meio-giz? Por menor que seja o giz, giz em ação é sempre giz porque serve, dando de si ao conhecimento..
Vejamos agora a comparação com o cano: cano só é cano quando a água (que vem do reservatório superior) flui através dele, até chegar à torneira para que alguém dessedente sua sede. Por menor que seja o encanamento, o cano de fluxo d'água nunca é meio-cano. A água verte através dele e vai ao encontro do que tem sede? Então, ele é um cano !...
Trabalhador espírita da Casa Espírita: você um simples cano d'água! Então que seja sua existência esse fluxo do amor de Deus, no atendimento a tantos que chegam sofridos na Casa.
Trabalhador do bem da Casa Espírita, não acredite nos que dizem que você curou alguém com as suas mãos, no passe espírita. Lembre-se sempre que você foi, e será sempre um bendito fluxo do bem, enquanto se dispuser a intermediar serenamente, ou seja, sem ira(3) o pensamento e o fluido benéfico emanados da Espiritualidade Maior, a benefício do povo.
Pelo fato do trabalhador espírita ser meio, não há nisso insignificância. É uma hora ser tarefeiro do bem na seara espírita na contemporaneidade. O seu serviço do bem não precisa de medidas de cheio ou de meio-cheio. Isto são processos de medidas egóicas de pessoas pretensiosos, aqueles que acham que possuem a capacidade de "dar o que têm". Quanto a isso, aliás, Emmanuel nos ensinou-nos que o certo é pensar que "temos o que damos" (ver Fonte Viva, , 117, "possuímos o que damos") e não concordar com a ideia pretensiosa de que "damos o que temos".
Então, espírita amigo, trabalhador da Casa Espírita, pergunte-se:
-"O que dou" de modo desinteressado?
A resposta é o fluxo que você tem a felicidade de fazer acontecer.
Viu, você não é meio-espírita!
(1) A Caminho da Luz, Emmanuel, FCXavier, Cap I, A Gênese planetária, A COMUNIDADE DOS ESPÍRITOS PUROS. "Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos".
(2) Caminho Verdade e Vida Emmanuel, 12 Educação no Lar "Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade. Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência": Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 8, versículo 38.)
(3)Caminho Verdade e Vida Emmanuel 77 convém refletir "Tenhamos em mente que todo homem nasce para exercer uma função definida. Ouvindo sempre, pode estar certo de que atingirá serenamente os fins a que se destina, mas, falando, é possível que abandone o esforço ao meio, e, irando-se, provavelmente não realizará coisa alguma"
Juio Cesar de Sá Roriz
jcesaroriz@gmail.com